A tensão na sala era palpável, como um fio prestes a se romper. Meu pai estava ali, sentado na poltrona ao lado da janela, e Marta, minha tia, estava ao meu lado, preparando um café, mas seu movimento era abrupto, nervoso. Eu conseguia sentir o desconforto no ar, algo que não fazia sentido até aquele momento. A conversa fluía, mas algo estava errado. Tia Marta se levantou de repente, murmurando algo sobre a cozinha, e a tensão entre ela e meu pai se intensificou.Foi então que, quando ela se afastou, meu pai se inclinou para a frente, os olhos fixos em mim. Ele estava pálido, quase como se tivesse levado um soco no estômago. Eu não sabia o que esperar, mas o que ele disse me deixou completamente sem palavras.— Raila — disse ele, a voz baixa, um pouco trêmula —, você precisa saber de algo sobre Marta.Eu estava paralisada, sem saber o que pensar. O ar ficou mais pesado, e, por um instante, o mundo à minha volta pareceu desaparecer. Eu tentei compreender o que ele queria dizer, mas tud
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