11. SENTIMENTOS DESCONHECIDOS
Antes de sair, Larissa se inclinou e depositou um beijo leve na testa da mãe. Foi um gesto suave, cotidiano, mas que carregava um carinho imenso. Ela sempre foi assim: inteira nas pequenas coisas. Um toque, um olhar, um sorriso.— Não volta tarde, meu bem — disse a mãe, ajeitando uma mecha do cabelo da filha como fazia quando ela era criança.— Prometo, mamãe — respondeu com um meio sorriso, mas seu olhar estava distante, já projetado em outro lugar... em outro alguém.Ao atravessar a porta, Larissa sentiu o ar da noite tocar sua pele, e foi como se o mundo lá fora a chamasse para algo novo, algo que ela ainda não entendia completamente. Caminhou com passos leves, quase dançantes, como se o corpo soubesse algo que a mente ainda não havia traduzido.Havia uma sensação vibrando dentro de si. Ela não sabia se era ansiedade, desejo ou apenas aquele impulso quase inconsciente de finalmente ser vista — não como a filha dedicada, nem como a irmã preocupada, tampouco como a mulher que segura
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