Vittorio Bianchi A manhã chega lenta, e com ela, a sensação incômoda de que estou perdendo tempo. Desde que Heloisa foi embora, cada minuto parece arrastado. Estou inquieto, incapaz de focar em qualquer coisa. Nem mesmo o vinho, que sempre foi meu refúgio, consegue me distrair. Estou na sala, observando as horas passarem no relógio da parede, quando Hugo entra com seu celular na mão. Ele fala algo sobre negócios, sobre uma possível expansão da vinícola, e eu apenas balanço a cabeça, fingindo interesse. Ele não sabe. Não faz ideia da tempestade que carrego dentro de mim toda vez que escuto o nome de Casa Blanca. — Você está estranho, Bianchi. — Ele franze o cenho, analisando-me. — Parece… distraído. Alguma mulher conseguiu roubar o coração do meu melhor amigo? Solto um suspiro, passando a mão pelos cabelos. — Só estou pensando em algumas coisas. Mas não seria uma mulher, se quer saber, seu amigo continua sendo o boêmio de sempre. Hugo assente, como se acreditasse. —
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