Uma hora depois, meu marido, eu e os duzentos convidados nos reunimos no salão de festa, do outro lado da mansão Volkov.
As mesas foram colocadas no salão formando um grande círculo no meio, deixando uma pista de dança.
Muriel me levou até a mesa principal, onde eu me sentaria com meu marido, meu criador e a família dele.
Vampiros e lobisomens se espalharam em pequenos grupos no salão. Eles se encaravam com raiva, como se estivessem prestes a começar uma guerra ali.
Havia comida em fartura para os lobisomens e muita bebida alcoólica para os vampiros. Eu não sabia se seria servido sangue em taças de vinho, como era costume nas festas de Muriel.
Arrependi-me de não ter me alimentado antes da cerimônia. Eu estava faminta.
Um grupo de humanos estavam no canto do salão com seus instrumentos. Eles começaram a tocar músicas lentas e agradáveis. Eu me concentrei no som dos acordes para não precisar olhar para o meu lado e ver William.
Era quase cinco horas da manhã quando os últimos convidados foram embora. Muriel havia sido convidado para passar a noite na mansão dos Volkov, assim como alguns familiares distantes dos próprios.Wayne me prometeu que faria um tour comigo pela mansão na noite seguinte, depois que eu acordasse. Dei o sorriso mais gentil que consegui forçar para ele.Dois lobisomens que pareciam ser da guarda pessoal dos Volkov nos levou para o terceiro andar da mansão. Apenas o William e eu.Nos levaram para o nosso quarto.Um deles, um lindo homem negro de olhos verdes abriu a porta para imensa suíte que nos aguardava.Eu podia estar com raiva de Muriel, mas queria ele ali comigo. Não para passar a noite, mas apenas para me acompanhar. Para me dar a força que eu precisava para aguentar aquela primeira noite.Meu corpo todo estava tenso. Eu automaticamente estava andando com as pernas mais
- Alena, peça desculpas aos Volkov – ordenou Muriel. Havia ódio em seus olhos. Se não fosse meu marido entre ele e eu, eu sabia que suas mãos estariam em meu pescoço.- Esqueça isso, Muriel. Não repreenda minha nora. Eu gostei que ela tem língua afiada – disse Wayne com um imenso sorriso nos lábios.- Essa casa estava precisando de um pouco mais de diversão – falou Waldrich, voltando a cortar a carne em seu prato sem tirar os olhos de mim.Sustentei seu olhar, mesmo estando incomodada com a presença dele.- Eu estranhei quando Muriel mandou trazer aqueles vestidos, mas agora que estou vendo-a usá-los, fico muito feliz. – Os olhos de Wayne pareceram enxergar a minha alma. Foi ainda mais desconfortável do que o olhar de Waldrich. – A senhorita é muito agradável aos olhos, se me permite dizer.Eu não permitia, m
Cinco bolsas de sangue depois e eu ainda não estava satisfeita. Fiquei na despensa por mais uma hora, sem ninguém me achar. Sentada no chão, segurando os joelhos junto ao peito, olhando para a fina faixa de luz que passava por baixo da porta, vendo alguns empregados passarem por ali e ignorarem a minha presença. Quando saí, corri novamente usando a minha maravilhosa velocidade imortal. Os empregados só repararam na brisa que folheou um livro de receitas sobre a bancada da cozinha. Corri para o quarto no terceiro andar, passando por pessoas nos corredores que também só sentiram uma leve brisa e talvez viram um borrão bege passando. O quarto estava vazio e arrumado, com o edredom perfeitamente esticado sobre a cama e os travesseiros já afofados. Tomei um banho, coloquei uma camisola comprida, que tampava até meus tornozelos, com mangas que iam até meus pulsos, sem nenhum decote, e grossa o suficiente para fazer parecer que eu estava usando mais de uma c
