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Murat, o que faz aqui? Para que armou tudo isso se entrou para estragar a festa?
Murat me dá um sorriso sexy, aquele que me faz enxergar que ele é pura perfeição. Enviado ao mundo para confundir as mulheres, raptar seus corações, devastá-los.Um filme se passa na minha cabeça. Seus braços me trazendo mais para ele. Os lábios dele nos meus, me provocando, me excitando.Antes de dar um gemido audível, eu me viro, e me afasto deles.—Deus! Murat Alakurt Kemal Çelik entre nós e você teve a honra de conhecê-lo de perto —Karen diz extasiada.—Sim.—Deus! Ele é mais lindo e charmoso pessoalmente.—Muito — digo, quase demostrando meu enfado.—Onde esse homem vai tem jornalistas no pé dele perguntando se ele está com alguém, quando o dono da Teleimagem contrairá casamento. Ele é muito arisco e discreto. Ninguém sabe nada direito de sua vida pessoal. Parece que ele não se mistura com mulheres de outras culturas. Só que também nunca viram ele com turca. Eu solto o ar. Estou com sede e cansada, mas antes de me virar e ir atrás de algum suco, vejo várias concertistas se aprox
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Não vou dizer nada aqui. Garanto que essa conversa é definitiva.
Murat—Aqui não! Quero conversar com você num lugar calmo. Sem pessoas ao redor.Sempre fui muito popular com as mulheres. Posso farejar o interesse delas de longe. Nesse salão por exemplo, elas me olham curiosas, outras embevecidas. Isso não eleva em nada meu ego, de maneira alguma.O que adianta ter todas as mulheres do mundo se a mulher que amo não quer me ver pintado de ouro na sua frente? Nunca nenhuma mulher me fez sentir tão vivo como Ester.Não gosto desse domínio que ela tem sobre mim. Nenhuma mulher deveria ter tanto poder sobre um homem desse jeito...Ela ainda olha para os lados indecisa. Isso acaba comigo. Quase me tira a razão. A vontade que tenho é arrastá-la desse salão, jogá-la sobre os ombros.Ester me encara.—Você deve ter conseguido a presidência, terminou com aquela coitada da Hazal e veio me procurar como se isso fosse me trazer de volta. —Diz tudo com pouco caso.Eu estremeço de nervoso e dou um passo em sua direção. Encaro seus olhos verdes, que estão bem ari
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Eu desisti da presidência.
EsterArrogante! Sempre envolto nessa nuvem de poder, ele não parece ter mudado em nada. Embora ele me olhe agora como um cachorro vira-lata perdido:—Eu cometi vários erros na nossa relação. Fiz do nosso apartamento um mar de rosas, um ninho de amor, sem levar nada do mundo externo para você. Hoje vejo que isso não nos uniu, nos afastou.Eu solto o ar. Presa em seu olhar, não digo uma única palavra. Ele continua:—Errei em não te contar as ações que eu estava tomando lá fora para que nosso castelo de sonhos não se desmoronasse—Você conseguiu a presidência Murat? É isso? Terminou com Hazal e agora espera me assumir e enfrentar seu pai?Ele abre a boca, eu o corto:—Aí terei que assistir ele te massacrar com ameaças, te banindo da família, com humilhações. Você realmente tem estrutura para isso? Conviver com ele, trabalhando lá, mesmo sendo presidente na empresa? Ele fará de tudo para te prejudicar. Ele está obstinado.—Posso falar?Eu solto o ar.—Pode.Murat hesita, numa demonstração
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Não quero estar em festa nenhuma, quero você Murat.
Eu solto o ar.—Tudo bem!Murat se senta no sofá novamente e eu, aos poucos, vou contando minha história... sobre a minha mãe e seu jeito egoísta de ser, a ausência de amor. Contei sobre a morte prematura do meu pai, a chegada do meu padrasto e tudo que aconteceu depois.A decepção de ver minha mãe querendo se ver livre de mim, louca para eu me casar com um homem da alta sociedade e por isso as aulas de piano. As roupas curtas que ela me fazia usar, as festas que ela me fazia participar. De como ela me tratava na frente dos outros e como um lixo em casa.Conto então a minha saída de casa, a morte prematura do meu irmão, os traficantes me ameaçando.MuratMeu corpo inteiro está tenso. As palavras dela levam um tempo até entrarem no meu cérebro. Minha boca está seca, meu coração apertado por tudo que ela vivenciou e mais, sinto-me um ser desprezível ante tudo que fiz.Ela lutava para recomeçar sua vida ante a tanta desgraça e eu agi como um trator, passando por cima dos seus sentimentos
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Murat...eu nunca pensei que me amasse o suficiente para mudar sua vida por mim.  
Os olhos de Murat se tornam mais negros de desejo e sorrindo ele se levanta e estende a mão. Eu a pego. Ele me puxa do sofá e me traz junto ao corpo dele. Sua boca toma a minha com paixão selvagem. Suas mãos me trazem mais para ele. Fazendo-me sentir amada, querida.Ele olha para mim por um tempo calado, como quem sonha.—Obrigado por me ouvir, por me dar mais uma chance... —ele diz, humilde.As emoções explodem, aquelas que tenho guardado dentro de mim desde nossa separação. Cheia de saudade minha resposta é tomar sua boca com paixão e o abraço apertado, passo a mão nos seus cabelos e o puxo para aprofundar o beijo.Não demora muito estamos apressados e com movimentos desajeitados começamos a nos livrar de nossas roupas, loucos para sentir a pele um do outro. Isso é tudo que precisamos agora.Ficamos nus e nos deitamos na cama.Seu toque é suave. Murat me ama com carinho, toca-me com veneração. Lento, delicado, sua boca nos lugares certos, suas mãos massageando meus seios, visitando
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Oito meses depois...
