CAPÍTULO 0058
Catarina não parecia nem um pouco constrangida.

Já Leonardo demorou um segundo para reagir.

— Srta. Catarina, então eu vou indo. — Ele levantou o olhar lentamente, e em seus olhos profundos refletia a luz tênue do ambiente, como uma estrela luminosa em meio à escuridão.

De volta ao carro, Leonardo se recostou no banco e respirou fundo, ainda segurando o pacote de café em mãos.

O motorista dirigia com suavidade, a temperatura do ar-condicionado estava no ponto certo.

Leonardo baixou o vidro, deixando o vento fresco da noite entrar.

A luz dos postes passava intermitente pela janela, iluminando de relance suas orelhas levemente avermelhadas.

Num gesto quase inconsciente, ele afrouxou a gravata, tentando acalmar o calor residual no peito.

O motorista, intrigado, perguntou:

— Sr. Leonardo, a temperatura do carro está muito alta?

— Não, está tudo bem. — Ele sorriu de leve.

Era um calorzinho no peito, difícil de conter, que começava a crescer devagar.

Catarina continuava envolvida com a org
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