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Todos los capítulos de Casamento Secreto com o meu Chefe: Capítulo 171 - Capítulo 180
180 chapters
O perdão
Laura Stevens –O céu estava cinza, pesado. Uma névoa fina cobria o cemitério como se até a natureza se curvasse ao luto. Eu permaneci imóvel, os olhos fixos no sepulcro recém-fechado.Não havia muito o que dizer. Nem lágrimas sobraram — talvez por já terem caído todas, talvez por ele, de alguma forma, ter me deixado em paz.Eu estava de pé, sozinha por um instante, quando vi uma figura se aproximar.Linda.Seus passos eram lentos, mas firmes. O vestido preto simples, o cabelo preso com cuidado.Na mão, ela carregava uma rosa vermelha.Ela parou diante da lápide, se ajoelhou, e por um momento, apenas fechou os olhos.Um gesto silencioso, mas carregado de tudo o que nunca foi dito.Depois disso, ela se levantou e veio até mim, mas dessa vez sua feição não carregava o caos e sim serenidade.— Podemos conversar? — sua voz saiu baixa, quase hesitante.Olhei para Christian, que segurava Nathan no colo. Ele me lançou um olhar calmo e terno, assentindo com a cabeça. Deu um beijo leve na minh
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Quando teremos paz?
Acompanhei Linda saindo do café respirando fundo, como se estivesse tentando absorver o ar de um novo começo. Quando passou pela porta, vi algo mudar em seu rosto — um susto contido, um breve espanto que se dissolveu num sorriso. Virei o rosto e entendi o motivo.Christian estava ali.Encostado em um dos pilares de madeira da varanda, braços cruzados, aquele meio sorriso no rosto que sempre parecia saber mais do que dizia.O olhar dele estava em mim. Sempre em mim.Por um segundo, tudo parou.O barulho da rua, a chuva leve no chão, o som das xícaras sendo lavadas dentro do café. Só havia aquele instante entre nós dois.Ele riu. Um riso baixo, familiar.Aquele tipo de riso que sempre me fazia lembrar que eu ainda era eu, mesmo depois de tudo.Senti meu coração se aquecer.Ele abriu os braços e fui até ele, sem pensar. O mundo podia estar desabando, mas ali, naquele abraço, tudo parecia suportável.Encostei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos, sentindo a batida do coração dele —
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Uma armação maldita
Christian Müller -Chegamos em casa ainda com o gosto amargo da última ligação.O silêncio da sala me abraçou como um aviso.Nathan dormia no sofá com um dos brinquedos ainda nas mãos e Laura estava sentada na poltrona, com os olhos fixos em mim como se pudesse ler minha alma de longe.Fui até ela em silêncio.Inclinei o rosto e depositei um beijo demorado em sua testa, sentindo o calor da pele dela contra os meus lábios. Fiz menção de me afastar, mas ela segurou minha mão.— Aonde você vai? — A voz dela veio baixa, quase em um sussurro, mas cheia de tudo o que ela não estava dizendo.Voltei, olhei nos olhos dela e mais uma vez deixei um beijo em sua testa.— Preciso que confie em mim. Eu voltarei para você.Ela assentiu devagar, mas seus olhos diziam o contrário.Havia tristeza, medo, e algo que me cortou por dentro: a angústia de quem já perdeu demais.Eu a soltei com cuidado, e mesmo sem palavras, sabia que ela estava implorando pra que eu não fosse. Mas eu tinha que ir. Por ela. P
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O estopim da insanidade
Christian Müller –Os lençóis tinham cheiro de perfume e loucura. Me deixei cair como se o veneno já estivesse fazendo efeito.Como se o meu corpo tivesse rendido.Mas eu estava ali.Cada célula minha estava em estado de alerta. Fingindo estar inconsciente, mas vendo, ouvindo, sentindo tudo.Maria não disse nada de imediato. O silêncio dela foi o mais perturbador.Ouvi o farfalhar do tecido. Seus passos descalços no carpete.E então senti.Seus dedos tocaram meu peito, vagarosamente, com a ponta das unhas traçando linhas invisíveis por dentro da minha camisa. O botão foi desfeito com calma. Depois o segundo. O terceiro...Ela abriu minha camisa como quem desembrulha um presente roubado.— Sempre assim... tão bonito. Tão forte. Meu. — Murmurou ela.Eu sentia o toque dela como uma faca sem corte. Ela acariciava meu peito com lentidão, como se quisesse memorizar cada linha da minha pele. Como se minha pele fosse dela.E então veio o beijo.Seus lábios tocaram os meus.Secos. Frios. Vãos.
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Voltando para eles
Christian Müller –Sai daquele lugar, me sentindo mais leve por um lado, mas por outro, meu coração pesou.Já era outro dia e eu havia perdido a noção do tempo. Eu só pensava nela, em como ela iria reagir a isso.Conseguia imaginar o desespero em seus olhos. O medo de que, provavelmente eu tivesse a causado, depois desse tempo todo sem dar notícias.—Christian... – A voz de Mark tomou meus pensamentos. Me virei para o olhar, vendo-o parado perto do carro. —Irmão...—Eu vou para casa. Ela deve estar desesperada. – Falei o vendo assentir e então, entrei no carro e o liguei, acelerando mais do que tudo. Como se a minha vida dependesse daquilo.Depois de um tempo, assim que me aproximei dos imensos portões de entrada, senti meu coração pulsar no pescoço.A culpa, o medo de a encarar e dizer que meus lábios foram tocados por outra, mas que foi necessário. Eu sei que, mesmo que eu explicasse e tentasse mostrar que minha cabeça estava o tempo todo nela, ainda não seria capaz de me fazer sent
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O que será agora?
