Olá, leitores. Chegando a metade do livro. Jheniffer e Apollo numa boa, se curtindo e se amando loucamente. Passeio e praias lindas. Se preparando para as emoções fortes e tempestades que virão. Abraços.
Apollo estacionou o carro, em frente a praia Central, de Balneário Camboriú. O sol reinando no céu, governando o dia e fazendo a alegria dos banhistas.- Sol, verão e uma moça linda comigo. Eu sou feliz.Jheniffer saiu do carro.- Ah, que saudades disso tudo. Queria levar essa praia embora comigo.- Eu também, Jheniffer. É um paraíso.Ele abriu o porta malas pra pegar as cadeirinhas e o guarda sol. Jheniffer pegou o isopor e as toalhas. O casal atravessou a rua e ganhou a areia. Os quiosques lotados de fregueses. A praia estava cheia.- Está lotada. Parecendo Copacabana ou Ipanema, no Rio.- Ipanema, certamente. A nova garota de Ipanema está na minha frente.- Eu?- Sim. Linda como a musa de Vinícius de Moraes, o poetinha. O autor da celebre frase: me desculpem as feias mas beleza é fundamental.- Ele já pede desculpas no começo da frase.- Pois é. Essa é a visão dele.Jheniffer estendeu as toalhas na areia.- E o que você acha?- Da beleza? Os padrões mudam com o tempo e as civiliza
- Como foi isso, Apollo?- Eu tinha cinco anos de idade. Não me recordo bem da história, foi a minha mãe que me contou em detalhes, quando fiz dezoito anos. Eu gostava de dormir na chácara da minha avó, no interior de Minas Gerais. Brincava com as galinhas, patos e gansos. Minha avó fazia bolinho de chuva e contava histórias. Eu ajudava meu avô no trato com a horta. Era muito bom. Numa noite de agosto, mês de cachorro louco, caiu uma chuva danada. Nove da noite, meus avós se preparavam pra dormir. Os quatro cães da chácara latiam sem parar. Seus latidos era lamentos, parecia que pediam socorro.- Rapaz. Filme de terror.- Sim. Noite de lua cheia. Meu avô foi fechar a porta da cozinha. Os cães estavam no quintal. Ele saiu e trouxe dois cães pela coleira. Eu, inocente, fui atrás pra ajudar. Ele não me viu quando buscou os outros cães, debaixo da goiabeira do quintal. Era perto de um muro alto. Ele pegou um cachorro. Vi que o outro estava perto do muro. O animal olhava para o alto. Vai
- Quando era adolescente, tinha medo da loira do banheiro, Apollo.- Sério? É uma lenda urbana. A do lobisomem é mais antiga.- Puxa. Eu precisava de uma parada e de um café. - Eu precisava de ir ao banheiro e de lavar o rosto. Em pouco tempo chegaremos a São Paulo, querida. - Que bom. Passear é bom mas retornar ao cantinho da gente não tem preço.- Isso é verdade. Nossa cama, nosso banheiro, nossas panelas, tudo é diferente. Pode ser melhor hotel ou resort do mundo mas não há lugar melhor que a casa da gente.- Falando nisso, você não vai para seu apartamento, agora de madrugada, vai?- É um convite pra passar o resto da madrugada no seu, com você?- Lógico. Nem é seguro ir para o seu. Ficamos no meu, dormiremos um pouco e depois você vai. Tudo bem?- Tudo bem. Esses dias foram ótimos com você sempre do lado. Fiquei mal acostumado.- Tem uma música, de axé eu acho. Não lembro o nome do grupo. A letra era assim: mal acostumado, você me deixou mal acostumado com o seu amor. - Verdad
O despertador do celular de Apollo tocou ao meio dia. Com muito custo, ele abriu os olhos e se espreguiçou. Apollo olhou para o lado. Jheniffer dormia profundamente. Ele esticou o braço e pegou o celular. Quarenta minutos depois, ela apareceu na cozinha.- Bom dia. Porquê não me acordou, amor?- Boa tarde, querida. Você estava dormindo tão gostoso que a deixei descansando mais um pouco. Tomei uma ducha e vim cuidar do almoço.- Hum. Rapaz prendado. O cheiro está muito bom. Achou alguma coisa na geladeira?Ela o beijou.- Achei dois bifes e algumas batatas. Farei um estrogonofe rápido e um purê. Teremos salada de rúcula, tomate, manga Palmer.- Onde achou manga?- Na sua fruteira. Duas bananas foram para o lixo, infelizmente. Estamos podres.- Bem a minha cara. Compro frutas e não como. Ainda bem que você está aqui.- Ainda bem que você existe pra me fazer feliz.- Não quer se mudar pra cá?- É um convite?- Sim. Juntamos as escovas e dividimos as tarefas e boletos.- São muitos bole
