- O som das ondas é como música, o azul do céu, o verde das montanhas, a água cristalina, o branco da areia. Que cenário deslumbrante. - Até parece que está lendo um poema, Apollo. Está inspirado.- Impossível não ficar inspirado nesse lugar, Jheniffer. Um passeio incrível. Pena que não vimos baleias nem golfinhos.O barco voltava a praia de Canasvieiras quando duas baleias foram avisadas. Os turistas ficaram entusiasmados. - Foi só você falar, elas apareceram.- Verdade. Fiquei igual aquele narrador de futebol, que critica o atacante do time. Em seguida, o jogador vai lá e faz o gol da vitória.O barco se manteve a vinte metros das baleias.O ator vestido de Jack Sparrow deu um binóculo a eles. Apollo o agradeceu.Quinze minutos de observação. As baleias sumiram da vista deles. - Uau. Valeu a pena.- Verdade, Jheniffer. Incrível.- Apollo, agora diga que só falta os golfinhos aparecerem. - Não sabia que tinha esse poder. Lá vai, só falta os golfinhos aparecerem e darem seu show
- Adeus ano velho, feliz ano novo. Bom dia, Jheniffer.Apollo mexeu no cabelo dela. Jheniffer bocejou.- Bom dia. Já chegou o ano novo?- Logo mais. Hoje é trinta e um de dezembro.- Então não é ano novo ainda. Você jogou na mega sena da virada?- Eu não.- Então não vai ficar rico.- Eu já ganhei na loteria quando a conheci.Ela rolou sobre ele.- Que lindo. Gostei de ouvir isso.- É a mais pura verdade. Um prêmio incalculável.Ela abriu o roupão, com o qual tinha dormido.- Não sei porquê trouxemos pijamas? Nunca os usamos.- Isso é verdade. A gente faz amor e dorme. Acorda e faz amor para começar bem o dia. Os pijamas vão voltar limpinhos e dobrados.Ela começou a beijar o pescoço dele e foi descendo até o abdômen de Apollo. - Vamos inverter hoje?Ele tremeu.- Inverter? Sou moderno mas nem tanto.Ela deu uma gargalhada.- Não é dessa inversão que falo. Também não curto, fica tranquilo. Começamos no banho e terminamos na cama. Proponho terminarmos no banho, dessa vez.- Ufa. Eu co
Os raios de sol invadiram o quarto do beach clube, onde Jheniffer e Apollo estavam hospedados. Ele bocejou. Jheniffer estava dormindo, com a perna direita sobre a dele. - Bom dia. Primeiro dia do ano e nós estamos como? Esparramados e felizes. - Bom dia, Apollo. Percebeu que você sempre me desperta? Você é o meu sol. - É que eu acordo mais cedo, como a turma, lá das roças de Minas. Sou filho de caboclo, acostumado a acordar às quatro da matina pra tirar leite, uai. Eles se abraçaram. - Queria começar todo dia assim, grudada em você. - Eu também. É tudo que eu sonhei. - Que maravilha esse resort, temos que aproveitar. O café da manhã deles deve ser divino. - Podemos ficar até o almoço e conhecer Camboriú depois. De lá, pegamos a estrada pra casa. - Combinado. Mais um pouco de praia não vai fazer mal. Ao contrário, vai fazer muito bem. Jheniffer ligou o celular. - Senhor Apollo, sabe que horas são? - Olha, deve ser umas oito horas. Ela apontou a tela do celular pra ele. -
- Forró?- Sim. O senhor conhece algum lugar que toca forró ? Uma casa de shows?- Meu amigo, o melhor lugar da ilha é o Maria Bonita, na praia do Campeche. É só forró, mulher bonita e comidas típicas.Apollo agradeceu ao dono do restaurante.- Muito obrigado pela dica, amigo.- Voltem sempre.Apollo e Jheniffer voltaram ao beach clube.- Nome mais sugestivo impossível, Maria Bonita.- O que nos leva de volta a praia do Campeche. - Podemos aproveitar a praia de Jurerê, o que acha?- Amor, depois de tanta comida gostosa e caipirinhas, eu preferia uma cama. Depois, aquela hidro do quarto.- Pode ser. Mudança de planos então. Deixaremos pra conhecer Camboriú amanhã. Um dia a mais no roteiro.Ela o abraçou.- Por isso que eu te amo. Você é flexível.- Também te amo. Tudo pelo nosso bem estar.No beach clube, o gerente os interpelou.- Boa tarde. Não querem aproveitar o dia de bem estar? Há uma equipe nas salas de massagem. Preços camaradas aos hóspedes.Jheniffer pegou um folder. Ela rep
