— Vai dormir comigo, né? — Ele diz enquanto me puxa para o colo dele.— Gostou mesmo de me ver vestindo as suas camisas. — Adoro mesmo é ver você sem elas, mas você também fica perfeita usando. Eu fiquei preocupado com você, loirinha. — Na próxima fico longe do celular.— Espero que não tenha próxima, mas confesso que você fica bem diferente bêbada e com um português invejável.— Estilo Renan? — Debocho. — Há coisas na minha vida que você não sabe, Renan. Mas não vai ser agora que vou te contar, tu já tá fodendo demais o meu juízo.— Já ouvi essas palavras.— Você disse, bobinho. Você também fala perfeitamente bem, e nem por isso tiro com a sua cara.— Vou te contar uma parada, eu não quis ser bandido, como você, assim como a maioria, deve pensar. Eu tinha outra vida antes de chegar aqui, e é por isso que falo tão perfeitamente bem. Vai chegar o dia que você vai falar as suas verdades e eu vou falar as minhas, e não te exijo saber de nada porque não posso retribuir. Tu vai me aturar
Embora para mim seja indiferente, ser a fiel do dono do morro parece ser uma posição bem importante aqui nessa favela, pois onde eu vou noto olhares em mim. Com isso sinto todos os meus passos sendo vigiados, já que passo próximo aos homens armados e eles sempre parecem comentam algo nos radinhos, mas o Renan diz que é apenas impressão minha.Após quase uma semana dormindo todos os dias com o Renan, decidi acordar bem cedo na intenção de retribuir o café da manhã que recebo na maioria dos dias. Nunca me atrevi a mexer na cozinha, afinal, embora o Renan já considerasse um namoro, antes eu não me sentia tão íntima para isso. Levanto com cuidado e visto a camisa dele, indo em direção a cozinha. Não sei exatamente onde ficam as coisas que vou precisar, mas após alguns minutos mexendo pelas gavetas e na geladeira, separo tudo o que vou precisar para preparar um café da manhã estilo americano, o meu preferido. Coloco uma música para tocar baixinho na caixinha de som, e inicio os trabalhos
***Por Renan / Nanzin***Após passar algum tempo me dividindo entre as minhas obrigações e conquistar a Ludmila, agora que consegui, enfim, ganhar essa mulher, posso voltar a minha atenção para as coisas urgentes. Vim para esse morro com um objetivo, vingar a morte do meu pai. Eu tenho a consciência de que o que ele fazia não era o certo, e se fosse somente por isso, continuaria com a segurança da minha vida normal, mas a forma como ele foi morto me exigiu um contra-ataque. Ele já havia se rendido e aceitado que a casa tinha caído, ainda assim foi torturado e morto da pior forma possível. Isso me despertou um ódio fodido.Ao decidir vir para cá comprei uma briga séria com a minha mãe, que até hoje é contra isso, e com razão. Para passar uma certa tranquilidade para ela, nos falamos todos os dias e sempre que ouço os apelos dela, mas ansioso eu fico para colocar um fim logo nisso.— Oi, mãe — A cumprimento ao atender a sua ligação diária.— Oi, meu filho. Como você está? É sempre um a
***Por Lívia/Ludmila***Num misto de sentimentos chego em casa, tomo um banho e me jogo na cama. "Visitar" o meu pai me deixou aliviada, mas também mexeu muito comigo, pois me fez lembrar de tudo o que senti e as consequências disso tudo.Beber num dia de semana não é uma coisa que estou acostumada a fazer, mas disposta a tentar esquecer um pouco dos meus problemas, decidi trocar de roupa e me sentar num bar próximo a minha casa. Cumprimento os homens da boca e vou rumo ao bar, onde me sento e peço uma dose de whisky. Um gole e me pergunto como esse pessoal gosta disso, treco amargo da porra, porém continuo tentando apreciar e me esquecer de tudo. Na terceira dose consigo beber sem fazer cara feia, embora me sinta meio tonta. — Perdida pelos bares? Que fiel exemplar que o Nanzin arrumou. — Dedéia diz e se senta à mesa comigo. - Seu Lira, me dá uma gelada aí - Ela grita para o dono do bar e me encara.