Eu me sinto como se tivesse flutuando nas nuvens. Tudo tem corrido tão bem que dá até medo!Nos casamos no cartório, com poucas testemunhas. Minha tia, a mãe de Murat. Tereza e seu marido que foram nossos padrinhos.Viajamos depois, ficamos vinte dias inteiros hospedados em um hotel em Artemida, na Grécia. Um lugar maravilhoso. Praias de águas límpidas, um verdadeiro paraíso. Foi tão bom estar com Murat em lugares públicos. Andar de mãos dadas pela praia, frequentar restaurantes e assistir o sorriso largo dele experimentando pela primeira vez a liberdade, sem a sombra de seu pai atrapalhando tudo.Logo que chegamos de viagem, juntos, começamos a ver as casas. Nos apaixonamos por uma.Linda!Uma casa de cinco quartos, sendo todos suítes. Bem espaçosa. Cozinha grande, sala de jantar, uma grande sala de estar com lareira. Toda avarandada.O jardim lindo, um sonho. Grande, o gramado cerca toda a casa. Plantas ornamentais espalhadas em vários pontos estratégicos, lindas, em uma combinação
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Ester Marshal Kemal Çelik, minha esposa.
Murat aperta os lábios e solta o ar.—Meu pai sempre valorizou objetos antigos. Se você tivesse visto o quarto dele entenderia o que quero dizer. É como se entrasse na idade média. Todas as peças que ele comprou eu o acompanhei. Quando ele se interessava por alguma e o preço era muito alto, ele levava um amigo nosso, que já até faleceu. Ele era historiador, especializado em peças antigas. Ele que checava se as peças eram apenas uma cópia, e se não, ele avaliava se elas valiam tudo o que diziam. Eu fiquei fascinado com esse mundo. Quando meu pai viu meu interesse, ele investiu em livros caríssimos sobre a veracidade dos móveis antigos. Eu passei a estudar sobre isso nas horas vagas e meu pai pagou John para me ajudar. Além de ele tirar as minhas dúvidas, visitamos muitos antiquários para eu pôr em prática meus conhecimentos. Muitas peças na casa de meu pai foi eu que comprei. Louças, vasos, alguns móveis. Tirando o quarto dele, é claro.Solto o ar, entendendo agora de onde vem essa com
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Família.
Tive uma gestação tranquila.Ao longo desses meses, recebi a visita de Ayla que se mostrou uma mulher de fibra, de opinião. Contrariando a vontade do pai de Murat, sempre que pôde, veio nos visitar.No início ela me tratou com uma frieza irritante, cheio de recato, deixando claro que sua vinda era apenas para ver Murat, mas que não aprovava a escolha dele. Só que o tempo foi passando e ela pode perceber através das ações de Murat como ele estava feliz ao meu lado, como ele me tratava com carinho. Isso teve o efeito de um martelinho quebrando toda a resistência dela. E suas visitas rápidas, aos poucos, foram se estendendo. Se tornado em horas, então um dia ela almoçou conosco, outro dia ficou para o jantar e assim foi indo. Quando Yasmin nasceu eu já me dava muito bem com a minha sogra. Nossa filha só veio selar isso com sua vinda. Hoje nosso bebê completa um mês.Ela é um bebê grande, forte e saudável.Linda!O cabelo negro igual ao do pai, os olhos de um lindo azul-esverdeado.Ag
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Você não vai colocá-la numa escola turca para meninas?
Seis meses depois...MuratO cliente sorri satisfeito ao passar os dedos pela cristaleira.—Vou levar—ele diz sem nem ao menos perguntar o preço. —Há muito tempo tenho procurado por essa peça.—Ótimo, fico feliz de tê-la encontrado aqui—digo enquanto preencho a nota para ele. —Suba até o escritório e acerte com minha esposa. Aproveita e passa seu endereço para a entrega.—Está certo.O sino da porta de entrada soa e eu me preparo para mais um cliente. Quando me volto para ele vejo a figura de meu pai.Meu coração se agita e eu fico estacado olhando para ele.—É assim que recebe seus clientes? —Ele me questiona. —Os deixa plantados esperando ser atendidos?—Ba... —quase o chamo de pai em turco, mas na última hora suprimo as palavras. —Ahmed, o que faz aqui?Meu pai estremece.—Sua loja é como sua mãe descreveu. Muito bem organizada. Não fica aquela impressão de móveis acumulados. Você fez vários ambientes.—Sim. Sempre notei nessas lojas que íamos certa desorganização —digo. —Resolvi i
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Eu meneio a cabeça achando graça na dramaticidade deles.
EsterEu meneio a cabeça achando graça na dramaticidade deles. Tentando levar na esportiva os pensamentos que me surgem agora.Quando eu estava gravida de sei meses, eu saí para ir ao mercado e peguei um congestionamento enorme na volta. Tudo parado por causa de um acidente. Quando eu cheguei Murat andava de um lado para o outro como um leão faminto, muito preocupado comigo, já que eu tinha ido comprar seis coisinhas e demorei.Turcos!—Está certo pai. Dá uma ligada para ela antes de ir. Para despreocupá-la.Nossa! Vai cair o mundo! Quanto tempo ele ficou aqui? Acho quem nem meia hora.—Sim, no carro eu ligo.—Não esquece! —Murat diz enfático.—Não vou esquecer—ele diz e olha para mim. —Verei com Ayla um almoço em casa.—Será só nós ou chamará todos da família? —Murat questiona estudando o pai.—À princípio só nós. Você não acha melhor?Murat parece aliviado.—Sim, concordo. Yasmin é muito pequena para passar de colo em colo. —Ele diz. Seu senso protetor nível dez agora.—Vou indo. —M
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