Apollo estava impaciente. Ele foi ao quarto de Humberto.- Com licença. Logo mais teremos uma vídeo chamada com a presidente.- Tudo bem, Apollo. Ela deve estar curiosa quanto ao fim dessa etapa importante do projeto e a liberação das verbas.- Aí que está o caroço do abacaxi, Humberto. Mudei a conta a ser depositado o dinheiro, que é uma alta soma. Depois do que ouvi do agora finado e saudoso Ronald. Bianca vai querer saber os reais motivos.- Está pedindo meu conselho, sério isso? Os papéis estão invertidos, chefe. Fale a verdade, oras. Uma hora ela tem que saber e abrir os olhos. Se é que não está nesse balaio de gato, se fazendo de sonsa.- Hum. Creio que não, meu caro.- Você pediu para o Endrigo investigar e fazer o exame, não lembra? Fale com ele antes, se deu positivo ou não?- Ótima sugestão. Vou ligar agora para aquele bebedor de vinho.- Me chame quando a vídeo conferência da alta cúpula iniciar.Apollo foi ao seu quarto. Ele ligou para Endrigo.- Bom dia, sumido. Como vai?
Humberto fechou a porta do escritório. Jheniffer sentou-se na quina da mesa. Apollo ocupou a poltrona. O notebook fechado. Ele não parava de mexer os dedos.- E agora?Jheniffer colocou os óculos.- Alguém está mentindo. Endrigo ou esse deputado que nunca ouvi falar dele.Humberto pegou uma caneta e uma folha de rascunho.- O Endrigo garantiu que o teste deu negativo mas vem esse deputado amazonense e fala o contrário, que Estela é a Carmem. A guerrilheira matou a filha dele, enterrando a coitadinha na sepultura mas com o nome da guerrilheira.- Exato, Humberto. Como o deputado conseguiu chegar até a Estela? Como obteve material das duas pessoas?- O laboratório de Mendoza vazou informações.- Pode ser, Jheniffer. Porém, Endrigo garantiu a idoneidade e segurança deles. Creio que o melhor a fazer é não falar nada a Bianca.Humberto se opôs.- Todos vão saber, uma hora ou outra, Apollo. Já está nas redes e logo mais, Estela saberá que a casa caiu. A polícia vai querer saber dessa histór
- Não sei do que você ri tanto?- Desses vídeos da internet, Júlio. Como tem gente ingênua que cai nessas pegadinhas?- Hoje em dia, todos querem quinze minutos de fama, minha linda. A internet virou um meio lucrativo de ganhar dinheiro. Quem não quer ter fama e enriquecer?- Verdade. Por outro lado, vem a exposição, para o bem e para o mal.- Disse tudo, Estela. Acabei de lavar a louça, vou colocar o lixo lá fora.- Você é um anjo. Quem não quer um marido assim?- Nada mais justo, você fez o jantar. Por sinal, delicioso.Júlio abriu a porta da cozinha e saiu para o quintal. Estela passou por vários vídeos de humor, política, culinária, musicais e policiais. Ela viu a sua foto, sem tanta nitidez e um pouco apagada.- Mas? Essa foto é minha. O que faz nesse vídeo? Sete mil visualizações!Ela colocou o fone de ouvido e abriu o vídeo. A imagem do deputado amazonense com a repórter local.- Tudo indica que a Carmen está viva, deputado?Indagou a repórter ao parlamentar.- Exato. Autorida
Angelita socorreu Damiana, já refeita do susto ao ver Celeste recobrar a memória.- Damiana, sua bruxa. Você me empurrou da escada? Sua casa é estranha, já lhe disse pra tirar esses degraus. O que estou fazendo aqui, Endrigo?- É uma longa história, dona Consuelo.O rapaz levou um tapa no ombro.- Desde quando sou dona. Já lhe falei que gosto de ser chamada de Consuelo apenas. Dona, senhora, isso é tratamento para velhotas. Eu estava no iate com a comendadora Cacilda, em La Unión. Eu estava no convés com aquele. Deixa pra lá.- Me desculpa, Consuelo.- Eu, einh? Estão muito estranhos para o meu gosto. Já eram estranhos. Ai, minha cabeça.- A senhora, quer dizer, você bateu a cabeça ao cair da escada. Felizmente, era de poucos degraus.Consuelo encarou Angelita.- Que moça linda! É médica?- Sou sim. Damiana e Endrigo me contrataram pra cuidar da, de você.- Está bem. Temos um ótimo convênio na fundação Hermann. Onde está a Cacilda, Endrigo.- Ela? Não sei, sinceramente. Eu não sei de
