Alex assustou-se e levantou-se da cadeira olhando na minha direção. — Bella! Meu Deus! Eu não o vi a princípio. Só quando me sentei, fiquei de frente para ele. — Alex!— exclamei desmanchando o sorriso. Eduardo virou-se para olhar na direção dos meus olhos e fingiu surpresa. — Conhece o meritíssimo? — Bem, eu… — Fiquei inquieta. Eduardo insistiu. — Claro, a senhora tem o sobrenome dele, agora entendo, é a esposa do meritíssimo? Eu fechei o semblante. — Ex esposa, doutor Eduardo! Ele até já está aproveitando bem a solteirice! Maximiliano tentou aliviar. — São só colegas de trabalho, Bella! Uma é juíza e a outra promotora! Eu me alterei. — Não tente defendê-lo, doutor! Ele simplesmente voltou a ser o que foi no passado! — Eu nunca ouvi falar desse lado do meritíssimo!— Maximiliano ainda argumentou. — Pois eu já!— Eduardo entrou na conversa. Maximiliano olhou para o filho, o reprovando. — O pai dele, Edu! Ele
Eu também fui levada à força por Alex, e ia me queixando pelo caminho: — Você não tinha o direito de me trazer daquele jeito! Você é um bruto! Eu não cheguei lá com você! Você estava bem acompanhado, aliás! Alex parou o carro bruscamente no acostamento da marginal. Eu comecei a falar sem parar: — O quê? Por que parou aqui? Ficou louco? Isso é no mínimo insano! Ele veio para cima de mim sem me dar ouvidos e me beijou intensamente. Eu fiquei me debatendo por um tempo, mas o fogo contido me venceu. — Não…— eu supliquei quando ele levantou minha saia, sem delicadeza. — Alex! Não faça isso!— Nesse momento, ele já puxava minha peça íntima para baixo. Ele me beijou novamente para silenciar os meus protestos e terminou de me despir. Ele me soltou e eu senti frio. Estava escuro, mas eu sentia meu corpo nu, ardendo de desejo. Alex se despia desesperado, e louquecido. A respiração ofegante se confundia com a minha. Eu fiquei impaciente, já não raciocinava mais. Eu queria a
Ele veio com tudo e me arrancou das mãos do Marcello, já falando alterado: — Eu vou falar só mais esta vez, deixe a minha mulher em paz! Desde que você ainda era um moleque eu te avisei para ficar longe dela! Marcello me puxou violentamente discordando do Alex. — Agora ela é minha, porque você não soube cuidar!— ele quase gritou. Alex olhou para mim e eu neguei, claro! Ele então me puxou novamente para junto dele. Eu parecia uma boneca! Alex segurou firme na minha cintura e me pressionou contra o corpo dele, falando aos gritos: — Ela é minha, e nem você, ou qualquer outra pessoa será capaz de tirá-la de mim! Marcello o enfrentou. — E você vai fazer o que? Matar todos os homens do mundo que a desejar? Você é um ogro mesmo! Eu baixei a cabeça e fiquei quietinha, encostada naquele corpo quente que há pouco me deu tanto prazer. Marcello me olhou indignado. — Eu só não entendo como você, Bella, pode ter-se apaixonado por um tipo desse!
