POV: LAUREN
Levei um momento para processar tudo. A pergunta dele me pegou de surpresa, e meus olhos se encheram de lágrimas. Medo, dor e receios se acumulavam no meu peito.
— O meu bebê? — Eu balbuciei com os lábios trêmulos.
Henry suspirou, se aproximando, secando a lágrima que rolava pelo meu rosto com um toque firme e cuidadoso.
— O bebê está bem e seguro, protegido aqui dentro. — Ele tocou minha barriga com a outra mão, me pegando de surpresa. Seus dedos deslizaram suavemente, acariciando a pele como se quisesse sentir cada batida da nova vida crescendo ali. — O deslocamento aumentou o sangramento. Lauren, por que não me contou que não estava bem? Por que não me disse que precisava descansar?
Minha garganta se fechou. O peso das emoções era esmagador.
POV: LAURENSeu tom carregava peso, responsabilidade, e talvez um resquício de incerteza.— É o certo a fazermos. — Ele continuou agora olhando diretamente para mim. — Seguir com o casamento e fazer isso dar certo.Balancei a cabeça, sem acreditar no que ele estava dizendo.— Você acha que é... — Eu comecei a rebater, mas uma batida suave na porta interrompeu o que eu ia dizer.Henry se levantou rapidamente, ajustando minha posição na cama com cuidado antes que o médico entrasse acompanhado de uma enfermeira e um aparelho médico.A conversa não tinha terminado.Mas naquele momento, a tensão entre nós parecia ser apenas uma fração do que ainda estava por vir.— Sra. Carter, que bom que despertou. Como se sente? &mda
POV: HENRYBecker hesitou, e isso foi suficiente para que eu semicerrasse os olhos e analisasse cada nuance de sua expressão. Havia algo que ela ainda não me dizia. Seu corpo tenso, os dedos trêmulos, a forma como evitava me encarar diretamente. Era medo de se machucar novamente?— Lauren. — Me aproximei, sentando-me na lateral da cama. Segurei suas mãos entre as minhas, sentindo sua pele fria e delicada. Seus olhos se arregalaram, passando do contato para o meu rosto. — Não sou o seu ex-marido. Não tenho a intenção de machucá-la ou abandoná-la quando mais precisar.Seus olhos brilharam com lágrimas contidas. Seus lábios tremeram sob a pressão dos próprios dentes. Não gostei daquilo. Desfiz o aperto deslizando o polegar sob seu queixo, erguendo seu rosto para mim.— Acabou de selar o pior
POV: LAUREN— Ele acha que é o pai. — Eu murmurei, perdida em meus próprios pensamentos, cobrindo a boca com uma mão trêmula.Tudo o que Henry disse, suas ações e cuidados, suas palavras ainda ecoavam na minha mente. “Nos dê uma chance de ser algo além do contrato.”Lágrimas deslizaram silenciosamente pelo meu rosto enquanto me encostava no travesseiro, minha mão instintivamente acariciando minha barriga. O peso da mentira que carregava se tornava insuportável.— Você ainda pensaria assim se soubesse que meu bebê não é seu filho? — minha voz soou baixa e hesitante no quarto vazio. — Ainda gostaria de tentar se soubesse da verdade?Um soluço escapou, e mordi a boca por dentro para me conter. Abracei minha barriga, um desejo sufocante de proteger m
POV: LAUREN— Você não pode permitir que ele se iluda com essa ideia.Engoli em seco, desviando o olhar. Eu sabia que precisava dizer a verdade. Mas o medo da reação de Henry e do que isso significaria para mim e para o meu bebê me paralisava.E se, depois de saber, ele simplesmente nos deixasse para trás?— Eu sei, tá bem? — Eu respondi ríspida demais, olhando para o teto. — Eu não queria que ele descobrisse assim e muito menos que tirasse conclusões precipitadas, mas… Carter assumiu o papel tão facilmente, Kate. Havia felicidade na sua voz e na sua postura. Você precisava ver na ultrassom, ele quase chorou emocionado, aceitando meu filho como se fosse dele.Kate segurou minhas mãos, suavizando a expressão.— Amiga, eu entendo que você não que
POV: HENRYPor algum motivo, Lauren parecia nervosa com aquela pergunta. Seu corpo ficou rígido, os olhos desviaram para o lado e sua respiração vacilou. Algo a incomodava, mas ela não dizia.— Theodor, Lauren ainda está cansada. — Minha voz saiu firme, chamando sua atenção. — Ela passou por um grande susto e precisa repousar. Isso é tudo muito novo para todos nós.Theo abaixou um pouco os ombros, mas sua expressão não perdeu a doçura.— Fada… — Ele a chamou baixinho, mexendo os dedinhos nervosos. — Você não quer que seu bebê seja meu irmão? Por isso não quer responder?Lauren arregalou os olhos, como se a pergunta a tivesse atingido em cheio. Seu peito subiu e desceu rapidamente, e seus olhos marejaram.— The
POV: HENRYOfeguei ao sentir seu toque firme, sua mão quente envolvendo minha nuca, me mantendo imóvel diante do olhar penetrante que parecia atravessar minha alma. Meu coração batia rápido, meu corpo reagia à proximidade dele de uma maneira que eu não queria admitir.Por que Henry estava agindo assim? O que ele realmente queria comigo?— Henry… por que insiste tanto nisso? — Minha voz saiu baixa, quase hesitante. Eu tentei me afastar, mas ele apenas apertou um pouco mais sua mão em minha nuca, me mantendo exatamente onde queria.Seu sorriso surgiu no canto dos lábios, cheio de mistério e algo mais que me fazia perder o fôlego.— Você faz perguntas demais, Becker. — Sua voz era um murmúrio rouco e carregado de algo perigoso. — E, ainda assim, foge de responder as que eu
POV: LAUREN— Não gosto de ter minhas palavras usadas contra mim. — Ele murmurou, o tom carregado de ironia. — Mas devo admitir, foi um excelente argumento.Revirei os olhos, rindo baixo.— Não seja convencido.Ele apenas sorriu, satisfeito, enquanto eu voltava a me recostar contra o travesseiro, olhando para o teto. Mas minha mente estava longe.A verdade pesava sobre meus ombros.Eu precisava contar antes que as coisas fugissem ainda mais do controle.Engoli em seco, sentindo a ansiedade crescer. Respirei fundo antes de me remexer na cama, tentando encontrar as palavras certas.— Henry, preciso te contar uma coisa. — Minha voz saiu hesitante, e ele se virou para mim com paciência, esperando que eu continuasse.Minhas mãos estavam frias, meu cora&c
POV: JAMESToquei o queixo dolorido, sentindo o gosto metálico do sangue se espalhar pela boca. Algo estava solto. Cuspi na mão e vi um pedaço do meu dente quebrado.Meu sangue ferveu.— Desgraçado idiota! — Eu gritei, minha voz ecoando pelos corredores do hospital. — Aquele maldito me paga pelo que fez!Respirei fundo, tentando controlar a raiva, mas a fúria pulsava em minhas veias. Henry Carter iria se arrepender de ter me tocado.Meus olhos captaram o movimento de uma enfermeira passando apressada em direção aos quartos.Perfeito.Dei dois passos rápidos e a agarrei pelo braço, puxando-a bruscamente e a jogando contra a parede. Meu corpo se inclinou para frente, minhas mãos espalmadas ao lado de sua cabeça, cercando-a.— Princesa