Jheniffer se despediu de Marcela.- Se o Théo não se comportar, me liga. Eu o mandarei para o asilo dos gatos chatos e endiabrados, juíza.O gato miou, como se despedisse dela.- O Théo será um bom menino, nesses quatro dias, Jheniffer. Boa viagem, pra você e o Apollo.- Muito obrigada, juíza. - Floripa é linda. Um dos lugares mais visitados do Brasil. Ainda quero conhecer esse paraíso.- Convença o Nascimento e façam uma segunda lua de mel.- É uma ótima idéia.Jheniffer entrou no carro, após fazer um cafuné no gatinho.- Agora, vou pegar o Apollo. No bom sentido. No mau também. Não creio. Passei um natal mara, voando de jatinho pra Ribeirão. Agora o réveillon na companhia do Apollo. Ele não é humano, é um semideus. Lindo, maravilhoso, um tesão e é só meu.Falando sozinha, ela ergueu o volume da música.- Será que é bom comprar mais dois biquínis? Quatro dias na praia. Preciso de uma saída de banho nova. Uma toalha grande. Tênis para trilhas eu tenho. Protetor solar, o meu está n
Jheniffer e Apollo deixaram o hotel. - Uau. Que gato. Chinelo, bermudas, viseira e regatas. Quem te viu, quem te vê, missionário Apollo. - Viu só, que chique! A vida toda de batina ou blazer. O sol nasce para todos. Ele a abraçou. Foram em direção a praia da Conceição. - Você está radiante nessa canga florida. Linda demais. - Muito obrigada. Dou a mão a palmatória. Foi excelente ter saído de manhãzinha, podemos curtir o restante da tarde na praia. - Exatamente, Jheniffer. Para surpresa deles, a água estava imprópria para banho em alguns pontos. - Vamos para um local aqui pertinho. Temos a opção das piscinas naturais. Eu vi isso no guia. - Você é um excelente guia, amor. Me desculpe ser repetitiva. Eles caminharam um pouco, até o local. - Apollo. Que lugar lindo. - É uma piscina. Uma formação natural de pedras. Está escrito Bombinhas naquela placa. Dá pra ver o morro e outras praias. Apollo subiu numa pedra e pulou na água cristalina. - Pula, Jheniffer. - Não tenho cor
Bruno entrou na boate. O som alto, as luzes, a pista cheia de jovens, a vibe lá em cima. Os garçons atarefados, o balcão cheio, o mezanino fervendo. Ele procurou um pouco e encontrou Wellington no balcão.- E aí, Wellington. Como vai essa força?O cumprimento de Bruno fez barulho, tamanha força empenhada ao dar a mão para Wellington.- Tudo bem, Brunão. Vamos procurar uma mesa.Eles pediram uma mesa a um garçom. Por sorte havia uma vazia no mezanino. Eles subiram.- Duas geladas, por favor. Pediu Wellington ao garçom.- Primeira vez que eu saio. Não imaginava que ia sentir tanta falta da Stefany.- Eu também. Quer dizer, também já passei por isso. Elas fazem muita falta mesmo. É sinal que se dão bem.- Você disse eu também? Está com saudades da Jheniffer?- Ah, não. Ela é passado, foi só um lance. Pelo jeito, ela está firme com o tal de Apollo. - É o que parece. Foram passar uns dias Floripa. - Que sejam felizes. A Jheniffer é legal.Duas moças passaram por eles. Elas olharam e sor
Apollo e Jheniffer chegaram ao hotel. - Tivemos um dia cheio. Vinte e uma horas agora. - Um dia maravilhoso. E olha que chegamos a tarde, querida. Jheniffer o abraçou. - Que tal fechar esse dia mara com chave de ouro? - É uma ótima idéia. Ela o puxou para o banheiro. - Temos que inaugurar o quarto, amor. Eles se beijaram com volúpia e paixão. Jheniffer o despiu lentamente. - Agora é minha vez de o levar as alturas, sem parapente. - Já estou subindo pelas paredes. - Fica quieto e curta o momento. Ela se despiu e abriu o box. O chuveiro ligado. Jheniffer beijou cada centímetro do corpo dele. Apollo de pé, com os olhos fechados. Jheniffer ajoelhada no box. Minutos depois, eles trocaram de lugar. Eles terminaram o ato na cama. Os roupões no chão. O vento fresco entrava pela janela aberta. Sem preocupação, chegaram ao clímax em frente a janela, tendo a lua como testemunha. - Agora podemos dormir, meu amor. - Impossível não ter sonhos lindos após tanto carinho, querida. Ela c