Alex chegou em casa, todo animado, pensando que não teria recepção. Andradas e a mulher estavam lhe esperando para jantar. Ele parou e olhou desconfiado, pois sabia que as roupas amassadas ainda lhe denunciavam. — Boa noite! Me esperam para o jantar ainda, a essa hora? Apesar dele estar sendo engraçadinho, os pais se mantinham sérios. Andrada já se levantou da mesa, falando alterado: — Acha mesmo que pode simplesmente fazer a volta e cometer todos os seus erros novamente? Acha que vai se safar do mesmo jeito de antes? Alex não respondeu, se dirigiu a mesa, cabisbaixo. — Você não é mais um adolescente, Alex! Você tem três filhos! Que exemplo você tem a dar para eles?— Andradas insistiu, caminhando atrás do filho. Alex sentou-se soltando o ar pela boca, impaciente. Andradas lhe apontava o dedo, totalmente descontrolado. — Se você estiver saindo com várias mulheres, nunca vai ter a sua mulher de volta, e vai se tornar um homem
Ele se aproximou sorrindo e parou segurando as costas da minha cadeira. Rosana estava boquiaberta. — Este é Alex, Rosana! O Alex é pai dos meus filhos! Ele sorriu e cumprimentou gentilmente a minha amiga, inclinando a cabeça. — Posso almoçar com vocês? Eu fiquei atrapalhada, não mais que a Rosana. — Alex, pode, mas esse não é um restaurante fino, desses que você costuma frequentar! Ele sentou-se olhando em volta, procurando um garçom. O rapaz veio prontamente. — Quero um bom vinho! Qual você me sugere? O rapaz ficou sem graça e sugeriu outra bebida. — Senhor, eu tenho cervejas, Rum e… O rapaz virou-se para apontar uma prateleiras atrás do balcão, onde tinha algumas garrafas de vinho, mas eram mais populares. Eu e Rosana seguramos o riso. Alex olhou para os nossos copos e decidiu: — Está bem, quero um suco de laranja, igual ao delas! O rapaz saiu apressado e voltou com o cardápio. Alex nos olhou confuso. — O
Eu engoli em seco, quase fraquejei, mas me contive. — É isso mesmo! Eu já perdi muito tempo com você! Agora que tive a sorte de conseguir esse emprego, graças a Deus, não vou deixar que me prejudique! Alex começou a falar, apertando os olhos, visivelmente emocionados: — Está certo, Bella. Me desculpe, eu não vou mais procurá-la! Eu imagino que foi tão difícil alguém lhe dar essa oportunidade, não seria eu a estragar tudo, não é mesmo? — Exatamente!— respondi erguendo o queixo. Alex ia saindo e voltou de repente, quase me flagrando entristecida. Na hora eu disfarcei! — Ah, se não se importar, eu gostaria de levar as crianças esse fim de semana! — Claro! Sim, claro!— eu estava baratinada. Ele me olhou profundamente nos meus olhos e disse-me sério: — Aconteça o que acontecer, por favor, não deixe de me amar! Eu fiquei boquiaberta, meus olhos encheram-se de lágrimas. “Como seria possível te esquecer?” — Isso foi o que pensei, mas o que eu dis
Eu fiquei boquiaberta. Nem em sonho, eu imaginava que o meu chefe teria essa coragem. Nesse momento, sem bater, Eduardo entrou e percebeu o clima. — Tudo bem? Atrapalho alguma coisa. — Não senhor!— eu disse antes de sair correndo. Rosana se assustou ao me ver. — Menina, o que aconteceu? Por que está com essa cara? Foi por causa do doutor Eduardo? Eu nem tive tempo de anunciá-lo! Agora ele deu para entrar na sala do pai sem avisar! Eu me sentei tentando controlar a respiração e Rosana continuou tagarelando: — Sei não, viu Bella, mas eu acho que ele está apaixonado por você! Ele olhou aqui e não te viu, foi logo entrando! — Acha mesmo isso possível?— eu indaguei me virando alterada. Rosana se surpreendeu com a minha reação. — Calma, Bella! Se isso for verdade, ele não tem culpa! Essas coisas acontecem! Eu voltei a ficar na posição anterior pensando, qual seria a reação da minha colega se lhe contasse a verdade? — Você é uma mulher b
Eu cheguei em casa, agitada e a minha mãe me seguiu até o quarto. — Bella! Minha filha, que agitação é essa! Até as crianças perceberam! — Mãe! Eu preciso tanto desse emprego, mãe!— eu disse, quase chorando. — O que aconteceu? Por que está assim? Se ficar desempregada, você sabe que o juiz não vai lhe deixar faltar nada! Eu entrei no banheiro me despindo, falando nervosa. — Mãe, eu não quero depender do Alex, mãe! Eu estudei, eu preciso desse emprego! Dona Esther foi até a porta do banheiro. — Relaxe filha, qualquer coisa volte para o seu marido. Eu tenho certeza que ele ainda lhe quer! Eu saí do box para retrucar: — Está me mandando embora daqui? Quer trazer o pai do Marcello para cá, é isso? Minha mãe saiu resmungando: — Ele vai ter que sair da casa, vão colocá-la à venda! — Por que ele não vai morar com o filho?— eu questionei voltando para o chuveiro. Minha mãe voltou falando: — Porque ele gosta daqui. Ele não quer sair