— Posso fazer o meu último pedido? — Ele debocha assim que me aproximo. — A sua loira é deliciosa demais, deixa eu dar um trato nela antes de tu me bater de novo, Nanzin. Ela precisa saber o que é um homem de verdade. — Homem de verdade, filho da puta? — Grito e acerto um soco nele. — Homem de verdade que nem tu, que não tem nem a disposição de ganhar uma mulher e tem que agarrar?— Ela gostou, se não fosse aquela amiga dela, a essa hora estaria gozando naquela boceta gostosa. — Ele gargalha enquanto fala, e eu dou outro soco nele.— Caralho, cara. Qual o teu problema? Tá implorando pra te matar, porra. Tu cheirou o pó junto com a tua noção? — Tiro trocado não dói, Nanzin. Tu roubou a mina que era pra ser minha, nada mais justo do que eu fazer o mesmo, chefe. — Ele debocha— Sua mina? Que caralho você tá falando? — Tá se fazendo de doido agora? A Leninha, caralho. – Que porra que tu tá falando, Fred? Leninha nunca foi tua mulher - DG grita. — Sempre fui afim dela, DG. E esse malu
— Nessa, eu queria pedir desculpas por ter estragado a festa. — Digo após dar outro longo gole na tequila.— Que isso, Lud. Você não teve culpa, aquele merda que enfiou a noção no cu.— Não teve culpa, mas provocou. — Gisele cochicha sozinha, mas todas nós ouvimos.— Como é?— Ué, Nessa. Notaram o tamanho do vestido dela? Dançando com aquele pedaço de pano, metade dos homens estava olhando pra gente por causa dela. Até o meu homem olhou pra ela.— Agora ela teve culpa por causa da roupa, que ridícula, garota. — Jéssica diz num tom alto e aponta o dedo pra ela, enquanto as minhas lágrimas voltam a descer pelo sentimento de culpa. — Ela poderia tá usando um vestido de manga, até o pé que ele ainda ia fazer isso. Ninguém tem culpa além do filho da puta do Fred. Vai dizer que o teu macho só olhou por causa da roupa dela?— Claro, tem dúvidas?— É, o seu pobre e indefeso presente de Deus foi forçado a olhar, coitado. Vai te foder, garota. Que pensamento escroto esse, ninguém merece sofrer
***Por Lív/Lud***Já se passou um pouco mais de dois meses desde que tudo aconteceu e, embora já tenham descoberto onde ele está escondido, saber que esse homem está vivo e, provavelmente, odiando o Renan e eu, me dá um medo fora do normal. Para a minha segurança, praticamente me mudei para a casa do Renan, e uma verdadeira escolta armada foi feita na frente do portão.Renan vive mais tempo fora de casa do que comigo, então não faz tanta diferença para quem já estava acostumado a morar só, apenas incluiu agradáveis cafés da manhã juntos, e pequenas reclamações sobre roupas espalhadas pelo quarto e fios de cabelos na cama.— Oi, amor. — Renan me beija assim que chega em casa para almoçar. — Não desistiu de ir?— Oi. Eu preciso ir, as minhas amigas estão quase indo para a polícia e comunicando o meu desaparecimento.— Exageradas como a minha mulher. Só fico preocupado, não acho seguro. — Prometo não ir para a rua, é só pra elas pararem de me falar que estão com saudades. Os meus pais t
Passei o restante da noite com a Jéssica me consolando, enquanto ouvíamos o Renan bater incessantemente na minha porta. Quando amanheceu e ele foi embora, provavelmente para a matriz, com a ajuda da Jéssica fui até a casa dele e busquei parte das minhas coisas. Após descansar até o início da tarde, decidi arrumar a minha mochila e ir para a casa da Débora, para evitar novamente as visitas dele quando ele já tivesse cumprido os seus compromissos. Porém, assim que saio no portão o encontro parado na minha esquina, o que me obrigou a respirar algumas vezes antes de passar e fingir que não o conhecia, em vão.— Tu vai aonde, Ludmila? — Renan diz assim que eu me aproximo. — Vai te foder, Nanzin. Não te devo mais satisfação. — Tu tá maluca? Eu tô falando contigo. — Ele diz e me segura pelo braço assim que viro as costas. Eu o encaro e depois olho para a mão dele, e ele me solta.— Vai atrás da sua nova fiel, Nanzin. Me esquece! — Eu quero conversar contigo, Ludmila!— Vai conversar com
