O som de passos apressados, o murmúrio das vozes, tudo parecia distante e abafado em minha mente. Quando vi Isaías, meu coração se apertou de uma forma tão devastadora que me faltaram palavras, me faltou ar. Ele estava ali, mas tão longe da imagem forte e invencível que sempre teve. Seu corpo carregava as marcas de uma crueldade impiedosa — hematomas profundos, cortes abertos, o cansaço estampado em cada linha de seu rosto. Eu quis correr até ele, abraçá-lo, protegê-lo de tudo que o havia ferido. Mas minhas pernas vacilaram, incapazes de sustentar o peso do alívio e da dor que me invadiam ao mesmo tempo. Ele estava vivo. Machucado, destruído, mas vivo. E isso, de alguma forma, parecia um milagre em meio ao caos que nos cercava. As lágrimas escorreram antes que eu pudesse controlá-las, uma confissão silenciosa de tudo o que estava preso dentro de mim: o medo de perdê-lo, o desespero de não saber o que enfrentávamos, e a culpa de não pode
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