Jheniffer entrou no escritório. - O edifício de vidro!Apollo tomou um susto e saiu da frente do notebook.- O que? O que tem o edifício de vidro, querida?- Estela estava no edifício de vidro, foi sozinha para o passeio, lembra? Temos que comparar os horários de seu passeio com a hora aproximada das mortes de Ronald e esposa.- Está suspeitando que a Carmen pode ter relação com as mortes em Nova York?- Se ela for realmente a guerrilheira, por quê não? Ronald deixou escapar que ela e Velasco estariam de olho no capital liberado a fundação. Talvez ela temesse que Ronald os delataria?- De fato, faz sentido.Jheniffer puxou uma cadeira para ficar perto dele. Apollo acessou a galeria de fotos da equipe em Nova York.- Aqui estão, as seis fotos enviadas por Estela. Pode anotar os horários?- Pode mandar.Jheniffer anotou os horários das fotos. Apollo entrou nas páginas dos jornais americanos que noticiaram a morte de Ronald. Ele entrou nas páginas da ACNUR e da ONU.- Os jornais estampa
Jheniffer foi ao quarto dos pais.- Preciso de ajuda com a gravata.- Não olhem pra mim. Vou interfonar e chamar o Apollo.Disse ela ao pai, com a gravata no ombro.- O senhor está um gato, papai.- Obrigado, Jheniffer. Apollo insistiu para que eu usasse terno e fosse bem trajado ao casamento de Stefany.- Sim. É o sogro do CEO da fundação Hermann. Um homem importante e especial na América Latina. Por sinal o meu noivo. Apollo está vindo.Minutos depois, Apollo entrou.- Me chamou, amor? Olá, senhor Roberto.- Chamei. Meu pai precisa dar o nó na gravata. Eu sei mas não igual a você.- Opa. Será um prazer ajudar o meu futuro sogro.Apollo pegou a gravata. Em segundos, Roberto estava com a gravata colocada.- Pronto. O senhor pode regular o nó assim.- Muito obrigado, Apollo.Helena veio até eles, com um vestido marsala.- Uau. Mamãe está linda.- Não posso discordar de Jheniffer. Estão maravilhosos.Jheniffer tirou foto dos pais.- Celeste foi cedo para o spa, para se produzir e ajudar
Stefany e Wellington estavam sorridentes, totalmente relaxados na cerimônia. - Fiquem tranquilos. Já fizeram tudo o que timja de ser feito para o dia do casamento de vocês. O que foi esquecido, não dá mais pra voltar atrás. O que não está ao alcance de vocês, outros vão se encarregar de fazer. Curtam a cerimônia, prestem atenção aos detalhes de cada momento especial. O sentimento que estarão sentindo será registrado nas fotos e na filmagem, por isso, sorriam e chorem, mostrem toda a emoção desse momento especial pra vocês. Assim, sairão lindos como realmente são.Stefany lembrou-se das palavras de Apollo, enviada aos noivos no dia anterior. Ela olhou para ele, ao lado de Jheniffer no altar, junto aos demais padrinhos e sorriu. Respirou fundo e todo seu nervosismo se foi, como num passe de mágica. Incrível como Apollo tinha as palavras certas pra casa ocasião. Jheniffer acenou a ela e mexeu os lábios, sem omitir som. - Linda!Stefany conseguiu fazer a leitura labial. A prima de Welli
Marcela abraçou Jheniffer por detrás, durante a festa de casamento de Stefany e Wellington.- Estavam tão lindos na igreja. Quando será o casamento de vocês?Jheniffer a beijou na face.- Em breve. Até o fim de ano sai.Elas olharam para Apollo e Nascimento, conversando animadamente, do outro lado da mesa. O garçom veio com a bandeja de cervejas. Apollo pediu duas garrafas na mesa. Daniela e Bruno se aproximaram.- A equipe está reunida.Observou Humberto, devorando uma taça de suco de maracujá.- Estavam falando de casório? O próximo será o meu e de Bruno. Está decretado.Apontou Daniela a Jheniffer. A banda começou a tocar sucessos de Roupa Nova e do ABBA. Nascimento e Humberto foram para a pista de dança. Bruno sentou-se ao lado de Apollo.- Cerveja?- Opa. Não se pode negar um copo de cerveja gelada. Essa está no ponto, bem gelada. Aliás, uma comida deliciosa, Apollo. Graças a Deus e aos noivos, comi como um rei.- Verdade. Um cardápio delicioso, Bruno. O churrasco no ponto, com pi