Todos os capítulos do TANK: Aos pés da Flor sem dono: Capítulo 31 - Capítulo 38
38 chapters
31 – Mulher para casar
Ele voltava, todos os dias, sem exceção. Saia fingindo ir aos treinamentos da organização, inventava alguma desculpa e corria de volta para ela. Sempre aparecia com alguma coisa, uma flor roubada, um chocolate, ou as caixas de morangos, mas ele sempre voltava. Agora, ele estava ali, parado na porta de um quarto de hotel que nenhum dos dois sabia quanto custava e muito menos quanto aquele sonho duraria. Se sentou em frente a menina e mostrou a caixa de primeiros socorros. — Me ajuda? A voz pareceu extremamente sexy e Dállia passou a língua nos lábios sem perceber o que estava fazendo. Ficou olhando para o rapaz, sentia como se aquilo fosse bom demais para ser real. Por que ele ainda a queria?E quando ele percebeu que a menina estava perdida nos próprios pensamentos, acabou se levantando. — Ok, faço sozinho. — NÃO! Dállia correu até o rapaz, pegou o kit das mãos masculinas, começou por elas. O fez se sentar e limpou cada um daqueles cortes, percebeu que eram mordidas. — Você
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32 – Um café da manhã 
Tank olhou para Dállia assim que desligou o telefone, não foi fácil falar aquelas palavras para Louis, ainda assim, achava que era o mais certo, o mais coerente. Ninguém tinha culpa, ninguém além dele e Russo. Muitas vezes se pegou pensando que até mesmo aquele amor era culpa de Russo, não deveria ter se deixado levar, mas gostava de se justificar dizendo para si mesmo que se o pai não tivesse levado Dállia para casa, ele jamais teria se apaixonado. Nem mesmo a conheceria. O problema era que agora, olhando para aquele rosto ele pensava que a vida teria mesmo sido muito miserável se não tivesse conhecido aquela menina. Os soluços de Louis ainda ecoavam nos ouvidos de Tank quando ele tentou sorrir. — Pronto, sou um homem livre. Todo mordido por cães assassinos, mas livre. Casa comigo, minha flor? Dállia nem teve tempo de responder e ele se justificou. — Também não sou homem para casar. Sou pobre, não enxergo de um olho, tenho uma irmã para sustentar e para piorar, tudo o que sei
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33 - Uma flor ao chão e um homem em pânico
Tank correu na direção em que viu Dállia pela última vez, estranhou que ela não tivesse percebido a demora dele. Um rapaz estava abaixado segurando a perna da menina, ele não perguntou. O chute acertou a boca e o nariz do homem. — TANK! Dállia gritou, mas Tank não parou. Cada soco foi dado com tanta força que o rapaz só conseguia tentar se defender. Tentou erguer a mão numa defesa inútil. O soco seguinte quebrou três dedos de uma vez.Dállia quis segurar o namorado e como não conseguiu usou o próprio corpo para defender o rapaz. Os olhos de Tank ficaram estáticos, arregalados, o punho erguido no ar. — DálliaEla estava chorando, mas respondeu. — Ele estava me ajudando, eu caí e machuquei o tornozelo. — Ajudando? Tank olhou para a Dállia ainda cego pelo ciúme, mas a ergueu do chão como se levantasse uma princesa. — Eu caí.O rapaz percebeu que ela de fato estava mancando, a ajudou a se sentar e acabou ficando na mesma posição do homem que estava segurando a perna de Dállia.