Nos animamos e começamos a nos arrumar enquanto a Thai conta as aventuras com o ex. Após um bom banho, enfim visto um vestido preto com o comprimento abaixo do joelho, um tênis branco e prendo o cabelo num coque alto. Enquanto as duas terminavam de se maquiar, decido mandar uma mensagem para o Ulisses o convidando para ir conosco. Combinamos de nos encontrarmos no mesmo Pub de sempre, e ele me diz que levará alguns amigos dessa vez.Envio uma mensagem para o Ulisses e pedimos um táxi, pois todas nós estamos dispostas a beber e curtir a noite carioca. Após alguns minutos descemos em frente ao pub, onde o Ulisses já nos aguardava com dois amigos e uma amiga.— Até que enfim, Lívia Viana deu o ar da graça. — Ulisses cochicha assim que me abraça e depois me solta. — Esses são meus amigos João, Miguel e Renata. — Oi! - Cumprimento a todos os presentes e apresento as minhas amigas. — Essas são Débora e Thainá, minhas amigas de longa data. — Prazer em conhecê-la, Lívia. — Renata diz assim
Pronto, quando penso que consegui organizar os meus pensamentos, a Jéssica me liga e joga um enigma, me deixando preocupada. Tomada pelo desespero, entro na casa da Débora e apenas pego a minha bolsa para voltar para o morro. Peço um táxi e em poucos minutos chego na favela. Estranho assim que entro na rua principal, pois ela costuma ser bem movimentada, mesmo durante a madrugada, e está completamente deserta. Sem ter a opção de um moto táxi, vou a pé até a minha casa e agradeço, por ainda usar um calçado confortável, ou não aguentaria chegar em casa com o salto alto que saí daqui.Assim que chego na esquina, encontro a Jéssica com a Júlia e a avó, cochichando algo. Quando me aproximo, a Jéssica me olha de cima a baixo e só então me dou conta de como estou vestida. Ela se agarra em mim e chora, enquanto eu apenas a afago, tentando entender o que acontece. — O que houve, Júlia? — Pergunto assim que entramos na minha casa, e me sento com a Jéssica no sofá.— Os homens do Nanzin tentar
***Por Renan/Nanzin***Ultimamente tenho me preocupado tanto em conseguir colocar as minhas mãos no Fred, que tenho focado menos nas coisas ao redor. Com isso nem me dei conta das reais intenções da Dedéia ao ficar próxima de mim no baile, mas como a Ludmila estava na casa dos pais, a última coisa que passaria pela minha cabeça seria que ela queria se vingar. Mesmo tendo ficado num péssimo humor ao tê-la longe de mim, decidi aproveitar esse tempo que ela está fora para organizar a invasão ao morro onde ele está escondido. O filho da puta é tão covarde que pediu abrigo no morro rival, mas não será isso que irá me impedir de me vingar do mal que ele causou a Ludmila. A cada pesadelo que ela teve durante esse tempo desde que tudo aconteceu, mais o meu ódio por ele aumentava e hoje espero conseguir colocá-lo para conversar pessoalmente com Deus.— Qual foi, DG. Pediu segredo pra Jéssica sobre o que iremos fazer? — Pergunto assim que entramos no carro, indo rumo ao morro rival.— Arrume
— Caralho, tu gosta de brincar com o perigo mesmo, hein. Eu tinha que ter cortado as suas asinhas desde a briga com a Ludmila. Acreditei que tu era uma mina maneira, Dedéia.— Eu sempre fui uma mina maneira, o meu erro foi ter me apaixonado por você. — Ela grita com a voz embargada. — Você provocou tudo isso, Nanzin. Deveria ter sido eu desde o início, mas tu preferiu a Leninha e não a mim. Eu apresentei ela pro DG, mas ela queria mesmo era você, aquela piranha. Depois que ela morreu, achei que o caminho tava livre pra mim, mas aí apareceu a vadia da Ludmila. Tu merece morrer, Nanzin, por tudo o que me fez passar.— Ofendida ela, chefe. — TH comenta enquanto debocha com o DG.— Eu nunca te faria a minha fiel, Dedéia. Nunca nem te quis, mas de tanto tu querer abrir as pernas pra mim, te dei o que você queria. Você nunca passou de uma aliviada depois do baile, posso fazer nada se tu se iludiu. Agora bora trazer seu parceiro até aqui, nada mais justo que me recompensar pela merda que tu