- Esse hotel parece bem confortável.- Se tiver uma cama e servir refeições, está ótimo.Apollo riu. Jheniffer colocou os óculos. Os dois em frente ao notebook.- Você viaja muito mais que eu. Está acostumado a escolher os bons hotéis. Confio em você.- Sei mas é gostoso analisar juntos. Sempre viajei só, como casal é diferente.- Somos um casal?- Sim. Desse modo nos apresentaremos. - Você ainda usa o sobrenome de sua ex esposa.- É uma coisa que quero mudar. Creio que não há mais razão para continuar a carregar esse sobrenome.- E qual usaria?- Bonifácio, o sobrenome de meu pai. Senhor Apollo Bonifácio e senhorita Jheniffer Stuart.- Apollo Bonifácio?- Isso. A partir de hoje, assinarei Apollo Bonifácio. Adotei o Hermann por causa da fundação, Manoela achou que ajudaria nas doações e tal. Nos documentos sou Apollo Bonifácio, sem o Hermann.- Menos mal. E nos documentos da fundação?- Assino como Apollo Bonifácio. Olha, esse hotel três estrelas está com uma promoção interessante. T
Apollo olhou para Jheniffer, de olho no notebook. - Ótima notícia, Jheniffer. Caíque vai assumir a coordenação das casas da fundação Hermann, na Europa e África. O emprego dele em Portugal não deu certo. O amigo, que o empregaria, o deixou a ver navios. Ofereci o cargo na fundação e ele aceitou, prontamente. - Que ótimo. Gosto muito dele, apesar do nosso pouco tempo de convívio. - Eu também. Caíque surgiu como você, de voluntário no início e foi crescendo, se envolvendo e trabalhando muito bem. Seu carinho e zelo para com os refugiados é algo raro. - Isso é muito bom. Conhecimento, ter aptidão para um cargo não é tudo. Existe a parte humana, o jeito de lidar com as pessoas. É o que diferencia um chefe de um líder. Ser chefe é uma coisa, ser líder é completamente diferente. - Concordo em número e grau. - Quantas casas terá que liderar? - Temos duas casas na Europa, em Portugal e Espanha. Quatro na África, sendo três em Angola. As outras duas ficam em Moçambique. - Quatro países
Jheniffer abraçou Apollo. Um abraço forte e aconchegante. Ele passou a mão nos cabelos dela.- Tanta coisa, querida. Será que tudo isso é real? Eu queria crer que estou fantasiando.- Pode ser uma grande coincidência, Apollo. Os tiros na sua casa, o sequestro do Humberto não foram fantasia.Ele pegou o celular. Abriu a galeria de fotos.- Há outra coisa que não foi fantasia. Ninguém viu essa foto, Jheniffer.Ela olhou para a foto.- Não identificou? Vou dar um zoom na imagem.Jheniffer arregalou os olhos e abriu a boca.- É a Bianca! Quem é o rapaz?- Adivinha. O nome começa com jota e o segundo nome é César. - Estou sem palavras. Como conseguiu a foto dos dois?- Era um dia de chuva. Meu compromisso tinha sido cancelado, um almoço de negócios. O Júlio tinha levado a Estela a outro lugar. Por coincidência , ela estava comigo antes. Fui ao restaurante Lá Boca, a fim de agradecer pelo excelentíssimo serviço na live, aquele churrasco maravilhoso.- Disso me lembro bem. Uma carne dos deu
Jheniffer se despediu de Marcela.- Se o Théo não se comportar, me liga. Eu o mandarei para o asilo dos gatos chatos e endiabrados, juíza.O gato miou, como se despedisse dela.- O Théo será um bom menino, nesses quatro dias, Jheniffer. Boa viagem, pra você e o Apollo.- Muito obrigada, juíza. - Floripa é linda. Um dos lugares mais visitados do Brasil. Ainda quero conhecer esse paraíso.- Convença o Nascimento e façam uma segunda lua de mel.- É uma ótima idéia.Jheniffer entrou no carro, após fazer um cafuné no gatinho.- Agora, vou pegar o Apollo. No bom sentido. No mau também. Não creio. Passei um natal mara, voando de jatinho pra Ribeirão. Agora o réveillon na companhia do Apollo. Ele não é humano, é um semideus. Lindo, maravilhoso, um tesão e é só meu.Falando sozinha, ela ergueu o volume da música.- Será que é bom comprar mais dois biquínis? Quatro dias na praia. Preciso de uma saída de banho nova. Uma toalha grande. Tênis para trilhas eu tenho. Protetor solar, o meu está n