Apollo chegou a se ajoelhar, ao ver Jheniffer e o instrutor correndo. A asa delta amarela e azul acima deles. A pedra da rampa. Eles passaram por ele, que só ouviu um grito. A asa delta logo ganhou altura e sumiu da vista dele.- Vai, Jheniffer. Aproveita.Ele desligou o celular e o guardou no macacão, fechando o zíper. O instrutor o chamou.- Bora voar?Apollo suspirou e foi até o início da rampa.- Vamos. Estou pronto.As últimas instruções. O preparo minucioso. Os instrumentos de segurança, o capacete, os óculos. Em poucos minutos, ele também voaria de asa delta, com um instrutor.- Vai sentir um pequeno tranco, é normal. Respira fundo e vai.- Certo, instrutor. Vamos lá.A pequena corrida. O salto no ar. Logo, a cidade estava aos pés deles. - Apollo. Vamos pegar uma corrente de ar e passar acima do maior prédio da América Latina.Gritou o instrutor, minutos depois. Apollo estava em êxtase, sentindo a liberdade de voar. O mar, a orla de Camboriú lá embaixo. Meia hora depois, eles
Jheniffer e Apollo deixaram a pousada. Decidiram andar pela orla, até o centro de Balneário Camboriú. - A noite está mágica. Essa lua enorme no céu. - A magia de Floripa veio com você, que está cada vez mais linda. A lua cresceu diante de tanta beleza e formosura, dessa bruxa chamada Jheniffer. - Hum. Que rapaz galanteador. Gostei. - Essa orla é linda. Uma pena que é nosso último dia. Voltaremos a vida normal. - Verdade. O trabalho nos chama. Voltarei renovada, levitando com as lembranças desse passeio. Sua presença colaborou. Eles tiraram as sandálias e foram até a areia. O som das ondas, a lua refletida no mar, os barcos coloridos. Tudo formando uma linda tela, com o casal de mãos dadas ao centro. Apollo olhou para Jheniffer e sorriu. Ela apertou-lhe a mão. - O que foi? - Nada. Já lhe disse que adolescente ri de tudo. Do nada. - Fala. - Estou feliz. Só isso. Esses dias em Floripa, aqui em Balneário. Até parece que estamos. - Estamos o quê?! Parece que estamos casados?
Daniella subiu para o seu quarto, acompanhada dos pais.- Vou desfazer as malas só amanhã, mamãe.- Está certa, filha. Descansa.O pai dela andava de um lado para outro, impaciente.- Se o senhor abrir um buraco no chão, terá que pagar os pedreiros pra consertar, velhinho. E não será nada barato pois esse porcelanato veio de Florença.Ele levou um susto e olhou sorriu para Daniella.- Estou impaciente. Gustavo me procurou, há uns dias. Estava gaguejando, quase chorando. Quase ajoelhou aos meus pés, beijou minha mão e pediu perdão.- Pela burrada que fez.- Sim. Pela sua agressão, filha. Notei que está realmente arrependido. Perguntou das chances, se é que tem alguma, de vocês voltarem. Respondi que era zero. Nenhuma chance de volta.- O senhor, como sempre sincero.- Sim. Falei que eu e sua mãe não queria vê-lo nem pintado de ouro. Ele colocou tudo por terra ao fazer isso contigo, nosso tesouro. Nos esbarramos por acaso e sou educado. - E ele?- Ficou calado. Coloquei as mãos nos se
Apollo e Jheniffer desceram para o café, na pousada. - Uau. Que mesa linda, Apollo. - Linda mesmo. Até parece aquelas mesas de novelas. Eles estavam admirados. Uma variedade de bolos, tortas e pães. As frutas eram um convite direto ao pecado da gula. Sem contar os queijos e frios. - Tenho que bater uma foto e postar. - Vai ficar linda, Jheniffer. Eles se serviram e foram para a sacada, com vista para o mar. Um casal veio até a mesa vizinha deles. Apollo percebeu que eram Emiliano e Angelina. Eles o viram. - Senhor Apollo? Jheniffer? Emiliano se levantou e veio até eles. Angelina veio depois. Os dois casais se cumprimentaram. - Bom dia. Estão instalados nessa pousada? Que coincidência boa. - Bom dia, Emiliano. Estamos mas vamos embora hoje a tarde. - Ah! Que pena. Um amigo nos indicou esse hotel. É acolhedor. Viu a mesa do café? Ele falou disso. - Vimos sim. Estamos aproveitando. Angelina parecia mais disposta, estava sorridente. - Jheniffer. Gostaria que viesse ao noss