Violeta estava escorada na cerca do haras, ao lado da vinícola. Endrigo a abraçou por detrás. Eles se beijaram.- Acordou cedo. Bom dia.- Bom dia, querido. Ah, esse ar da montanha é muito aprazível. Morar aqui faz muito bem a saúde.- De fato. A água é puríssima, o ar também. Menos as pessoas.Ela pegou a xícara de café fumegante, da mão dele.- Besta. Já saiu o café?- Sim. O café foi o primeiro a acordar. Pegou a caminhonete e foi esquiar.- Idiota. Perguntei se já fizeram o café?- Agora sim. Pedrita faz um café extraordinário, delicioso. Certamente vez, ela estava acamada e eu fui fazer o café do restaurante. - Ficou bom?- Ficou ótimo. Tanto que a prefeitura ligou e pediu a receita para fazerem massa asfáltica. Coloquei quinze colheres de pó e um quilo de açúcar. Mamãe teve de jogar fora.- Pudera. - Depois eu aprendi, lógico. - A gente aprende com os erros.- Verdade. Errei tanto com as mulheres. Agora encontrei o verdadeiro amor.- Uau. Gostei disso. Vai me pedir em noivad
A limusine chegou ao aeroporto. O motorista abaixou o vidro, assim que chegou a cancela. Quatro seguranças cercaram o veículo.- Boa tarde. Aonde pensam que vão?O motorista riu ao ouvir o segurança. Ele abaixou o vidro traseiro. O acompanhante de Estela tirou os óculos escuros e sorriu.- Acesso liberado.O segurança fez sinal para abrirem o portão, ao ver o crachá do alto escalão da ONU.- Esse crachá faz milagres.- Não tanto, minha cara. Me dá acesso a lugares restritos para os pobres mortais. Vamos voar?- Você é incrível.Pouco depois, eles deixaram o veículo e entraram num helicóptero. O aparelho voou pela orla de Miami até chegar a uma mansão, numa pequena ilha.- Aqui teremos privacidade.- Amo tudo isso, querido.Duas serviçais se aproximaram. O homem lhes deu instruções.- Comeremos algo na piscina, pode ser?- Perfeito.Estela subiu para um quarto, acompanhada das duas empregadas. Pouco depois, ela se apresentava na piscina, com biquíni, chinelos e um chapéu amarelo. O hom
Estela ergueu a barra do vestido, a fim de entrar no helicóptero. Ronald a apoiou. O piloto estava a postos, enquanto o mordomo fechou a porta da aeronave. Eles deixaram a ilha.- O que me sugere?- Você é inteligente, querida. Se quiser ser a minha rainha, ficarei feliz.- Se eu decidir continuar o plano do Velasco?- Não posso fazer nada, a não ser lamentar. Sabe que não a denunciarei jamais. - Sei disso.- Velasco ama a Estela, não conheceu a Carmem. Corrigindo, ainda que lhe jurando amor, ele se casou com a Bianca. Eu a conheci antes da transformação, minha cara. Você ficou linda, irreconhecívelmente fascinante. Sabe muito bem que meu casamento é de fachada, apenas pra mostrar uma imagem nas Nações Unidas. A um sinal, estarei totalmente a sua disposição.Estela lhe deu a mão.- Pensarei com carinho.- Faça isso. Em breve, estarão atrás de você. O deputado, a detetive e a equipe de Apollo. Terá que ter cuidado redobrado.- Obrigada, Ronald.- Não precisa agradecer, Estela. Meu mot
O aeroporto John Kennedy, em Nova York, era familiar para Jheniffer e Apollo, que estiveram a pouco tempo na cidade cosmopolita.- New York, New York.Cantarolou Jheniffer, feliz.- Uau. É a minha primeira vez aqui, já estou de boca aberta só de ver a ilha de Manhattan do alto.- Tomara que o nosso CEO nos libere pra passear um pouco, Humberto. É a minha primeira vez aqui também.Caíque deu a mão para Humberto, no acesso ao saguão.- Mamma mia. Só o aeroporto impressiona, é enorme e tem gente saíndo pelo ladrão.Observou Nascimento, admirado.- Tem gente aqui que brilhou em Nova York, não é, Jheniffer? Cantou no desfile da Daniella, com o vocalista do Maroon 5.- Verdade, Caíque. Ela aparece naqueles outdoors gigantes da Times Square. Não brinca com a moça, o sobrenome dela é glamour.Humberto abraçou Jheniffer. - A última vez aqui foi realmente especial. Dani, Bruno, Stefany e Wellington estiveram conosco. Foi muito bom.- Foi mesmo, querida. Assumo o compromisso de levar toda a equ
