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Todos los capítulos de O sacrifício da Luna órfã : Capítulo 41 - Capítulo 50
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Capítulo 41 – Entregues ao Desejo
 A noite caiu serena sobre o acampamento, envolvendo tudo em um véu de sombras e mistério. A luz da lua se filtrava pelas árvores, desenhando padrões prateados no solo macio. O vento soprava levemente, carregando o aroma amadeirado da floresta e algo mais – algo que apenas Damian conseguia captar por inteiro. O cheiro de Amélia. Doce, quente, tentador.Os outros membros da matilha estavam recolhidos, descansando depois de um dia de tensão e descobertas. Mas Damian não conseguia pregar os olhos. Seu lobo estava inquieto. Seus instintos gritavam, exigindo algo que ele tentava controlar há tempo demais.Amélia também não dormia. Sentada à beira do riacho, ela observava o reflexo da lua na água, perdida em pensamentos. O encontro com Selene ainda pesava sobre sua mente, mas havia algo mais. Algo que queimava em seu peito, algo que fazia seu corpo estremecer sempre
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Capítulo 42 – Revelações e Estratégias
A manhã trouxe consigo uma neblina fina que pairava sobre o acampamento, tornando a floresta ao redor ainda mais misteriosa. O frio da noite anterior ainda impregnava o ar, mas o nascer do sol começou a aquecer lentamente o solo úmido. A clareira onde haviam montado acampamento parecia tranquila, mas todos sabiam que aquela calmaria era enganosa. O perigo espreitava em cada sombra.Amélia despertou sentindo o calor do próprio corpo ainda relembrando os momentos intensos da noite anterior. Seu coração acelerou ao se lembrar do toque de Damian, dos beijos repletos de desejo contido e da forma como quase haviam se entregado um ao outro. No entanto, o som dos passos misteriosos os trouxe de volta à realidade. Agora, à luz do dia, ela não podia ignorar a sensação de que estavam sendo observados.Damian já estava de pé, de braços cruzados, observando os arredores com um o
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Capítulo 43 – O Brilho da Lua
O grupo iniciou a caminhada logo ao amanhecer. O frio da noite ainda pairava sobre a floresta, e uma névoa fina se arrastava pelo chão como se a terra respirasse. Cada passo ecoava entre as árvores altas e retorcidas, que pareciam sussurrar segredos antigos ao vento.Amélia sentia o peso da conversa com Zard na tarde anterior. Suas palavras ecoavam em sua mente, repletas de mistério e promessas não ditas. Ela apertou os punhos, focando-se no caminho adiante. Ainda havia muitas perguntas sem respostas, mas sabia que precisava seguir em frente. Damian caminhava ao seu lado, atento a qualquer movimento suspeito. O instinto de alfa o tornava inquieto, especialmente em território desconhecido.— Vamos manter o ritmo e não nos afastarmos — Zard alertou. — Estamos entrando em uma área pouco explorada, e o desconhecido sempre guarda perigos.A paisagem ao redor começou a mudar. A veg
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Capítulo 44 – Ecos do Destino
A tensão ainda pairava sobre o grupo enquanto eles seguiam adiante. O brilho prateado de Amélia havia desaparecido, mas a sensação de que algo dentro dela havia despertado era inegável. Damian mantinha-se ao seu lado, seu olhar afiado como lâminas, vigiando qualquer sinal de perigo ao redor.— Precisamos encontrar um lugar seguro para descansar — Zard sugeriu, observando a exaustão estampada nos rostos de todos.Atravessaram um trecho de floresta densa até encontrarem uma pequena clareira banhada pela luz difusa da lua. O local possuía uma energia diferente, quase reconfortante. Árvores antigas formavam um círculo natural ao redor, e no centro, uma rocha lisa parecia ter sido esculpida pelo tempo. Pequenos pontos luminosos flutuavam pelo ar como vaga-lumes encantados, tornando a atmosfera ainda mais mística.— Esse lugar… — murmurou Amélia, sentindo
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Capítulo 45 – Sombras na Trilha
A alvorada trouxe consigo um frio cortante, e o grupo retomou a caminhada antes mesmo do sol se erguer por completo. A floresta ao redor parecia cada vez mais opressora, com troncos retorcidos e um silêncio que se estendia de forma incomum. Era como se algo os observasse, escondido entre as sombras das árvores centenárias.Damian seguia à frente, os sentidos aguçados, enquanto Amélia caminhava logo atrás, sentindo-se inquieta. Ainda tentava compreender o que havia acontecido com ela na noite anterior. O brilho prateado, a forma como as criaturas fugiram… aquilo tudo indicava algo muito maior do que ela podia compreender naquele momento. Zard, como sempre, mantinha-se sereno, mas seus olhos examinavam cada detalhe do ambiente, como se esperasse algo.O caminho tornou-se mais íngreme, e a vegetação se fechava ao redor deles. O cheiro da terra molhada e das folhas secas era intenso, e o barulho de pequenos animais se deslocando pela mata preenchia o silêncio.— Estamos sendo seguidos nova
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Capítulo 46 – O Fardo do Passado
