POV: LAUREN— Já sabemos de quem o Theodor herdou essa teimosia, não é? — Eu cruzei os braços, arqueando uma sobrancelha.— Tio Henry vai tomar bronca. — Theo apontou para ele e começou a rir, se divertindo.— Ei, Theo, você devia ficar do meu lado. — Henry lançou um olhar divertido para o sobrinho.Suspirei, massageando as têmporas. Os Carters eram um problema.— Ok, alguém precisa colocar vocês dois na linha. — Eu murmurei, repetindo a frase que minha mãe dizia quando meu pai se recusava a se cuidar.Quando olhei para os dois, ambos me encaravam, confusos.— Theo, você tem cinco minutos para se arrumar. O motorista já está esperando para te levar à escola.— Mas, fada... — Ele tentou contestar, mas minha expressão fechada o fez desistir. — Tudo bem, mas cumpra o nosso acordo.— Tem a minha palavra. — Eu cruzei os dedos e levei até os lábios, fazendo-o rir.Theo saiu correndo para se arrumar, e então voltei minha atenção para Henry.— E você, Sr. Carter, de volta para a cama.— Você
POV: HENRYEla corou.Eu deveria fingir que não percebi, mas a satisfação tomou conta de mim. Lauren tentava manter a compostura, mas eu conhecia cada sinal de sua hesitação. O jeito que desviava o olhar, como mordia o lábio ao tentar esconder a reação… Tudo nela gritava que, por mais que tentasse se afastar, já estava envolvida.Inclinei levemente a cabeça, observando-a com diversão.— Calma, Sra. Becker. Só estou te convidando a ficar e descansar. — Eu provoquei, deixando meu tom mais baixo, arrastado. — Contenha essa mente maliciosa.Lauren arregalou os olhos, a boca abrindo como se quisesse protestar.— Eu não... — Eu engoliu em seco, os ombros tensionados. Quando finalmente me encarou, sua pele estava tingida de vermelho, a respiração um pouco irregular. — Sr. Carter, isso está ficando íntimo demais.O nervosismo em sua voz só me instigou mais.— E qual o problema nisso? — Eu retruquei, firme, sentando-me na cama e ajustando os travesseiros atrás das costas.Meus olhos percorrera
POV: HENRYLauren mastigou devagar, me estudando com aquele olhar desconfiado que ela sempre me lançava quando eu me mostrava mais atencioso do que deveria.— Se o médico disse que você precisa descansar, descanse. — Eu mantive minha expressão firme, sem dar espaço para argumentos. — As empregadas podem cuidar de Theodor, já fizeram isso antes.Ela me olhou por alguns segundos, e então algo brilhou em seus olhos. Um desafio. Um resquício de emoção que eu ainda não conseguia decifrar completamente.— Você sempre tem que comandar tudo? — Lauren suspirou hesitante, quase frustrado.Sorri de canto, gostando da provocação sutil por trás da pergunta.— Eu gosto quando as coisas seguem o meu ritmo. — Eu respondi rouco com sinceridade.Lauren desviou o olhar por um breve instante, mexendo as mãos sobre o próprio colo, claramente ponderando o que diria em seguida.— Mas você… — Eu continuei inclinando-me levemente para frente. — Você me desafia o tempo todo. Acho isso… intrigante.Ela engoliu
POV: HENRYAjustei-me na cama, puxando-a para mais perto até que sua cabeça descansasse sobre meu peito.Lauren deslizou a mão suavemente pelo meu tórax. O toque foi leve, mas suficiente para me fazer estremecer. Mordi a parte interna da boca, controlando minha reação.— Becker? — Eu chamei seu nome, a voz mais rouca do que pretendia.— Sim? — Ela respondeu baixo, em um bocejo quase preguiçoso, como se o cansaço estivesse finalmente tomando conta.Desci os olhos para sua mão, que continuava traçando caminhos lentos pela minha pele.— Se continuar me acariciando assim, vai ter que me dar muito mais do que apenas bons beijos. — Eu comentei rouco e grave.Lauren congelou por um instante antes de erguer os olhos para mim, surpresa. Sua mão parou no mesmo segundo, hesitante.Um riso baixo escapou do meu peito.Capturei sua mão antes que ela pudesse afastá-la completamente, levando-a até meus lábios. Beijei suavemente o dorso antes de pousá-la de volta em meu tórax.— Assim está melhor. — E
