O vestido sem mangas abraçava o corpo de Florence, realçando cada curva perfeita como se tivesse sido feito sob medida. Seus braços delicados e pele impecável eram tudo o que estava à mostra, mas o magnetismo que ela exalava parecia envolver todos os presentes. Percebendo o olhar fixo de Rosana, Florence ajeitou propositalmente o vestido na frente dela. — Rosana, acho que esse vestido está meio apertado em mim. Na sua vida passada, depois de ser humilhada e transformada em alvo de desprezo, Florence havia visto Rosana deixar cair a máscara. Sem mais fingimentos de amizade, Rosana não poupou insultos, pisando sobre sua queda com crueldade. — Não me culpe. Quem mandou ser melhor do que eu em tudo? — Rosana dissera na época. — Você dizia que éramos amigas, mas por que você teve a chance de voar alto e se casar com o Lucian? Deixe-me te contar um segredo: todas as armadilhas que você caiu foram planejadas por mim e pela Daphne juntas. Agora Lucian te odeia, e você não vale mais nad
Assim que Florence entrou no salão, percebeu que Rosana, que a seguira até então, havia desaparecido. Provavelmente, Rosana estava evitando um confronto direto. Era típico dela: deixava Florence lidar sozinha com a confusão, para depois surgir como a "melhor amiga", jogando toda a culpa sobre Florence e a destruindo publicamente. Mas Rosana havia esquecido de um detalhe importante: com sua ausência, Florence tinha liberdade para manipular a narrativa como bem quisesse. Florence olhou para o marido de Valentina, dando-lhe um sorriso educado. — Obrigada, mas acho que devo fazer uma explicação. O homem desviou o olhar, nervoso, e rapidamente a interrompeu. — Não precisa explicar nada. Eu acredito em você. Aquela frase, dita de forma apressada, foi suficiente para que os presentes começassem a cochichar. Parecia que ele estava defendendo Florence, aumentando ainda mais as suspeitas sobre os dois. — Não, eu não quero me explicar para você. Quero me explicar para a Directora Va
— Você usou um vestido igual ao da Valentina. E se ela achar que você tem algum problema com ela? Foi por isso que eu disse que era falsificado. Estou te ajudando. Se você não estiver de acordo, podemos ir agora mesmo falar com a Valentina e esclarecer tudo. Florence sabia que Rosana não teria coragem de fazer isso. Como esperado, Rosana ficou em silêncio por alguns segundos antes de mudar o tom. — Flor, estou com uma dor no estômago. Você pode pegar um remédio na recepção e levar para a sala de descanso número 6? — Claro, pode deixar. — Ótimo. Mas venha rápido, estou me sentindo muito mal. — Apressou Rosana. — Entendi. Já estou indo. Depois de desligar o celular, Florence se virou e saiu do salão. ... Do outro lado da festa, Lavínia aproveitou o momento em que Daphne estava distraída conversando com algumas amigas e caminhou até Lucian. Com um sorriso provocante, ela ergueu a taça de vinho em sua direção. — A beleza foi embora e você não vai atrás? Não está com med
Florence ficou aterrorizada com as ações de Lucian, mas quanto mais ela tentava se soltar, mais ele parecia se divertir com sua resistência. Por fim, o vestido escorregou de seus ombros, deixando-a em pânico. Ela tentou desesperadamente cobrir o corpo, mas ele segurou seus dois pulsos com uma única mão e os ergueu acima da cabeça. Com a outra mão, ele segurou o queixo dela, forçando-a a encará-lo enquanto abaixava a cabeça para beijá-la. O toque foi intenso, mas ainda assim cheio de provocação. Era como se ele estivesse testando os limites dela, e Florence, mesmo mordendo os lábios com força, não conseguiu impedir que um leve gemido escapasse. O som, abafado pela sua tentativa de controle, só pareceu incitar ainda mais Lucian. Ele observou o rosto corado dela, os lábios entreabertos, e não resistiu. Mordeu o lábio inferior dela, forçando-a a abrir a boca. No instante seguinte, ele tomou para si todo o fôlego que ela tinha. Mesmo através do tecido do terno, ele conseguia sen
