CAPÍTULO 84. EM SÃO PAULO.

- Quando era adolescente, tinha medo da loira do banheiro, Apollo.

- Sério? É uma lenda urbana. A do lobisomem é mais antiga.

- Puxa. Eu precisava de uma parada e de um café.

- Eu precisava de ir ao banheiro e de lavar o rosto. Em pouco tempo chegaremos a São Paulo, querida.

- Que bom. Passear é bom mas retornar ao cantinho da gente não tem preço.

- Isso é verdade. Nossa cama, nosso banheiro, nossas panelas, tudo é diferente. Pode ser melhor hotel ou resort do mundo mas não há lugar melhor que a casa da gente.

- Falando nisso, você não vai para seu apartamento, agora de madrugada, vai?

- É um convite pra passar o resto da madrugada no seu, com você?

- Lógico. Nem é seguro ir para o seu. Ficamos no meu, dormiremos um pouco e depois você vai. Tudo bem?

- Tudo bem. Esses dias foram ótimos com você sempre do lado. Fiquei mal acostumado.

- Tem uma música, de axé eu acho. Não lembro o nome do grupo. A letra era assim: mal acostumado, você me deixou mal acostumado com o seu amor.

- Verdad
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