Eu tinha acreditado que ia acordar e tudo ia ser como eu queria, Miguel e Vitor não iam brigar por ciúmes, e quem sabe curtiríamos um momento legal antes que Juninho acordasse. Ledo engano, o que ganhei foi um tapinha nas costas e um obrigado pela noite.Ok, eu estava exagerando um pouco, mas foi basicamente isso o que os dois concordaram em dizer, parecia até que tinham combinado aquilo antes. Fiquei com raiva, mas pior foi minha magoa “não tem como isso funcionar”, e o que foi aquilo ontem a noite? Se aquilo era não funcionar eu não queria que mais nada funcionasse!Eu duvidava que ia encontrar alguém que me fizesse sentir tão a vontade e desinibida como com eles. Mas não ia me rebaixar e ficar implorando nada a eles, sempre fui orgulhosa e cabeça dura, o que me faria não mendigar por atenção e também não aceitar outra coisa que não os dois.Quando peguei meu celular quase cai pra trás com as milhões de mensagens de Bianca e Dany, contei tudo pra elas, até mesmo os detalhes sórdidos
— Acelera porra! Acelera! — gritei segurando o corpo mole em meus braços.A boca carnuda e sempre vermelha agora estava cinzenta, parecendo apagada como se toda vida tivesse deixado o corpo dela. Porra, aquela merda não podia tá acontecendo! Eu jurei que Camila e Vitinho estariam protegidos em casa.Quando todo o tiroteio acabou e a polícia começou a recuar começamos a contagem do estrago, mas meu primeiro pensamento foi Juninho e Camila. Corremos pra casa, medo me atingiu quando não vi eles pela sala apenas um rastro de sangue que ia até o banheiro, o tiroteio tinha acabado e eu não sabia por quantas horas aquilo duraria, mas precisava me certificar que eles estavam bem.Foi só entrar no banheiro pra meu corpo gelar, avistei de longe os lábios pálidos e os olhos caídos, ela parecia até desmaiada se não tivesse olhando para mim. O sangue no chão me deu a resposta que eu temia, a roupa de Juninho estava molhada com o sangue dela e eu não imaginava a quanto tempo ela estava ali sangrand
Se passou duas semanas em que fui confinada, primeiro na cama e depois dentro de casa. Tive que ficar mais cinco dias no hospital, até me irritar e querer fugir, só pra ser barrada por Bruno.Ao menos depois daquilo eles aceitaram me tirar do hospital, mas fui confinada a ficar em casa, tia Nalva, Bianca e Dany eram um belo batalhão pra me impedir de sair da cama, até Juninho tinha se bandeado para o lado delas. Durante a noite ficava só com tia Nalva, o que facilitava que eu levantasse um pouco e andasse pela casa.Fazia dois dias que elas cansaram de me segurar, eu já me sentia quase totalmente recuperada. Foi quando começaram a me ensinar a dançar funk de verdade, se Miguel tinha gostado quando me viu dançando agora ele ficaria ainda mais louco, finalmente podia dizer que estava dançando de verdade.— Hoje é o dia de tirar aqueles dois do sério! — Bianca comemorou arrancando uma gargalhada de todas nós.Já fazia alguns dias que não tinham conflitos, até mesmo na mídia tinham parado
Eu estava puto de raiva, queria pegar Camila e amarrá-la na cama e a tomar de todos os jeitos até que ela esquecesse a existência de qualquer homem da face da terra.Eu e Miguel combinamos de deixar ela longe da gente, era o melhor a se fazer por tudo o que teríamos de enfrentar se quiséssemos assumir ela como nossa, e cá entre nós Camila é do tipo que você pegar bota um anel no dedo, aprendi isso mesmo a contra gosto. E depois do meu irmão tagarelar sobre como ela quase morreu, ficou ainda mais claro que devíamos continuar longe.Mas porra, ver outro homem beijando ela, sarrando e tocando... Eu quis voar no pescoço do desgraçado no instante que ele começou a dançar com ela, mas Miguel falou que precisava me controlar, era só jogo e eu resisti. Mas quando o desgraçado colocou a mão no meio da perna dela, indo em direção a sua boceta, ele foi o primeiro a correr pra baixo já puxando a arma.— Ué, vocês sabem que eu gosto de uma dupla e se não querem me assumir vão ter que lidar com iss
