POV: HENRY
Ofeguei ao sentir seu toque firme, sua mão quente envolvendo minha nuca, me mantendo imóvel diante do olhar penetrante que parecia atravessar minha alma. Meu coração batia rápido, meu corpo reagia à proximidade dele de uma maneira que eu não queria admitir.
Por que Henry estava agindo assim? O que ele realmente queria comigo?
— Henry… por que insiste tanto nisso? — Minha voz saiu baixa, quase hesitante. Eu tentei me afastar, mas ele apenas apertou um pouco mais sua mão em minha nuca, me mantendo exatamente onde queria.
Seu sorriso surgiu no canto dos lábios, cheio de mistério e algo mais que me fazia perder o fôlego.
— Você faz perguntas demais, Becker. — Sua voz era um murmúrio rouco e carregado de algo perigoso. — E, ainda assim, foge de responder as que eu
POV: LAUREN— Não gosto de ter minhas palavras usadas contra mim. — Ele murmurou, o tom carregado de ironia. — Mas devo admitir, foi um excelente argumento.Revirei os olhos, rindo baixo.— Não seja convencido.Ele apenas sorriu, satisfeito, enquanto eu voltava a me recostar contra o travesseiro, olhando para o teto. Mas minha mente estava longe.A verdade pesava sobre meus ombros.Eu precisava contar antes que as coisas fugissem ainda mais do controle.Engoli em seco, sentindo a ansiedade crescer. Respirei fundo antes de me remexer na cama, tentando encontrar as palavras certas.— Henry, preciso te contar uma coisa. — Minha voz saiu hesitante, e ele se virou para mim com paciência, esperando que eu continuasse.Minhas mãos estavam frias, meu cora&c
POV: JAMESToquei o queixo dolorido, sentindo o gosto metálico do sangue se espalhar pela boca. Algo estava solto. Cuspi na mão e vi um pedaço do meu dente quebrado.Meu sangue ferveu.— Desgraçado idiota! — Eu gritei, minha voz ecoando pelos corredores do hospital. — Aquele maldito me paga pelo que fez!Respirei fundo, tentando controlar a raiva, mas a fúria pulsava em minhas veias. Henry Carter iria se arrepender de ter me tocado.Meus olhos captaram o movimento de uma enfermeira passando apressada em direção aos quartos.Perfeito.Dei dois passos rápidos e a agarrei pelo braço, puxando-a bruscamente e a jogando contra a parede. Meu corpo se inclinou para frente, minhas mãos espalmadas ao lado de sua cabeça, cercando-a.— Princesa
POV: JAMESPassei pelos portões da mansão de Mia sem pressa, aproveitando o caos que já se fazia presente. O barulho estridente de sua voz histérica ecoava pela casa enquanto me aproximava do ateliê.Ao cruzar a porta, precisei desviar rapidamente quando um manequim foi arremessado na minha direção, batendo com força contra a parede.— EU JÁ FALEI QUE ESSE TECIDO IRRITA A MINHA PELE, SEU INÚTIL! — Mia gritava com o rosto contorcido de raiva para um assistente apavorado.O pobre coitado segurava uma prancheta tremendo, enquanto Mia apontava para um vestido sobre um pedestal, como se aquilo fosse a maior tragédia do século.— Vê se faz algo de útil e me traga um carmim do estilista Mondely! — Ela ordenou.— M-Mas, senhorita, ele não está
POV: HENRYDepois de alguns dias, Lauren finalmente recebeu alta do hospital. O médico reforçou a necessidade de repouso absoluto, uma alimentação balanceada e, para seu completo constrangimento, nenhuma relação íntima.Quando ele mencionou essa última parte, Lauren se engasgou com a própria saliva, tossindo enquanto seu rosto ganhava um tom vermelho vivo.Eu me segurei para não rir, apenas observando seu desconforto.No caminho para casa, ela permaneceu em silêncio, desviando o olhar sempre que eu tentava iniciar uma conversa. Mas, ao chegar, sua postura mudou.Ela parou no pé da escada, olhando para cima como se avaliasse a distância até seu quarto.— O que pensa que está fazendo? — Eu questionei, arqueando uma sobrancelha.— Estou
POV: ETHAN— O que você acabou de dizer, James? — Eu apertei o telefone com força, sentindo o ódio latejar em minhas têmporas.— Você ouviu perfeitamente, amigão. — James riu do outro lado da linha, sua voz carregada de pura diversão. — Eu disse que sua ex-esposa, Lauren Becker, está grávida de ninguém menos que Henry Carter. Parece que ele não só te superou em riqueza, mas também em outros aspectos...Meu maxilar se contraiu, e a raiva explodiu dentro de mim como uma chama incontrolável.— Onde diabos você ouviu esse absurdo?! — Eu gritei, a fúria tomando conta.— Diretamente da fonte, meu caro. — O tom sarcástico de James só me irritava mais. — Achei que deveria te avisar antes do evento de caridade da alta socie
POV: LAURENHenry parecia determinado a manter seu papel de vigilante, passando mais tempo no quarto do que deveria. Ele trouxe uma mesinha e instalou seu notebook ali, trabalhando enquanto me mantinha sob seu olhar atento.Observei seu rosto enquanto ele se concentrava, a expressão séria, o maxilar travado. Seu olhar azul cintilava sob a luz do computador, e a forma como sua boca se contraía em um leve tique mostrava que algo o incomodava.Minha atenção deslizou para seus lábios bem desenhados, aqueles mesmos que sabiam exatamente como roubar meu fôlego e me deixar sem reação. A barba bem feita, a postura impecável... Henry Carter era o verdadeiro CEO de capa de revista, desses que fazem qualquer mulher suspirar e desejar estar em sua cama.E, bem... eu estava na cama dele.— Sinto seus olhos sobre mim, Becker. —
POV: LAUREN— Filha, é assim que você recebe sua mãe? — Minha mãe fechou o semblante, as mãos firmes na cintura, me encarando com reprovação. — Este homem bonito me ligou dizendo que minha menina precisava de mim. Está grávida, precisa de repouso, e talvez um pouco de amor materno a ajudasse a ficar bem.Meus olhos se arregalaram, e imediatamente me virei para Henry, querendo queimá-lo vivo com o olhar.— Você ligou para a minha mãe? — Eu perguntei entre dentes, sentindo meu corpo esquentar de indignação. — E contou da gravidez?!Ele manteve a postura calma, imponente como sempre.— Na verdade, sua mãe viu os noticiários sobre sua entrada dramática no hospital nos braços do CEO Henry Carter. — Kate interveio, segurando a bol
POV: LAURENEstava uma noite fria e chuvosa. Eu havia passado o dia inteiro planejando algo especial para Ethan e eu. Depois de tantos dias em que ele parecia distante e indiferente, achei que talvez um jantar feito com carinho pudesse nos reconectar. Preparei seu prato favorito e deixei a mesa impecável, com velas e flores. O cheiro do assado ainda preenchia a casa quando ouvi a porta da frente se abrir.— Ethan? — Eu chamei animada, enquanto saía da cozinha.Ele entrou sem sequer me olhar. Tirou o casaco molhado e o jogou no encosto do sofá, caminhando até a escada. Parecia exausto, mas também alheio, como se estar em casa fosse um fardo.— Você chegou mais cedo hoje. Preparei o jantar. Pensei que poderíamos comer juntos. — Meu tom era esperançoso.Ethan parou no meio da sala, finalmente me encarando com os olhos profundos e o queixo erguido, sua expressão estava carregada de desinteresse enquanto torcia o nariz.— Já comi. Tive uma reunião longa e não estou no clima para nada. Vou