Sophia RomanoA manhã surgiu fria e cinzenta, mas o mundo lá fora parecia distante, irrelevante. Meus olhos se abriram lentamente, mas minha mente já estava acesa, incendiada por lembranças que não me deixaram dormir. Giovanni. A maneira como ele me olhou, como me tocou. A forma como me deixou, não apenas sozinha, mas tremendo, ofegante, faminta por algo que eu nem sabia como nomear.Eu me sentia ridícula, desesperada, ansiosa. E, pior, incrivelmente excitada.O toque dele ainda estava impregnado na minha pele. Era como se minhas células o reconhecessem, como se o corpo gritasse por algo que a razão tentava desesperadamente negar. Depois de um banho longo, tentando esfriar o desejo que insistia em pulsar sob a pele, me envolvi num robe felpudo, buscando conforto. Mas nada parecia suficiente para aplacar aquela inquietação.Queria odiá-lo. Queria sentir raiva do modo possessivo com que ele invadia meus pensamentos, da forma como se infiltrava em mim como um veneno doce. Mas o proble
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