Charlotte suspirou, pensando em como estaria a patroa. De repente, havia ficado sozinha naquela fazenda enorme, Eleonore ainda havia sugerido que dormisse em sua casa, mas não queria atrapalhar o casal, então, no fim, acabou ficando. Assim, sua companhia acabou sendo Sebastian, e seu habitual silêncio.Mas nada podia ser mais perturbador do que tê-lo seguindo-a com os olhos por todo canto, como se pudessem ver o espírito que a acompanhava.– Olha, sei que é estranho, mas você não está ajudando fazendo isso – ela resmungou quando não aguentava mais.Ele retribuiu o olhar, mas não parecia entender o porquê daquela bronca.– Ou será que você a reconhece? – Charlotte resmungou, mais para si do que para ele. – Ancestral – ele respondeu, pela primeira vez, surpreendendo-a.Sua voz era baixa e muito grave, como a de um tenor. O que a fazia se arrepiar, mas ao mesmo tempo, pensava consigo mesma que combinava com eles, com seus olhos pretos quase vazios.– Então você fala! – exclamou, quase g
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