— Eu não quero, porque eu te acho sujo.Nathan despertou de repente, banhado em suor frio, e correu para o banheiro, lavando cada centímetro de seu corpo, esfregando a pele com tanta força que parecia querer arrancá-la. Seus olhos estavam inflamados e vermelhos, e ele murmurava, sem sequer perceber:— Amor, eu me lavei, eu não sou mais sujo, não estou mais contaminado. Expeli tudo que ingeri, por favor, não me rejeite. Vou falar com todos eles, ninguém mais ousa aparecer aqui para nos perturbar.Foi necessária meia hora de ritual obsessivo até que Nathan finalmente emergisse do banheiro. Ao avistá-lo no corredor, Paula fez menção de entrar no quarto, mas foi impedida por ele.— Não entre. Susana detesta sua presença. Preciso organizar tudo aqui para ela, não posso permitir que fique ainda mais triste.Devastada, Paula se deixou cair sentada junto à porta, tomada pelo desespero. Se ele a impedia de entrar, permaneceria ali, o vigiando. — Não posso te impedir, então vou ficar aqui ao se
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