— Ele foi pego, Raila. Está preso. — a voz do delegado soou firme, mas não havia qualquer resquício de piedade nela. Era como se ele soubesse o que aquilo significava para mim, e, de alguma forma, a satisfação de saber que Miguel finalmente pagaria pelos seus crimes parecia transbordar de suas palavras.Meu peito, que antes estava apertado como se houvesse algo se arrastando por dentro, de repente, se abriu. Eu não sabia ao certo se estava aliviada, grata ou apenas exausta de carregar a dor que ele causou. No entanto, o que eu sabia, o que eu sentia claramente, era que aquele momento de justiça havia chegado. Miguel não escaparia dessa vez. Não havia mais como ele mentir ou manipular a situação.— Como ele foi pego? — perguntei, a voz baixa, quase sussurrante. Eu precisava ouvir todos os detalhes, como se, de alguma forma, aquilo me libertasse ainda mais. Talvez fosse para dar um fechamento a todo esse pesadelo, para que eu finalmente pudesse respirar.O delegado fez uma pausa antes d
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