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27 chapters
Capítulo 21
— Por que você resiste, Serena? Por quê? Deixe acontecer, my dear... — Inclinou-a sobre a cama, começando a desabotoar a bermuda que ela usava. Pairou o olhar sobre ela um instante. Os cabelos negros de Serena haviam se espalhado pelo travesseiro, e o rosto dela transpirava desejo: — É linda, baby, um espetáculo para os olhos... Desceu seu rosto suavemente sobre o dela, e beijou seus olhos, seu nariz e mais uma vez, seus lábios. Suas bocas já estavam unidas novamente, e os corpos começaram a se contorcer juntos, ansiosos por se completarem.Um ruído vindo do corredor foi o suficiente para retirar Serena do estado de luxúria em que se encontrava. Empurrou Stephen de cima dela, e fechou a bermuda com rapidez. O coração estava disparado enquanto olhava o príncipe louro diante de si, tão ofegante quanto ela. Serena correu para a porta, abriu-a e fugiu correndo para fora.— Mais tarde, Serena, mais tarde... — murmurou ele. ****Ele estava mais uma vez no “ O Encanto da Lua”, dessa v
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Capítulo 22
Quando os primeiros acordes da canção começaram a tocar, Stephen sacudiu a cabeça, vencido, reconhecendo a música. Devia saber que ela não se manteria sentada num banquinho cantando suavemente a noite toda. A cantora começou a balançar os quadris lentamente, depois aumentando o ritmo conforme a letra de “Ojos así”, da Shakira, ia saindo de sua boca. Os frequentadores, antes tão bem comportados, irromperam em assovios, gritos de incentivo e aplausos, e vários rapazes ergueram-se de suas cadeiras para acompanhar de melhor ângulo todos os movimentos sinuosos de Serena.Pronto, ela fizera mais uma vez. Seduzira os homens em volta. Ele próprio estava totalmente excitado. Quem não estaria, afinal, vendo uma odalisca dançando dança do ventre e misturando movimentos que remetiam ao ritual introdutório do Kama Sutra indiano? Melhor do que isso só se ela se despisse no palco fazendo a dança dos sete véus! E Stephen, que fora chamado de herói por Serena antes, se tornaria um monstro violento e
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Capítulo 23
Serena aproveitou a comoção após os aplausos, e anunciou uma pequena pausa ao público, fazendo uma brincadeira qualquer sobre a necessidade imperiosa de seus rapazes usarem o banheiro depois da despedida de solteiro da qual participaram durante a tarde. Em seguida tranquilizou as moças presentes, avisando que o noivo não era nenhum dos membros do grupo. Imediatamente um “ah” aliviado e alto percorreu o recinto, gerando risadas da parte dos músicos. Caramba, estou faminta, pensou Serena, ansiando devorar o sanduíche de atum que havia trazido e pedido para Luíza guardar no freezer. Comera mal durante o dia, a presença de Stephen perturbando seu raciocínio e sua digestão. Quase ficara entalada no horário do lanche da tarde só porque o Super-Gringo-lindo a encarara no momento em que levara um biscoito amanteigado à boca. Como podia engolir qualquer alimento quando ele a olhava daquele jeito, e principalmente depois de uma sessão quase pornô em seu quarto, quando por pouco não manda às f
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Capítulo 24
— Ei, pombinhos, comportem-se, este lugar é respeitável. —brincou Luíza, depositando o sanduíche e um suco de laranja sobre o balcão, para a amiga.Serena e Stephen afastaram os corpos um do outro, encarando-se com um sorriso satisfeito no rosto, e a respiração um tanto descompassada.— Você está linda.— Você também. — Admirou-o. Usava camisa branca de mangas curtas e botões, com as primeiras casas abertas, exibindo uma parte de seu corpo. Calças jeans e tênis terminavam de compor o visual. Parecia mais jovem do que na noite anterior, quando comparecera ao estabelecimento com um traje sóbrio e tradicional, saído diretamente do escritório. Ela inclinou-se para segredar-lhe: — Beija bem, meu Super-herói.— Um beijo só é bom quando as duas partes acertam, baby.Serena sorriu, e sentou-se ao lado dele, vendo-o bebericar seu refrigerante.— Não acredito que as meninas não lhe empurraram os coquetéis coloridos que adoram fazer.— Já bebi um, mas esta noite estou dirigindo e não posso arris
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Capítulo 25
Serena baixou a vista, constrangida com aquele olhar poderoso, mas também um pouco envaidecida. Tudo bem, estava satisfeita consigo mesma, bem resolvida com seu corpo, e também não fazia muita questão de ser a rainha da beleza da Zona Norte. Já tinha dores de cabeça suficiente com os admiradores que arrumava por causa de seu trabalho, não desejava ainda mais holofotes em cima. — Você é linda, Serena. Voz, corpo, tudo. — completou Stephen, com olhos brilhantes: — Não falo para adular ou intimidar, é apenas a verdade.— Cara, você é muito bom nisso... — murmurou, pra si mesma.— O que disse? — Stephen aproximou-se mais.— Nada. — Serena continuou a andar. — Então temos a praia em comum. Sempre gostei do mar, do sol, da areia...— Também sempre gostei. Você sabe surfar?— Nunca tentei. Você surfa bem?— Sou muito bom nisso, entre outras coisas.Serena encarou-o. Ele tinha a escutado antes sim, e agora repetia o comentário dela, provocando. Era divertido.— E modesto. Ela sorriu, e ele
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Capítulo 26
Como se sentiu a esse respeito? Ela pensou um pouco a respeito, então respondeu:— Quando eles casaram? Foi esquisito, mas não fiquei triste, sinceramente. E já voltamos a nos falar, eu os vejo quando vou visitar meus pais. São felizes e já tem um filho.Stephen ficou aliviado, mas não permitiu que sua satisfação fosse demonstrada. Anos a fio trabalhando com empresários calculistas e sem coração o haviam treinado bem para mascarar seus sentimentos e assim fazer jogadas eficientes no campo financeiro. E e em outros campos também.— Voltou a namorar... ahn...firme, depois desse tal Alberto?A pergunta foi feita em tom falsamente incente. Naturalmente ele queria saber mais sobre Serena, sobre seu passado, e sobre o coração dela. — Tive mais dois ou três namoros, desastrosos. E finalmente na última tentativa, pior que as outras, vi que definitivamente não sou boa para analisar o caráter das pessoas. — Serena olhou Stephen fixamente.— Então por causa de algumas escolhas ruins está pens
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Capítulo 27
Serena despertou lentamente, com a familiar dificuldade que tinha ao obrigar-se a levantar cedo todos os domingos, depois de uma noite longa de trabalho, e ainda com o agravante que adentrara a madrugada conversando com Stephen, e deixando-se enredar em seu charme. Não sabia dizer quando adormecera, mas provavelmente havia sido logo depois que ele começara a acariciar seus cabelos.Até ali se lembrava, do aconchego de estar mais uma vez enroscada com ele na cama improvisada na sala, tão perto que quase podia contar suas pestanas douradas, do perfume delicioso e másculo dele, e daquele carinho relaxante. Sorriu, espreguiçando-se. Só então percebeu que Stephen estava com um braço sobre o corpo dela, com a mão, grande e bonita, sobre seu seio. Tentou movimentar-se com cuidado, para levantar-se sem precisar despertá-lo.— Aonde você vai? — indagou Stephen, quase num resmungo, abrindo um olho. Percebendo onde estava sua mão, escorregou-a rapidamente para baixo: — Ops, desculpe... A mão d
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