Jheniffer e Apollo deixaram o hotel. - Uau. Que gato. Chinelo, bermudas, viseira e regatas. Quem te viu, quem te vê, missionário Apollo. - Viu só, que chique! A vida toda de batina ou blazer. O sol nasce para todos. Ele a abraçou. Foram em direção a praia da Conceição. - Você está radiante nessa canga florida. Linda demais. - Muito obrigada. Dou a mão a palmatória. Foi excelente ter saído de manhãzinha, podemos curtir o restante da tarde na praia. - Exatamente, Jheniffer. Para surpresa deles, a água estava imprópria para banho em alguns pontos. - Vamos para um local aqui pertinho. Temos a opção das piscinas naturais. Eu vi isso no guia. - Você é um excelente guia, amor. Me desculpe ser repetitiva. Eles caminharam um pouco, até o local. - Apollo. Que lugar lindo. - É uma piscina. Uma formação natural de pedras. Está escrito Bombinhas naquela placa. Dá pra ver o morro e outras praias. Apollo subiu numa pedra e pulou na água cristalina. - Pula, Jheniffer. - Não tenho cor
Bruno entrou na boate. O som alto, as luzes, a pista cheia de jovens, a vibe lá em cima. Os garçons atarefados, o balcão cheio, o mezanino fervendo. Ele procurou um pouco e encontrou Wellington no balcão.- E aí, Wellington. Como vai essa força?O cumprimento de Bruno fez barulho, tamanha força empenhada ao dar a mão para Wellington.- Tudo bem, Brunão. Vamos procurar uma mesa.Eles pediram uma mesa a um garçom. Por sorte havia uma vazia no mezanino. Eles subiram.- Duas geladas, por favor. Pediu Wellington ao garçom.- Primeira vez que eu saio. Não imaginava que ia sentir tanta falta da Stefany.- Eu também. Quer dizer, também já passei por isso. Elas fazem muita falta mesmo. É sinal que se dão bem.- Você disse eu também? Está com saudades da Jheniffer?- Ah, não. Ela é passado, foi só um lance. Pelo jeito, ela está firme com o tal de Apollo. - É o que parece. Foram passar uns dias Floripa. - Que sejam felizes. A Jheniffer é legal.Duas moças passaram por eles. Elas olharam e sor
Apollo e Jheniffer chegaram ao hotel. - Tivemos um dia cheio. Vinte e uma horas agora. - Um dia maravilhoso. E olha que chegamos a tarde, querida. Jheniffer o abraçou. - Que tal fechar esse dia mara com chave de ouro? - É uma ótima idéia. Ela o puxou para o banheiro. - Temos que inaugurar o quarto, amor. Eles se beijaram com volúpia e paixão. Jheniffer o despiu lentamente. - Agora é minha vez de o levar as alturas, sem parapente. - Já estou subindo pelas paredes. - Fica quieto e curta o momento. Ela se despiu e abriu o box. O chuveiro ligado. Jheniffer beijou cada centímetro do corpo dele. Apollo de pé, com os olhos fechados. Jheniffer ajoelhada no box. Minutos depois, eles trocaram de lugar. Eles terminaram o ato na cama. Os roupões no chão. O vento fresco entrava pela janela aberta. Sem preocupação, chegaram ao clímax em frente a janela, tendo a lua como testemunha. - Agora podemos dormir, meu amor. - Impossível não ter sonhos lindos após tanto carinho, querida. Ela c
Jheniffer jogou as chaves do carro para Apollo.- Você é o guia, você dirige.- Tudo bem. Você é quem manda. Temos uma meia hora de estrada, até a praia de Canasvieiras, ao norte.- Vamos desbravar a ilha da magia.- Floripa têm muitos lugares lindos. Olha, teremos que ficar um dia a mais aqui.Eles entraram no veículo. Colocaram os cintos de segurança. - Temos a opção de voltar ao hotel ou pernoitar numa pousada, lá perto. O que acha?- Eu acho que não devemos nos preocupar com isso. Até o fim da tarde a gente escolhe. Por precaução, trouxe um vestido pra mim, bermuda e camisa pra você.- Você pensa em tudo, linda.Eles pegaram a rodovia. Jheniffer colocou um CD de samba e pagode.- Raça Negra? Fazia tempo que eu não escutava esses sucessos. Que legal. Minhas tias adoram esse grupo.- Vou aumentar o volume. Se souber a letra, pode cantar.- Eu costumava arrasar nos karaokês, sabia? - Sério, querido? Vamos num barzinho onde tenha karaokê, isso eu quero ver de perto.- Quase fui cant