DavidO corredor da faculdade está cheio, vozes misturadas em um ruído constante, mas para mim, o mundo inteiro reduz-se a uma única pessoa, Lizandra. Meu peito aperta quando a vejo e, sem hesitar, caminho até ela. No entanto, ao perceber minha aproximação, seu olhar transborda desprezo, como se eu fosse a pior coisa que já aconteceu em sua vida. — Podemos conversar? — minha voz sai firme, porém baixa.— Não tenho nada para falar com você. — O tom dela é cortante, cada palavra, um golpe seco. — Só quero distância do moleque que me proporcionou a maior decepção da minha vida.Sinto o chão sumir sob meus pés. Tento argumentar, mas antes que eu consiga dizer qualquer coisa, Daniel surge ao lado dela. Ele me encara e sinaliza "calma".— David. — E então me cumprimenta, Sem cerimônia, ele a conduz para o carro. Lizandra entra sem olhar para trás. Observo o veículo sumir pela avenida, e uma onda de ódio me domina. Entro no meu carro, bufo de raiva, esmago o volante com um soco e solto uma
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