Christian Müller –A vozinha de Nathan ecoou pela sala como um raio de sol depois de uma tempestade.Me virei no mesmo instante e lá estava ele. Meu pequeno, corria em minha direção com os bracinhos estendidos, exibindo os olhos brilhando de emoção e alívio.Me abaixei e o envolvi nos braços com toda a força que um coração em pedaços podia reunir. O segurei contra o peito, sentindo aquele cheirinho de shampoo infantil e o calor do corpinho dele. Fechei os olhos por um instante, como se quisesse guardar aquela cena para sempre.— Você tá bem, papai? A ferida na barriga sarou?Afastei um pouco para olhar nos olhos dele, sorrindo, e levantei a camisa.— Estou bem, filhão. Olha só, está quase sumindo. E sabe por quê?— Por quê? — ele perguntou, com os olhos curiosos.— Porque eu comi muita verdura! Se você comer também, vai ficar forte que nem o papai.Ele fez uma careta de dúvida, mas logo riu. Eu ri junto. Era isso.Era tudo que eu precisava: aquele riso.Laura se aproximou devagar, com
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Eu já previa algo
Christian Müller –O carro mal parou e eu já saltei de dentro dele com o coração espancando minhas costelas como se quisesse fugir de dentro de mim.A antiga sede da empresa estava irreconhecível. Tapumes, poeira, máquinas roncando.Uma equipe inteira de engenheiros e operários já começava a cravar as últimas ordens de demolição.Corri por entre os caminhões, empurrei um dos engenheiros que bloqueava o caminho e ergui o papel que Mark tinha conseguido. A tinta ainda fresca da assinatura do juiz tremia na minha mão suada.— Ordem judicial! — gritei, com a voz rouca de urgência. — Parem TUDO agora!Um homem com capacete branco se virou para mim. Devia ser o chefe da equipe. Ele pegou o papel da minha mão com desconfiança e leu, franzindo a testa.— Isso é uma bagunça completa — Murmurou ele sem humor. — Já destruíram quase metade da estrutura. Eu nem deveria deixar você entrar. É perigoso. Um movimento errado e esse prédio vira um túmulo.— Então me enterra com ele — Falei sem pensar, j
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O vulto da fúria
Laura Stevens –O controle remoto escorregava da minha mão sem que eu percebesse.A televisão estava ligada há horas, mas só agora as imagens começaram a se fixar como navalhas nos meus olhos. A antiga sede da Müller Group aparecia em chamas de poeira, coberta por ruídos de demolição e sirenes. Máquinas rasgavam concreto como se aquilo fosse só mais uma obra, como se aquele prédio não fosse um marco — Como se não fosse um pedaço do que estávamos vivendo.O mundo ao meu redor pareceu perder o som. Eu só ouvia meu coração batendo forte.A câmera tremia. No meio da confusão, um vulto familiar atravessava os destroços. Eu o reconheceria mesmo no fim do mundo.Christian.Levei uma das mãos à boca e a outra apertou a barriga, como se isso pudesse proteger o bebê da avalanche de pânico que crescia dentro de mim.Amanda apareceu atrás de mim, com uma xícara de café que tremia levemente na mão. Ela olhou pra TV, franziu o cenho e ficou em silêncio por um segundo. Um segundo que pareceu uma vid
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A rainha do Xadrez
Laura Stevens –A lâmina encostava na minha pele com precisão, como se ela soubesse exatamente onde aplicar o corte para me calar de vez.— Você não devia estar aqui! — Eu sussurrei, sentindo minha voz se quebrar antes mesmo de sair por completo.O cheiro do hospital — aquele misto de álcool e desespero contido — parecia mais forte naquele banheiro pequeno e frio. A luz fluorescente piscava acima de nós, lançando sombras duras sobre o rosto dela. Um rosto que eu conhecia bem demais. O tipo de rosto que visita pesadelos mesmo quando você está acordada.— E ainda assim... olha só onde eu vim parar — Ela disse, com a calma assustadora.Norma.O nome dela era um veneno antigo. Tão antigo quanto as cicatrizes que carrego até hoje.— Achei que já tinha te perdido naquela explosão... — Ela disse, com um sorriso torto, irônico. — Mas veja só... Ivy. Ou seria Laura? Ainda não decidi qual nome combina melhor com vocêMeu coração batia como um tambor de guerra. Eu sabia que ela era perigosa. Sem
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Não irá te faltar mais nada
Laura Stevens —Norma caiu ao chão com um baque surdo, e no segundo seguinte, um zunido atravessou meus ouvidos como se o som do mundo tivesse sido engolido por dentro da minha cabeça.O tempo parou. Minha visão tremulava nas bordas, mas consegui virar o rosto para o lado, o vendo ali.Christian.Ele estava parado, segurando a arma com as duas mãos.Seus olhos ardiam como brasas acesas e confesso que nunca o vi tão consumido pela dor, pela raiva, pela perda, como nesse momento.Não era só fúria. Era desespero. Um homem destruído por dentro, tentando manter-se inteiro por fora.A arma tremia, mas seu olhar era firme. Estava preparado para ir até o fim — por mim, por Nathan, por esse bebê em meu ventre... por tudo o que nos foi tirado.Senti o mundo girar de novo. Meu corpo cedeu.A adrenalina que me mantinha de pé evaporou como fumaça. Meus músculos não responderam. O zunido ficou mais alto. E, então, tudo se apagou.Acordei devagar, mas mantive os olhos fechados.O colchão sob meu cor
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