A floresta parecia mais densa a cada passo que davam, como se as árvores se fechassem ao redor deles numa tentativa silenciosa de aprisioná-los. As copas altas bloqueavam quase toda a luz do sol nascente, deixando o chão coberto por sombras dançantes que se moviam conforme o vento soprava. O silêncio, antes apenas um incômodo, agora se tornava opressor, quase sufocante, como se o próprio ambiente conspirasse para escondê-los de algo muito maior do que eles podiam compreender.A trilha sinuosa era irregular e traiçoeira, ladeada por rochas cobertas de musgo escorregadio e raízes que se erguiam como garras tentando derrubá-los. Árvores centenárias se enfileiravam como guardiãs ancestrais, com troncos espessos e galhos retorcidos que formavam túneis naturais por onde a brisa sussurrava segredos esquecidos. O ar era úmido e carregado de fragrâncias da terra molhada, folhas apodrecidas e resquícios de flores silvestres.Damian caminhava ao lado de Zard, os sentidos em alerta e o corpo tens
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Capítulo 47 – Laços Sob as Estrelas
A marcha pela floresta prosseguia em ritmo lento, mas constante. O céu acima já dava sinais do crepúsculo, tingido por tons de laranja e púrpura, como se a própria natureza quisesse oferecer um instante de beleza antes da escuridão.O grupo seguia em silêncio, os olhos atentos aos arredores. O terreno tornava-se mais acidentado, e a vegetação, mais rarefeita. Árvores altas cediam espaço a rochedos e arbustos baixos. As raízes expostas e o solo pedregoso exigiam cuidado redobrado. A cada passo, a tensão aumentava — não apenas pela expectativa do que encontrariam, mas também pela presença invisível que insistia em segui-los.Amélia sentia aquela energia. Um arrepio constante na nuca, como se algo — ou alguém — caminhasse entre os galhos, à margem da realidade. Por vezes, ouvia farfalhares que os outros pareciam não notar. E havia também aquele perfume… doce, quase etéreo… que trazia à memória a mulher da floresta. Julia. Ela não sabia o que significava sua presença, mas algo lhe dizia q
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Capítulo 48 – O Toque da Verdade
A caverna permanecia envolta em silêncio, exceto pelo suave eco das gotas que pingavam de alguma fenda oculta no teto. O crepitar das pequenas chamas no centro do abrigo aquecia o espaço com uma luz dourada e trêmula, projetando sombras dançantes nas paredes irregulares. Amélia e Damian estavam deitados sobre as peles estendidas, mas não havia mais distância entre eles. Seus corpos estavam próximos, quase colados, e o calor compartilhado entre suas peles parecia mais intenso que o fogo ao lado.Amélia sentia o coração pulsar forte, como se ele estivesse tentando dizer tudo aquilo que sua boca ainda não havia tido coragem de expressar. A respiração de Damian era ritmada e profunda, mas os olhos dele estavam bem abertos, fixos nela. Ele não conseguia mais fingir que era apenas mais uma noite comum — tudo ao redor parecia suspenso no tempo, como se aquela caverna tivesse se tornado um mundo à parte.— Eu não sei quando isso começou — murmurou Damian, com a voz baixa, quase reverente, enq
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Capítulo 49 – Vozes do Vento
A luz pálida da manhã mal conseguia penetrar a escuridão da caverna. O grupo acordou com o frio cortante se intensificando, e a esperança de finalmente seguir viagem foi esmagada pela visão da entrada bloqueada.— A passagem está completamente coberta — anunciou Ethan, voltando da entrada com neve grudada aos cabelos e ao capuz. — A nevasca piorou durante a noite. Estamos presos.Um silêncio pesado caiu sobre todos. Os mantimentos já não eram abundantes e, com o clima hostil, a perspectiva de encontrar uma saída era sombria.— Por quanto tempo aguentamos aqui? — perguntou Lys, apertando uma manta fina contra o corpo.Zard, sentado em posição de meditação, abriu os olhos lentamente.— Com os recursos que temos? Três dias, talvez quatro, se racionarmos com rigor.Amélia olhou ao redor, sentindo o peso da situação apertar seu peito. Damian se aproximou e, mesmo com o olhar preocupado, passou o braço ao redor de seus ombros, trazendo-a para perto.— Vamos encontrar uma saída — disse ele c
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Capítulo 50 – O Caminho da Escuridão
 A escuridão diante deles era absoluta. Mesmo com as tochas acesas, os túneis ocultos pareciam engolir a luz como um abismo faminto. O ar ali era mais denso, úmido e impregnado por um cheiro antigo de pedra e terra. Amélia sentia o coração bater com força — parte por medo, parte por certeza. A voz no vento ainda ecoava em sua mente, e algo dentro dela dizia que estavam no caminho certo.Damian caminhava ao seu lado, sua presença sólida como uma rocha. À frente, Zard examinava as paredes esculpidas, tocando símbolos desgastados pelo tempo.— Esta passagem foi selada por muito tempo — murmurou o ancião, seus dedos deslizando sobre inscrições quase apagadas. — Esses símbolos... são de uma era anterior à queda dos antigos lupinos. Isso não é apenas um túnel. É uma via esqueci
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