Florence ficou assustada com aquele Lucian que parecia tão estranho, e sua respiração ficou descompassada enquanto ela tentava empurrá-lo. Lucian segurou seu pulso com firmeza, mas sem machucá-la. Seus dedos deslizaram sobre a pele de uma cicatriz clara, onde a queimadura havia deixado marcas. — Está melhor? — A voz grave dele soou preguiçosa, quase casual. Florence virou o rosto, evitando respondê-lo. Lucian, no entanto, ergueu a mão e fez com que ela olhasse para ele, apertando levemente seu queixo. — Vai responder direito agora? — Tio, você mesmo já disse que eu sou teimosa, não disse? — Florence respondeu, contrariada. Lucian apoiou ambas as mãos na mesa atrás dela, inclinando a cabeça para baixo, como se estivesse segurando um riso. — Quando tento falar com você de maneira calma, você não ouve. Mas, pelo visto, as coisas que eu digo sem pensar ficam gravadas na sua memória. — Dessa vez, sua voz tinha um tom leve, algo raro nele, quase uma brincadeira. Florence não
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