Eu tinha feito, tinha chupando os dois ao mesmo tempo e o que mais me chocava é que eu tinha adorado cada segundo.Estava me sentindo uma safada de primeira, mas a verdade é que eu não me importava com isso. O ciúme e toda a possessividade deles tinham me levado a isso, a enlouquecer de desejo e fazer o que eu tinha vontade.A água quente escorria entre nossos corpos, nos fazendo deslizar um contra o outro, eu estava bem no meio deles com as pernas arreganhadas em volta da cintura de Miguel, meus seios roçavam no peitoral duro, os mamilos deslizando pelas tatuagens que eu tanto amava e sua ereção pressionava contra meu clitóris. Enquanto isso Vitor estava com o peitoral apertado as minhas costas, a ponta da ereção se esfregava em minha bunda, quase como um lembrete do quanto eu fui gulosa por querer dois.Dois dedos estavam dentro de mim, entrando e saindo em sincronia, eu não sabia se gemia e aproveitava, ou se agradecia por não estarem brigando.— Vamos fazer isso aqui? — perguntei
Encarei Camila deitada com os olhos fechados e a respiração profunda, ela tinha capotado, acho que só ia acordar amanhã depois de três orgasmos.Era claro que tentar fugir dela não ia dar certo, a onça é mesmo cabeça dura e quando coloca uma coisa na cabeça faz de tudo para ter.Eu ainda tinha coisas pra resolver, e com certeza ia ter uma longa conversa com Bruno, por não ter me avisado que ela estava vindo, ainda mais ter deixado ela sozinha desprotegida. Mas nem ferrando que eu ia sair dali e deixar ela com o Vitinho, ou aquele porra ia acordar ela pra mais uma rodada assim que tivesse pronto.Não ia negar que era o que eu queria fazer também, aquele corpo sem dúvida era viciante, mas Camila nunca tinha tido nada dentro dela e com certeza estava bem dolorida.Sentir aquela boca em volta de mim já foi perfeição, a coisa mais deliciosa, mas não se comparava quando entrei dentro dela, tão apertada que achei que ia morrer antes de fazer ela se sentir bem comigo ali.Com toda certeza doí
Estava largada no sofá, me sentindo um tanto entediada já que Miguel e Vitor tinham saído, tudo o que eu sabia era que aconteceu um problema que precisavam resolver e eu estava ali sozinha agora sem nada pra fazer.Minha imaginação voou para o momento que tivemos depois que eu tomei café, mesmo que eu tivesse insistido para que eles me fodessem os dois continuaram dizendo que eu estava dolorida de mais e que tínhamos o dia todo pela frente.Só me restou deitar lá e deixar que eles me chupassem e tocassem antes que eu fizesse o mesmo com eles, recebendo cada gotinha do gozo deles no meu corpo. Mas foi nesse exato momento que o celular de Miguel ligou, conseguia até ouvir a gritaria do outro lado, só não compreendi o que era até os dois dizerem que precisavam ir.Já tinha tomado um banho, arrumado a casa e almoçado, e nem sinal deles. Até que meu celular apitou chamando minha atenção coma mensagem de Bianca.Bia: vem pra cá, sei que tá sozinha como eu.Pensei por um minuto em como ela p
A merda estava esquentando ali e já não dava mais pra ter certeza se aquilo tinha dedo de policial ou se era de gente que queria o Miguel longe. Quando meu irmão falou que a gente precisava sair e me olhou com uma cara nada boa eu soube que vinha merda.Colocaram fogo em dois pontos de venda no morro e ainda mataram um dos nossos, deixando uma marca no peito, um X grande, cruzando o peito dele. Foi horrível de se ver, nunca me acostumava em ver uma pessoa morta, mas daquele jeito, a forma como cortaram a pele, pura tortura.— Sabe quem pode ter feito isso? — perguntei enquanto voltávamos pra casa, Miguel estava muito calado, mais quieto que o normal.— Não tenho ideia, se tivesse estaria já atrás do desgraçado.A cara dele não estava nada boa e o bom humor que tinha essa manhã tinha ido por água a baixo, já dava pra ver o resultado de toda a merda de hoje.— O que está pensando que ficou tão calado? — conhecia bem de mais meu irmão pra dizer quando ele estava maquinando alguma coisa,