POV: HENRYA camisola ainda era provocante, mas bem mais comportada do que a última que vi.Seus olhos pousaram em minhas mãos.A expressão dela mudou na hora.— Sério que está fumando? — Ela cruzou os braços, seu olhar fixo no cigarro entre meus dedos.Um canto da minha boca se ergueu em um meio sorriso.— Eu preferia um uísque, mas acho que meu médico não aprovaria álcool com os remédios. — Eu levei o cigarro aos lábios, mas antes que pudesse tragar, Lauren surgiu diante de mim, arrancando-o da minha mão. Sem hesitar, jogou no chão e pisou sobre ele, esmagando com força.— Ei, eu ainda não tinha terminado. — Eu resmunguei, erguendo uma sobrancelha.— Qual é o seu problema, Carter? — Ela se virou para mim, os olhos faiscando de raiva. — Você foi esfaqueado, quase morreu, e agora acha uma boa ideia fumar?— Becker, se acalme… — Eu segurei seus ombros, sentindo seu corpo tenso, os músculos rígidos sob meus dedos. Ela tremia.— Não, você não está entendendo! — Sua voz falhou, e então, e
POV: LAURENHenry permaneceu em silêncio, me fitando. Seus olhos escuros me estudavam de forma intensa, como se procurassem algo em mim. Ele limpou a garganta e soltou um longo suspiro antes de finalmente se virar por completo para mim.— Já estive nessa posição antes. — A voz de Henry saiu baixa, fria, carregada de algo que não consegui identificar de imediato.Arrepios percorreram minha pele. Ergui os olhos, franzindo a testa diante da expressão fechada dele.— Com Mia? — Minha própria voz soou hesitante. Uma sensação incômoda se instalou no meu peito, como um aperto difícil de ignorar.— Não. — Ele negou sem pressa, sua mão se erguendo para tocar meu cabelo.O gesto foi deliberado. Seus dedos afastaram uma mecha do meu rosto, deslizando suavemente pela minha bochecha até alcançar meu maxilar. O contato quente fez meu coração acelerar. Quando seus dedos seguraram meu queixo, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, deixando minha respiração irregular.— Foi por uma garota da facul
POV: LAUREN— Achei que a vida estava me retribuindo pelo que ela fez, mas parece que o destino tem um senso de humor cruel.Minha garganta se fechou.— Henry, eu não… — comecei, mas ele me cortou com um movimento de cabeça, a expressão dura.— O que mais me doeu foi acreditar que ela me via além de status e dinheiro. — Ele torceu o nariz, soltando um suspiro pesado. Logo em seguida, gemeu baixo, pressionando o local dos pontos.Meu peito apertou.— Você tem razão, Sra. Becker. Preciso manter minha reputação, por isso o contrato não será revogado. Isso já estava especificado.Meu estômago revirou.— O-o quê? — Minha voz saiu em um sussurro, minhas mãos tremendo.Henry não demonstrou qualquer hesitação.— Você cumprirá um ano da nossa falsa união. Seremos o casal perfeito diante de todos até o término do acordo. — Seu tom era frio, controlado, como o de um CEO que dita regras inquebráveis. — Mas não se preocupe com os beijos.Meu corpo ficou tenso quando ele rompeu a pouca distância en
POV: HENRYEla prendeu a respiração.Gostei disso.— Durma. — sussurrei, afundando o rosto em seu cabelo, inalando seu cheiro, deixando meu toque se demorar na curva de sua cintura antes de me afastar um pouco. Mas não completamente.Ela demorou para relaxar, para entregar o peso do corpo sobre a cama. Mas aconteceu. Sua respiração ficou mais ritmada, embora eu soubesse que ela não dormia.Nenhum de nós estava realmente descansando.Eu sentia o leve tremor no corpo dela, os dedos crispados contra o lençol, a forma como sua respiração vacilava toda vez que meu peito roçava em suas costas.E então, eu fiz o imperdoável.Meus dedos deslizaram pelo seu braço, explorando sua pele em um traço lento e firme. Quando alcancei seu pulso, pressionei levemente, sentindo seu coração pulsar rápido debaixo dos meus dedos.Ela gemeu baixo, como se tentasse engolir qualquer reação.— Você está tensa. — Eu murmurei contra sua nuca, minha boca próxima o suficiente para sentir o cheiro adocicado de sua p