Fellipo já estava há dias naquela rotina insana: saía das missões de sangue e morte da Trindade direto para a mansão, escondido entre as sombras, vigiando Cecília como um predador à espreita.Ele já tinha conversado com Seu Pietro, levando uma caixa de bombons que ele gostava, só para puxar papo e tentar arrancar alguma coisa. Mas o velho, sorridente, só falava da Cecília com carinho e oscilava entre ela criança e ela agora, sem soltar nada suspeito.Thor, o mastim traidor, lambia Fellipo todo quando ele aparecia, mas quando ele perguntava:— Que que tá acontecendo com a sua dona, hein, cabeça de melão? se não contar para mim não trago mais chocolates. — o cachorro só latia e abanava o rabo.Nada. Nenhuma pista. Só a paranoia crescendo dentro dele.Até que, numa tarde, ele se aproximou demais do jardim e Cecília percebeu a presença dele. Em vez de fugir ou ignorar, ela se virou com um sorriso provocativo.— Se vai ficar me vigiando, pelo menos aparece de vez em quando... — ela disse, c
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