Wayne não brigou comigo. Ele não gritou com ninguém, como achei que faria. Apenas se levantou, chamou William e Muriel e saiu com eles da sala de jantar, deixando-me sozinha com Waldrich, Warren e Dalary.Sentei-me novamente na cadeira no mesmo instante em que a menina com roupas cinzas entrava na sala trazendo a bolsa de sangue e a taça de vinho que eu pedi.Ela colocou minha refeição à minha frente, perguntou se eu queria mais alguma coisa e depois se retirou quando balancei a cabeça negativamente.- Achei que Wayne fosse arrancar a sua cabeça – disse Dalary, recostando-se na cadeira e enchendo uma taça com vinho de verdade, enquanto eu olhava para a minha bolsa de sangue.- Também achei – concordei.Warren balançou a mão sobre a mesa para chamar a minha atenção. Ele começou a fazer os sinais assim que meus olhos pousaram ne
Segui Dalary até o terceiro andar. Subimos em silêncio. Ela não me repreendeu por estar tão próxima de Waldrich em frente a casa. Ela parecia não se importar com isso. - Eu estou encrencada? – perguntei quando ela virou no corredor que levava para meu quarto. - Não sei. Wayne pediu que eu a levasse até o quarto e a ajudasse a trocar de roupa. Não havia grosseria em sua voz, apenas falta de interesse. Ela só estava fazendo aquilo que havia sido ordenada. Eu sabia que se pudesse escolher, teria se negado. Dalary evitava olhar na minha direção, mas ter trocados aquelas poucas palavras comigo já era alguma coisa. Pelo menos ela não estava me ameaçando de morte e não havia se importado por eu ter passeado com seu marido pela casa sem ela por perto. Entramos no meu quarto e Dalary demorou alguns segundos olhando ao redor. - É maior que o meu – sussurrou ela, mais para si mesma. Ela deu mais alguns passos para frente e admirou a enorme cama q
William e eu não paramos. Não podíamos. Não por que Wayne ficaria bravo se descobrisse, mas porque nossos corpos não conseguiam parar.Continuei cavalgando-o e gemendo alto.William me segurou pela cintura e mudou as nossas posições, ficando por cima de mim. Afastei os cabelos que cobriram o meu rosto e William se abaixou para me beijar enquanto entrava e saia de mim deliciosamente.O cheiro de Waldrich ainda estava presente no quarto, mas foi substituído pelo cheiro de meu marido conforme ele me beijava e mordia meu pescoço de leve. Eu estava chegando ao meu clímax e ele ao dele.Wiliam era tão gostoso... eu poderia monta-lo a noite toda. E eu tinha vigor para isso. Fazia mais de duas semanas que eu não transava com um homem. Meu corpo necessitava daquilo tanto quanto necessitava de sangue para sobreviver.William e eu chegamos ao clímax ao mesmo tempo e ele
Entendi o motivo de Dalary me fazer companhia nas horas que se seguiram assim que decidi sair do quarto, ainda usando a minha camisola, com apenas um roupão do mesmo tecido sobre ele, e da mesma cor.Não havia ninguém na casa.Os três irmãos Volkov haviam saído com o pai. Dalary não sabia onde eles estavam.Gostei de conversar com ela e de andar pela casa, com apenas os empregados como companhia silenciosa nos cantos.Eu estava com fome, mas não era de sangue frio que meu corpo necessitava. Não falei sobre isso com Dalary, sabendo que ela não queria escutar sobre a minha alimentação.Então apenas andamos pelos corredores da casa, sem pressa. Perguntei sobre seu ateliê e ela passou quase uma hora falando sobre suas pinturas e esculturas. Ela foi gentil comigo, mas eu não sabia o motivo.Me surpreendi quando ela disse:- Você n&a
Ao subir as escadas para o terceiro andar, encontrei Waldrich apoiado no corrimão me esperando. Estava sozinho, de braços cruzados e olhando o sangue em minha camisola.- Meus olhos estão aqui em cima – falei, vendo que seus olhos fitavam apenas meus seios.Waldrich deu risada e bloqueou meu caminho com o corpo quando tentei passar por ele.Olhei para cima e lá estavam aqueles olhos azuis acinzentados que tinham se fixado em meu corpo nu na noite anterior enquanto eu montava o irmão dele até chegar ao clímax.Waldrich mordeu o lábio inferior sedutoramente. Ele já era mais alto que eu, minha cabeça mau batia em seu ombro quando estávamos no mesmo degrau. Naquele momento, ele estava dois degraus acima. Eu nem precisaria me ajoelhar...Afastei aquele pensamento impuro da minha mente e engoli em seco, tentando lembrar o que eu ia fazer antes de ser abordada por ele na es