POV: LAURENHenry permaneceu em silêncio, me fitando. Seus olhos escuros me estudavam de forma intensa, como se procurassem algo em mim. Ele limpou a garganta e soltou um longo suspiro antes de finalmente se virar por completo para mim.— Já estive nessa posição antes. — A voz de Henry saiu baixa, fria, carregada de algo que não consegui identificar de imediato.Arrepios percorreram minha pele. Ergui os olhos, franzindo a testa diante da expressão fechada dele.— Com Mia? — Minha própria voz soou hesitante. Uma sensação incômoda se instalou no meu peito, como um aperto difícil de ignorar.— Não. — Ele negou sem pressa, sua mão se erguendo para tocar meu cabelo.O gesto foi deliberado. Seus dedos afastaram uma mecha do meu rosto, deslizando suavemente pela minha bochecha até alcançar meu maxilar. O contato quente fez meu coração acelerar. Quando seus dedos seguraram meu queixo, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, deixando minha respiração irregular.— Foi por uma garota da facul
POV: LAUREN— Achei que a vida estava me retribuindo pelo que ela fez, mas parece que o destino tem um senso de humor cruel.Minha garganta se fechou.— Henry, eu não… — comecei, mas ele me cortou com um movimento de cabeça, a expressão dura.— O que mais me doeu foi acreditar que ela me via além de status e dinheiro. — Ele torceu o nariz, soltando um suspiro pesado. Logo em seguida, gemeu baixo, pressionando o local dos pontos.Meu peito apertou.— Você tem razão, Sra. Becker. Preciso manter minha reputação, por isso o contrato não será revogado. Isso já estava especificado.Meu estômago revirou.— O-o quê? — Minha voz saiu em um sussurro, minhas mãos tremendo.Henry não demonstrou qualquer hesitação.— Você cumprirá um ano da nossa falsa união. Seremos o casal perfeito diante de todos até o término do acordo. — Seu tom era frio, controlado, como o de um CEO que dita regras inquebráveis. — Mas não se preocupe com os beijos.Meu corpo ficou tenso quando ele rompeu a pouca distância en
POV: HENRYEla prendeu a respiração.Gostei disso.— Durma. — sussurrei, afundando o rosto em seu cabelo, inalando seu cheiro, deixando meu toque se demorar na curva de sua cintura antes de me afastar um pouco. Mas não completamente.Ela demorou para relaxar, para entregar o peso do corpo sobre a cama. Mas aconteceu. Sua respiração ficou mais ritmada, embora eu soubesse que ela não dormia.Nenhum de nós estava realmente descansando.Eu sentia o leve tremor no corpo dela, os dedos crispados contra o lençol, a forma como sua respiração vacilava toda vez que meu peito roçava em suas costas.E então, eu fiz o imperdoável.Meus dedos deslizaram pelo seu braço, explorando sua pele em um traço lento e firme. Quando alcancei seu pulso, pressionei levemente, sentindo seu coração pulsar rápido debaixo dos meus dedos.Ela gemeu baixo, como se tentasse engolir qualquer reação.— Você está tensa. — Eu murmurei contra sua nuca, minha boca próxima o suficiente para sentir o cheiro adocicado de sua p
POV: HENRYPedi a Charlotte, minha secretária e braço direito, que trouxesse os documentos e propostas da empresa. Meu notebook também veio junto. Ela bateu na porta antes de entrar, um sorriso largo no rosto ao me ver.— Chefinho, vejo que está melhor. — Ela sorriu, a voz doce e ligeiramente insinuante. — Como se sente? Fiquei tão preocupada quando soube o que aconteceu.Ajustei-me nos travesseiros, puxando a mesa para iniciar o trabalho.— Estou bem, foi apenas um susto. — Eu respondi sem dar muita atenção. — Me atualize.Charlotte assentiu, assumindo um tom mais profissional.— Os contratos enviados estão na fase final. A equipe de negociações seguiu com sua agenda e reagendei as reuniões mais importantes para o próximo mês, para que possa se recuperar totalmente. — Ela colocou os papéis sobre a mesa, os dedos deslizando levemente sobre a superfície. — Estes documentos precisam da sua assinatura. Estou acompanhando todos os projetos de perto e enviando relatórios constantes para se