Jheniffer jogou as chaves do carro para Apollo.- Você é o guia, você dirige.- Tudo bem. Você é quem manda. Temos uma meia hora de estrada, até a praia de Canasvieiras, ao norte.- Vamos desbravar a ilha da magia.- Floripa têm muitos lugares lindos. Olha, teremos que ficar um dia a mais aqui.Eles entraram no veículo. Colocaram os cintos de segurança. - Temos a opção de voltar ao hotel ou pernoitar numa pousada, lá perto. O que acha?- Eu acho que não devemos nos preocupar com isso. Até o fim da tarde a gente escolhe. Por precaução, trouxe um vestido pra mim, bermuda e camisa pra você.- Você pensa em tudo, linda.Eles pegaram a rodovia. Jheniffer colocou um CD de samba e pagode.- Raça Negra? Fazia tempo que eu não escutava esses sucessos. Que legal. Minhas tias adoram esse grupo.- Vou aumentar o volume. Se souber a letra, pode cantar.- Eu costumava arrasar nos karaokês, sabia? - Sério, querido? Vamos num barzinho onde tenha karaokê, isso eu quero ver de perto.- Quase fui cant
- O som das ondas é como música, o azul do céu, o verde das montanhas, a água cristalina, o branco da areia. Que cenário deslumbrante. - Até parece que está lendo um poema, Apollo. Está inspirado.- Impossível não ficar inspirado nesse lugar, Jheniffer. Um passeio incrível. Pena que não vimos baleias nem golfinhos.O barco voltava a praia de Canasvieiras quando duas baleias foram avisadas. Os turistas ficaram entusiasmados. - Foi só você falar, elas apareceram.- Verdade. Fiquei igual aquele narrador de futebol, que critica o atacante do time. Em seguida, o jogador vai lá e faz o gol da vitória.O barco se manteve a vinte metros das baleias.O ator vestido de Jack Sparrow deu um binóculo a eles. Apollo o agradeceu.Quinze minutos de observação. As baleias sumiram da vista deles. - Uau. Valeu a pena.- Verdade, Jheniffer. Incrível.- Apollo, agora diga que só falta os golfinhos aparecerem. - Não sabia que tinha esse poder. Lá vai, só falta os golfinhos aparecerem e darem seu show
- Adeus ano velho, feliz ano novo. Bom dia, Jheniffer.Apollo mexeu no cabelo dela. Jheniffer bocejou.- Bom dia. Já chegou o ano novo?- Logo mais. Hoje é trinta e um de dezembro.- Então não é ano novo ainda. Você jogou na mega sena da virada?- Eu não.- Então não vai ficar rico.- Eu já ganhei na loteria quando a conheci.Ela rolou sobre ele.- Que lindo. Gostei de ouvir isso.- É a mais pura verdade. Um prêmio incalculável.Ela abriu o roupão, com o qual tinha dormido.- Não sei porquê trouxemos pijamas? Nunca os usamos.- Isso é verdade. A gente faz amor e dorme. Acorda e faz amor para começar bem o dia. Os pijamas vão voltar limpinhos e dobrados.Ela começou a beijar o pescoço dele e foi descendo até o abdômen de Apollo. - Vamos inverter hoje?Ele tremeu.- Inverter? Sou moderno mas nem tanto.Ela deu uma gargalhada.- Não é dessa inversão que falo. Também não curto, fica tranquilo. Começamos no banho e terminamos na cama. Proponho terminarmos no banho, dessa vez.- Ufa. Eu co
Os raios de sol invadiram o quarto do beach clube, onde Jheniffer e Apollo estavam hospedados. Ele bocejou. Jheniffer estava dormindo, com a perna direita sobre a dele. - Bom dia. Primeiro dia do ano e nós estamos como? Esparramados e felizes. - Bom dia, Apollo. Percebeu que você sempre me desperta? Você é o meu sol. - É que eu acordo mais cedo, como a turma, lá das roças de Minas. Sou filho de caboclo, acostumado a acordar às quatro da matina pra tirar leite, uai. Eles se abraçaram. - Queria começar todo dia assim, grudada em você. - Eu também. É tudo que eu sonhei. - Que maravilha esse resort, temos que aproveitar. O café da manhã deles deve ser divino. - Podemos ficar até o almoço e conhecer Camboriú depois. De lá, pegamos a estrada pra casa. - Combinado. Mais um pouco de praia não vai fazer mal. Ao contrário, vai fazer muito bem. Jheniffer ligou o celular. - Senhor Apollo, sabe que horas são? - Olha, deve ser umas oito horas. Ela apontou a tela do celular pra ele. -