- Você me deu uma ótima idéia.- Sério?- Sim, Jheniffer. Você irá com os demais, num passeio de helicóptero por Manhattan, enquanto isso vou para a reunião na ONU.- Sozinho?- Não, minha linda. Johansson irá comigo. Ele mesmo disse que está enjoada da Big Apple, já esteve aqui centenas de vezes.- Verdade, Apollo mas não foi com essas palavras.- Não foi mas dá no mesmo. Decidido então, vou ligar naquela agência de locação de helicópteros e reservar. Eles vão amar conhecer a Estátua da Liberdade de cima, bem como o Central Parque e a orla.- Sem dúvida, amor. Não vai precisar de ajuda na reunião?- Vou mas Johansson basta. Serão duas horas de assinatura pra cá e pra lá, balancetes e organogramas. Humberto já deixou tudo pronto. Ele seria fundamento na reunião mas não quero deixá-lo de fora desse passeio. Ele merece.Jheniffer o beijou.- Por isso eles o adoram. Você tem empatia e quer ver todos felizes.- Esse é o sentido da vida. Ser sal e luz no mundo.Eles ouviram a campainha da
Ronald assinou as quinze folhas da liberação de renda a fundação Hermann. Os presidentes e vice do Banco Mundial fizeram o mesmo. Apollo também assinou todas as folhas do documento. Os ajudantes organizavam as folhas em pastas. No fim, todos posaram sorridentes para fotos. Os aplausos e os abraços calorosos marcaram o evento, para todos um sucesso.- O seu testemunho e a condução do projeto até aqui, é uma garantia e tanto para nós, senhor Apollo.- Não tenho palavras pra agradecer, senhor presidente. Apenas tenho que continuar fazendo o trabalho, com transparência e ética.Apollo posou para as últimas fotos, ao lado de Ronald e Johansson.- Você foi fundamental, Johansson.- Modéstia sua, Apollo. Você é o novo pilar, nosso exemplo. Johansson pegou as pastas. Ronald cumprimentava alguns amigos das agências e da ACNUR.- Sucesso, Apollo. Vai comemorar?- Vou sair com a equipe pela cidade. A maioria não conhece a Times Square e os teatros. É uma forma de comemoração sim, Ronald.Os dir
Apollo colocou as mãos nos joelhos e suspirou, vendo a maca com Ronald sumir entre os corredores do hospital. Ele foi até a recepção, onde preencheu o formulário de entrada. Quinze minutos depois, Britney chegou ao local.- Apollo.- Britney. Que bom que veio rápido.Ele abraçou a esposa de Ronald. Apollo a virá uma única vez, há seis meses.- Como ele está?- Não o vi mais, Britney. Aparentemente, foi um apagão por stress. A circulação e respiração estavam bem, na ambulância. Ele estava fora de si, cansado.- Graças a Deus, Apollo.- Graças a Deus mesmo. Chegou e já não precisava do respirador, o que é um ótimo sinal. Há campos no formulário que precisam ser preenchidos, como endereço, nome completo. - Eu preencherei.- Obrigado.- Sou eu quem o agradece, Apollo. Muito obrigada por cuidar tão bem de Ronald.Dez minutos depois, um guarda os chamou e os conduziu até o quarto de Ronald. O médico estava ao lado da cama, com uma prancheta nas mãos. Ronald estava acordado e ligado ao soro
A noite caiu. Jheniffer e Apollo deixaram o quarto do hotel. No elevador, se reencontraram com Nascimento, Marcela e Estela. Caíque e Humberto e Johansson já estavam no saguão. - Partiu, Times Square?- Bora lá, Apollo.Vibrou Humberto, ansioso pelo passeio.- Pena que não temos neve, nessa época do ano. Seria perfeito.Enfatizou Nascimento, já em frente ao hotel.- Não estamos tão longe. Podemos ir caminhando, o que acham?Sugeriu Estela. Todos concordaram e decidiram andar pelas avenidas movimentadas de Nova York até a Times Square Garden, atração e ponto de encontro dos turistas, famosa pelos telões luminosos e anúncios enormes.- Pelo mapa do celular, chegaremos em vinte minutos.- Está bem antenado, Johansson.- Temos que estar, Caíque. Marcela acelerou o passo para filmar e tirar fotos do grupo. A quantidade de pessoas na calçada indicava que estavam perto do objetivo. - Como foi o passeio de helicóptero, Humberto?- Que roubada quis me colocar, Apollo. Sabia que eu tinha m