Jheniffer e Daniella retornaram do banheiro da casa de shows.- Não creio. Bruno não me reconheceu. Estou bege.- Eu também, Dani. Quer dizer, Maria. Ele não me viu.Elas retornaram a mesa. Jheniffer beijou Apollo.- Demoramos, Apollo?- Não, meu amor. Senti saudades por essas meia hora. Meia hora eu suporto.Daniella falou no ouvido de Stefany que tinha esbarrado em Bruno e o policial não a reconheceu, devido ao disfarce.- Foi uma ótima idéia vir de peruca ruiva e óculos. Se o Bruno não me reconheceu, os paparazzi e fãs também não vão.- O que pensa em fazer?- Ora, Stefany. Brincar com a situação. Estou morta de vontade de o abraçar e o beijar. Quero me aproximar dele. Já avisei a Jheniffer que meu nome fictício é Maria.Jheniffer e Stefany se levantaram.- Vamos para a pista. Certamente o Bruno vai nos ver.Disse Stefany. Daniella, Apollo e Wellington as seguiram. Eles foram até a pista de dança. Meia hora depois, o amigo de Bruno, com ele no balcão, o cutucou.- Olha, Brunão. Não
No banheiro feminino da boate, Daniella se recompôs, após a rapidinha com Bruno. Ela arrumou o vestido e foi até o espelho. Dava pra ouvir os gritos e pedidos das mulheres, barradas por Giuliano de entrar.- Amor. Ia me esquecendo de lhe contar. A juíza Marcela cuidará do meu divórcio. Logo teremos a primeira audiência, que espero seja a única, pra solucionar esse impasse.Bruno terminou de colocar o cinto.- Mesmo? Que ótima notícia. Mal posso esperar pra assumir nosso namoro. Dizer ao mundo que a amo.- Eu também, Bruno. A juíza falou com o advogado de Gustavo. Ele está arrependido da agressão. Quer logo assinar o divórcio.Eles se abraçaram.- É o mínimo da parte dele, deixá-la em paz, livre para seguir sua vida, oras. Ninguém é dono de ninguém.- Nessa parte, ele mostrou que é homem. Assumiu o erro e não partiu para o enfrentamento.- Isso é verdade, admito. Infelizmente, no Brasil e no mundo, a maioria não pensa assim. Os índices de feminicidio e violência contra a mulher são ala
Jheniffer e Apollo chegaram ao apartamento. - Era meu, agora será nosso apartamento, Apollo. Seja muito bem vindo. Ele colocou a mão no peito dela, surpreendendo-a. - Mais importante que estar aqui, é estar aqui, no seu coração. No dia que eu não estiver aqui, não fará sentido estar no apê. Quando eu falhar, quero me lembre que estou aqui e devo merecer. Eles se beijaram. Jheniffer abriu a porta. - Eu o lembrarei. Vamos entrar. Apollo estava meio tímido. Estava dando um passo adiante na relação deles. - Tenho que fazer cópias das chaves pra você. Um controle dos portões e acesso ao condomínio. - Sim. Vou marcar isso na agenda. - Pensei em fazer um closet no quarto de hóspedes, que acha? Uma parte minha, outra sua. Ainda teremos outro quarto para as visitas. - É uma ótima idéia. Temos alguns arquitetos voluntários na fundação. Podem vir e dar uma opinião. - Não vão cobrar muito caro? - Para mim, virão gratuitamente talvez. Não vamos pedir um projeto arrojado, só uma opinião.
Jheniffer mandou mensagem para Apollo.- Oieh. Apollo, meu tudo. Vou almoçar com a Stefany e falarei sobre a proposta a mãe dela.Ela mandou muitos emojis de corações. Apollo atendia algumas pessoas, oriundas da Bolívia. Ele pediu licença e saiu da sala. Preferiu ligar para a namorada.- Certo, amor. Vou almoçar na casa dois, com os funcionários e a direção. O Humberto pediu um cardápio especial às cozinheiras. Comprou um bolo para comemorar o primeiro dia da nova administradora.- Que legal. Estela merece. Transmita meus parabéns a ela.- Sim. Farei isso. Humberto combinou tudo. - Vou ligar numa floricultura e enviar flores a ela. Que tal?- Perfeito. Ela adora tulipas. Mande em meu nome também, por favor. Não trouxe nada a ela.- Fechou. - Perfeito, Jheniffer. Beijos.- Beijos.Apollo foi até a sala de Estela.- Estela, tenho que contratar outra secretária, para sua antiga função. Tem alguma sugestão?Estela pegou um copo de água e se levantou da poltrona.- Não tenho, infelizme