POV: HENRYNão vi Lauren pelo resto do dia. Preferi manter a distância, ou pelo menos era o que dizia a mim mesmo. A verdade era que precisava afastá-la. Eu estava me envolvendo demais.O tempo passou sem que eu percebesse. Uma batida leve na porta me tirou dos pensamentos. A governanta entrou carregando uma bandeja de jantar, e Theodor veio logo atrás, segurando meus medicamentos, com uma expressão contrariada.— Obrigado. — agradeci, pegando os remédios.A governanta hesitou, torcendo as mãos como se quisesse dizer algo. Suspirei e inclinei a cabeça.— O que foi?— Me perdoe, Sr. Carter. Não costumo me intrometer, mas… — ela olhou rapidamente para Theo antes de voltar para mim, incerta.Meu humor já não era dos melhores.— Diga de uma vez. — resmunguei, tomando os comprimidos.— Bem, a Sra. Becker passou o dia no quarto e me pediu para cuidar do pequeno Theo. — A governanta manteve o tom profissional, mas havia preocupação em sua voz. — Não é algo comum para ela. Sempre fez questão
POV: LAURENAcordei péssima. Meu corpo estava exausto, minha cabeça latejava, e meu estômago ainda parecia revirado da noite anterior. Mal conseguia compreender o que Henry veio fazer no meu quarto. O dia anterior havia sido um inferno, passei horas jogando tudo para fora, e agora a tontura me fazia lutar contra o próprio corpo para sair da cama.Mas o que mais me preocupava eram as dores no pé da barriga. Elas estavam mais intensas, e minha barriga endurecia de tempos em tempos. Mordi o canto da boca, nervosa. Será que meu bebê estava bem?Peguei o celular e disquei o número do Dr. Ravi.— Alô, Doutor Ravi? — Eu sussurrei, com receio de ser ouvida por alguém na casa. — Sou eu, Lauren Becker, tem um minuto?— Sra. Becker, é sempre um prazer falar com você. — Sua voz saiu animada. — Você está bem? Parece abatida.Suspirei, tentando manter a calma.— Confesso que não estou nos meus melhores dias. — Eu admiti, sentindo meu estômago protestar de fome, mas sem conseguir me alimentar. — Me
POV: LAUREN— Eu te disse, amor, que essa infértil miserável nos perseguiria assim que soubesse que estamos esperando um filho. — Sua voz era cortante, cheia de desprezo.O ar ficou pesado ao meu redor. Meu corpo ficou gelado. Minhas pernas fraquejaram.Ela estava grávida de Ethan. Meu bebê teria um irmão ou irmã.Meu coração bateu forte no peito, um nó se formando em minha garganta.— Eu não… — Eu tentei dizer algo, mas a notícia me atingiu como um soco. O choque me impediu de continuar.— Deve estar se remoendo por dentro por saber que foi incapaz de realizar o desejo do seu marido de se tornar pai. Agora que ele está com uma mulher de classe, está realizando o sonho. — Violet debochou, o sorriso cruel nos lábios. — Pobrezinha, tão imprestável que nem mesmo Deus teve pena de você.Meu sangue ferveu.— Cala a boca, Violet. — Eu exclamei, reunindo forças para encará-los com ódio. — Fico feliz pelo casal, agora se me derem licença...— Não precisa se fazer de forte, Lauren. — Ethan dis
POV: LAURENEu não falei. Não havia o que dizer diante daqueles olhos azuis intensos que pareciam buscar mais do que uma resposta. Deslizei os dedos por seus cabelos, sentindo a textura macia entre meus dedos. Ele não se afastou, não interrompeu o momento. Cada gesto meu era acompanhado pelo olhar atento dele.Meus olhos desceram até seus lábios, e sem hesitar, me movi sobre o banco. Posicionei as pernas ao lado de seu quadril e me sentei sobre ele. Henry não desviou o olhar, apenas inclinou a cabeça para cima, suas mãos firmes segurando minha cintura.— Becker... — Henry sussurrou, arqueando uma sobrancelha, umedecendo os lábios, seu olhar queimando contra o meu.Eu sentia sua ereção sob meu corpo. Mordi o lábio, pressionando meu quadril levemente contra ele. Um gemido baixo escapou de sua garganta, sua respiração ficou mais pesada, e seus dedos apertaram minha cintura com mais força, reivindicando controle.Inclinei-me para frente, roçando meus lábios contra os dele, sentindo seu há