— Eu estou pedindo, por favor. — Florence respondeu, irritada. — Hmm? — Lucian murmurou, sua voz baixa e cheia de magnetismo, com um tom ligeiramente provocador. — Você não gosta de me chamar de “tio”? Então diz: tio, por favor. O calor da respiração dele, misturado à profundidade de sua voz, fez o rosto de Florence queimar. Ela não diria aquilo. Nunca diria! Mas Lucian, vendo a resistência dela, deslizou a mão grande pela cintura dela, subindo lentamente. Os olhos de Florence se arregalaram, enquanto um rubor intenso subia de seu rosto até o pescoço e se espalhava por todo o corpo. Suas pernas ficaram fracas, e ela sentiu que estava prestes a ceder. No fim, ela não resistiu. — Tio, por favor... Os olhos de Lucian brilharam por um momento. Ele passou os dedos suavemente pela bochecha dela, como se quisesse dizer algo. Mas, no final, ele ficou em silêncio. Ele deu um passo para trás, acendeu um cigarro e se virou, com as costas largas e tensas transmitindo uma emoção d
Florence se encolheu atrás da porta, espiando através do olho mágico para observar o que estava acontecendo do lado de fora. Valentina caminhava na frente, com passos firmes e cheios de raiva. Ela parou em frente à porta da sala de descanso número 6, levantando a mão para bater. Antes que pudesse fazer isso, Daphne rapidamente se aproximou, interrompendo-a. Em um tom baixo, ela sussurrou: — Directora Valentina, bater na porta vai dar a eles tempo para se arrumarem. E, nesse caso, não teremos provas. Você sempre foi tão generosa com a Florence, e olha o que ela fez com você. Ainda vai deixá-la sair ilesa? Eu fico indignada só de pensar nisso. Por isso, trouxe a chave da sala para você. Daphne entregou a chave nas mãos de Valentina, que, tomada pela raiva, nem considerou a sugestão. A ideia de seu marido estar envolvido com uma funcionária, enquanto fingia ser um homem exemplar, tirava qualquer resquício de sua paciência. Ela girou a chave rapidamente e abriu a porta, invadindo o
Ao ouvir aquelas palavras, todos ao redor prenderam a respiração por um instante. Mas Valentina não caiu em desespero ou dúvida. Pelo contrário, ela soltou uma risada fria e sarcástica: — Você me conheceu ontem, por acaso? Antes de nos casarmos, você dizia que eu era inteligente e independente. Agora, me acusa de ser autoritária? E por que não admite que você é fraco demais? Que precisa pisar em uma mulher para sentir que tem algum valor? — Você... Chega! Quero o divórcio! Não aguento mais você! — Claro que vamos nos divorciar. E você vai sair sem nada! Todo mundo aqui viu o que vocês fizeram. Se tiverem um pingo de vergonha, saiam do meu estúdio agora mesmo. Caso contrário, eu vou denunciar vocês por roubo de arquivos confidenciais da empresa. — Você não pode fazer isso! Eu sou seu marido! Tenho direito à metade de tudo! — O homem gritou, com o rosto vermelho de raiva. Valentina estava prestes a responder que ele estava sonhando alto, mas Daphne deu um passo à frente, inte
Todos ficaram boquiabertos ao ver o rosto de Isadora. O mais surpreendente era que Isadora, com sua aparência e corpo medianos, nem chegava perto de competir com a elegância e o charme bem preservado de Valentina. O que o marido de Valentina tinha na cabeça para se envolver com ela? Enrolada na roupa que usava para se cobrir, Isadora começou a chorar e a falar entre soluços: — Directora Valentina, eu... Eu fui vítima de uma armadilha! Foi a Florence quem me chamou para a sala de descanso número 6! Assim que entrei, comecei a sentir um calor estranho e, depois disso, não me lembro de mais nada! Os presentes adotaram imediatamente uma expressão de curiosidade, como se estivessem assistindo a um drama ao vivo. A história estava prestes a dar uma reviravolta? Valentina franziu o cenho e olhou para Florence. — O que está acontecendo? Florence balançou a cabeça, claramente confusa. — Directora Valentina, eu realmente não sei por que Isadora está dizendo isso. Mesmo que eu qui