CAPÍTULO 99. O DETETIVE ABELHA.

Estela tomou um banho gelado. As lembranças de seu sonho ecoavam na sua mente.

- Preciso de um café forte.

Falando sozinha, ela foi de roupão a cozinha. Júlio César entrou, vindo da padaria.

- Bom dia. Está chuviscando.

Eles sentaram para tomar o café da manhã.

- Bom dia, Júlio. Temos que trabalhar, fazer o que?

- Isso aí. As fotos.

- Que fotos?

- Esqueceu? Tem que tirar fotos para a documentação da fundação, você mudou de cargo. Tecnicamente é outro contrato.

- Ah, sim. Verdade.

- Posso deixar você lá, no estúdio. Se quiser.

- Quero sim. Depois vou a fundação num carro de aplicativo.

- Perfeito. O advogado tem vôo às onze.

- Vai se reunir com o presidente?

- Não hoje. Na terça feira que vem, Estela. Você parece aérea.

- Viu só. O deputado vai viajar de avião e eu que fico aérea. Chegarão uma leva de refugiados, um grupo da Bolívia. São muitos documentos e logística. A secretária é nova e estou me desdobrando.

- Novidade. Você sempre se desdobrou na fundação, querida. Você levou o
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