122. O APOIO DE UMA MÃE
Ao descer, Coral viu Vicencio encostado no carro, vigilante e alerta como sempre. Ele mal virou o rosto ao vê-la, reconhecendo-a com um leve gesto de respeito. Sem dizer uma palavra, ela ocupou o banco do motorista, e ele rapidamente se posicionou no carro que costumava segui-la como uma sombra. Essa rotina, embora tranquilizadora, também a sufocava. Quando chegou em casa, estacionou na garagem e esperou pacientemente. Sabia que Vicencio não demoraria a aparecer atrás dela. Poucos minutos depois, ele finalmente desceu do carro e se aproximou com seu andar solene. Antes que pudesse dizer algo, Coral soltou um suspiro profundo, deixando escapar as emoções reprimidas. —Não quero que você volte a se ajoelhar diante do meu pai nunca mais, Vicencio. Você é como um segundo pai para mim, entendeu? —disse com sinceridade, olhando diretamente nos olhos dele. Sua voz estava carregada de sentimentos contraditórios, oscilando entre firmeza e vulnerabilidade. Antes que o homem pudesse respon
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