Catarina não parecia nem um pouco constrangida.Já Leonardo demorou um segundo para reagir.— Srta. Catarina, então eu vou indo. — Ele levantou o olhar lentamente, e em seus olhos profundos refletia a luz tênue do ambiente, como uma estrela luminosa em meio à escuridão.De volta ao carro, Leonardo se recostou no banco e respirou fundo, ainda segurando o pacote de café em mãos.O motorista dirigia com suavidade, a temperatura do ar-condicionado estava no ponto certo.Leonardo baixou o vidro, deixando o vento fresco da noite entrar.A luz dos postes passava intermitente pela janela, iluminando de relance suas orelhas levemente avermelhadas.Num gesto quase inconsciente, ele afrouxou a gravata, tentando acalmar o calor residual no peito.O motorista, intrigado, perguntou:— Sr. Leonardo, a temperatura do carro está muito alta?— Não, está tudo bem. — Ele sorriu de leve.Era um calorzinho no peito, difícil de conter, que começava a crescer devagar.…Catarina continuava envolvida com a org
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