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34 – O néctar
Tank bateu na porta do quarto do médico, o amigo havia informado não apenas como encontrá-lo, mas também que o rapaz estava sendo atendido por uma equipe médica especializada. Não queria entrar, mas Buck o fez se lembrar de que não deveria quebrar sua palavra com Dállia. — Então o boyzinho está bem, por mim, é isso, volto e dou a notícia para Dállia. — O senhor me disse que deu a sua palavra de que iria ver o senhor Silas. — Silas, Silas, isso lá é nome de homem? — Não sei, senhor, mas não podemos escolher nossos nomes, não é mesmo? — Tá bom, Buck. Por você. — Por ela, senhor. A menina confiou. Tank concordou e foi até o local indicado. Entrou no quarto e a sua presença pareceu pesar no ambiente. Olhou para a cena e pensou. — Nem bati tão forte.Tudo era branco, o rapaz estava cercado de pessoas e o cheiro de iodo o deixou enjoado.Silas estava, deitado como se tivesse perdido uma luta com um caminhão. Colar cervical, os dois braços engessados e uma atadura no nariz que mais
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35 - Liberdade para gritar o amor
Dállia não respondeu com palavras, ficou olhando para Tank, os olhos fixos onde a mão se movia, hipnotizada com a visão. Tank se aproximou devagar, continuou movendo a mão. Ela salivou, o membro quase colado ao seu rosto, sempre quis provar, era estranho como o que a enojava em outros homens parecia perfeito com ele, mas Tank nunca deixou que ela pusesse a boca nele. Não tentou, apenas deslizou dos dedos na barriga masculina, ergueu a camisa e Tank deixou que ela o despisse, sem pressa. O toque dela era bom de um jeito indescritível. — Ah, minha flor. Se ela soubesse o poder que tinha sobre ele, provavelmente o faria rastejar aos seus pés, mas Tank fazia questão de esconder, de omitir, de negar até a si mesmo aquele sentimento. Dállia passou os dedos pela barriga definida, raspando as unhas devagar deixando um rastro de arrepio e sussurros. Tank travou o maxilar, sentia que ela poderia arrancar o prazer dele só com aqueles carinhos. — Está brincando com fogo, Dállia.Ele nunc
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36 – Entre a Flor e a Verdade
E como se o amor pudesse ser a base para tudo, na manhã seguinte, Tank acordou decidido a realizar aquele sonho, pela primeira vez se viu olhando para o que queria e não apenas para o futuro da irmã. Talvez, e só talvez, pudesse ser assim e o mundo tivesse espaço para que ambos fossem felizes e não apenas ela. Conversou com o gerente do hotel, saber que Endi havia dado cartas brancas a ele fazia tudo mais fácil. Quase gostou do poder.— Preciso de um funcionário seu. — Sim, senhor Theodoro. — Tank, me chame de Tank, por favor. — Sinto muito, senhor Theodoro, mas o senhor Foster deixou ordens claras de que o senhor ainda não foi promovido. Disse que deveria ser exatamente essa a resposta caso pedisse para ser chamado de Tank. O gerente pegou o celular, pigarreou e leu a mensagem que vinha ensaiando para quando aquele dia chegasse. — Seu nome só passa a ser Tank quando concluir a sua primeira missão, não esqueça que está nela e cada passo seu está sendo avaliado. Será uma honra t
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37 - Morangos e Tempestades
Naquela manhã, Dállia ganhou um verdadeiro banquete, Buck deu ao amigo o primeiro carrinho, piscou para ele. — Vai lá, senhor. Tank olhou, o carrinho de serviço estava totalmente decorado com dálias brancas e rosas, sobre a bandeja principal vários morangos e em torno alguns vidrinhos com leite condensado, creme de leite e uma cascata de chocolate. Outros quatro carrinhos foram levados para dentro do quarto com bolo, queijos, petiscos e outras guloseimas. — MEU DEUS, TANK! A menina exclamou em meio ao sorriso, os olhos iam dele para aquele exagero romântico e voltavam para ele. Foram deixados sozinhos, mas Tank a pegou no colo antes que a menina pudesse se levantar. o, entre em contato pelo direct do instagram @hecatecatherine — Hei! Eu quero um morango! — São todos seus, mas nunca mais vai comer nada com pressa minha flor. Eu quero dar na sua boca cada um dos morangos que comer até o fim da minha vida. — Ou da minha. A simples menção de que algo podia acontecer a Dállia fe
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38 - Nem o número
Para Tank não tinha mais nenhum sentido aquele compromisso, havia convidado Buck porque queria um conselho, uma companhia, alguém com quem pudesse dividir a ansiedade daquela decisão, mas Dállia tinha estragado tudo. — Me leva para visitar o Isaac? — Claro, senhor, mas foi para isso que me convidou? — Foi Buck, foi, meu amigo. Não era mentira, Tank pretendia passar em uma loja de brinquedos e conhecer o menino. Saber pessoalmente o que faltava, o número das roupas que usava, ver se a cama era adequada. Jamais conseguiria atender todas as necessidades de Isaac de uma vez, mas aos poucos poderia ir ajudando até que o garotinho tivesse mais conforto. — Obrigado, senhor. Vem, o ônibus passa aqui perto. — Vamos de carro, Buck Foram, mas ainda no caminho Tank contou ao amigo o que pretendia e como Dállia tinha conseguido estragar absolutamente tudo. — O senhor pretendia comprar uma casa, disse que foi a primeira noite de vocês juntos, pediu uma mulher em casamento e está desistindo
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