91. O REGRESSO DE JARRET A ITÁLIA
Helen não respondeu. Havia algo no seu olhar que sugeria cansaço, mas também prudência; sabia que, naquele estado, qualquer palavra podia desencadear reações ainda mais intensas em Jarret. Ele, por sua vez, respirava ofegante, numa tentativa inútil de recuperar, pelo menos, uma parte da sua compostura. Dentro de si, uma tempestade sibilava: o seu ego ferido, o seu ódio à incerteza, a humilhação que ainda sentia cravada como um espinho doloroso. Cristal podia estar longe porque assim o tinha decidido, e isso, mais do que qualquer outra coisa, era o que tornava a sua raiva incontrolável. Estiveram à espera dos italianos, mas chegaram completamente bêbados, sem sinal de Cristal, e para quando os vigias se aperceberam, já tinham fugido. Apenas conseguiram encontrar uma pista: o carro em que tinham chegado e depois partido pertencia a um médico famoso que não v
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