O tempo passa e nada de Sofia. Estou sentado na nossa cama, na penumbra do quarto, esperando por ela. O abajur ao lado emite uma luz fraca e vacilante, quase sufocado pelo peso do silêncio que ecoa no ambiente.A noite avança, mas Sofia continua ausente. Meu peito está em um nó tão apertado que a respiração parece rápida e insuficiente. Allah! Já mandei inúmeras mensagens, e todas chegam, mas ela não visualiza. A angústia me consome, devorando qualquer resquício de calma que eu tentava manter.Olho ao redor do quarto. Tudo parece impregnado de memórias dela: o travesseiro que conserva o cheiro do shampoo, o lençol amarrotado que ainda guarda os rastros das noites que dividimos.As horas escorrem, implacáveis. Na solidão, revisito nossa história. Cada cena, cada gesto, cada palavra que poderia ter dito e não disse. Me pergunto, aflito, se deixei lacunas tão grandes a ponto de fazer Sofia duvidar do meu amor. Sei que, no início, o casamento surgiu como uma obrigatoriedade imposta. A pre
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