— Qual foi, Dedéia. Não tô afim de estresse, posso apenas curtir a onda da bebida a
Após aquela cena ridícula da Dedéia, ela parece ter tomado um chá de sumiço e me deixou em paz. Mas naquela noite tomei um belo sermão do Renan, e ainda saí como a louca alcoólatra que não sabe beber. Logo eu que vivia participando do beer pong nas festas da universidade, e era a última a ficar bêbada. Fora isso, o Renan ainda me olha desconfiado às vezes, mas ele não tocou mais no assunto da morte do meu pai, o que me deu um certo alívio. Pretendo contar para ele um dia sobre as minhas intenções iniciais de ter vindo para cá, mesmo que isso me custe algo bem sério, mas não quero seguir um relacionamento baseado na mentira.Enquanto ele não tiver a intenção de me contar a verdade sobre a vida do Renan, eu ganho mais tempo para descobrir como contar para ele, sem que eu morra por isso. Enquanto isso curto os momentos ao lado dele, aproveitando cada momento em que ficamos juntos, o que tem se tornado cada vez mais frequentes.— Oi, estava com saudades. — Digo assim que o Renan entra na
— Já cansou, loirinha? — Prefiro ficar perto do meu chefe agora que já o provoquei o suficiente. — Disfarço e cochicho para ele. - Eu acho que esqueci uma coisa lá no carro.— Quer que eu peça para alguém buscar?— Nossa, você é bem lerdo, hein. Eu quero que você vá comigo no carro, está mais claro assim?O encaro e mordo o lábio inferior, o fazendo perceber as minhas intenções. Inventamos uma desculpa qualquer para os demais, e vamos em direção ao carro que viemos.— Depois eu que tenho fogo por nós dois, né?! — Ele diz assim que abro a porta do carro e o empurro para o banco de trás.— Você realmente tem fogo por nós dois, mas quem manda me olhar como se quisesse me ver nua hoje? Me deixou a noite inteira doidinha por isso. — Não é só hoje, eu sempre quero te ver nua, loirinha. Bom saber que também consegui mexer com a sua mente, porque você sempre mexe com a minha.Sorrio e me sento no colo dele, o beijando com toda a vontade que senti durante toda a noite. Entre os nossos beijos
**Por Renan / Nanzin**Para conseguir êxito nos meus planos, não posso contar somente com os meus homens, então aliados são sempre necessários. O Tritão é um velho amigo do meu pai, e um dos parceiros que sei que posso contar sempre que precisar, nos momentos bons e ruins. Aproveito o aniversário dele para reforçar os nossos laços, e aproveitamos enquanto as nossas mulheres estão longe para conversarmos sobre os negócios. Tento me manter concentrado nos nossos assuntos, mas a Ludmila sempre atrapalha qualquer tentativa de raciocínio que tento ter. Ela sabe como me deixar louco, mas percebo que eu não sou o único que a observa essa noite.— Teu sub tá brincando com o perigo. — Digo para o Tritão enquanto dou um gole no meu whisky, e ele sorri de lado observando a cena.— Não que a Leninha não fosse bonita, mas dessa vez você arrumou uma beldade, Nanzin. Mas vou dar um papo nele, pra ele se lembrar que não pode cobiçar a mulher dos parceiros.— Deixa em off, Tritão. Afasta o cara não,
— Posso fazer o meu último pedido? — Ele debocha assim que me aproximo. — A sua loira é deliciosa demais, deixa eu dar um trato nela antes de tu me bater de novo, Nanzin. Ela precisa saber o que é um homem de verdade. — Homem de verdade, filho da puta? — Grito e acerto um soco nele. — Homem de verdade que nem tu, que não tem nem a disposição de ganhar uma mulher e tem que agarrar?— Ela gostou, se não fosse aquela amiga dela, a essa hora estaria gozando naquela boceta gostosa. — Ele gargalha enquanto fala, e eu dou outro soco nele.— Caralho, cara. Qual o teu problema? Tá implorando pra te matar, porra. Tu cheirou o pó junto com a tua noção? — Tiro trocado não dói, Nanzin. Tu roubou a mina que era pra ser minha, nada mais justo do que eu fazer o mesmo, chefe. — Ele debocha— Sua mina? Que caralho você tá falando? — Tá se fazendo de doido agora? A Leninha, caralho. – Que porra que tu tá falando, Fred? Leninha nunca foi tua mulher - DG grita. — Sempre fui afim dela, DG. E esse malu