O pânico me petrificou. A adrenalina, antes minha aliada, agora me paralisava, deixando apenas a pulsação frenética do meu coração como trilha sonora do meu terror. O ar faltava nos pulmões, a boca seca, um nó na garganta me silenciava. Meus olhos, arregalados, absorviam a escuridão opressora da floresta, o silêncio ensurdecedor quebrado apenas pelo estrondo do meu próprio sangue nas têmporas. O medo, frio e viscoso, me envolvia como um manto, sufocando qualquer resquício de esperança. Era o fim. Eu ia morrer ali, destroçada, longe de Nova York, num vilarejo perdido, devorada por uma criatura sobrenatural que eu jamais imaginara existir. Então, uma voz, familiar até no inferno: __ “Não toque nela, Dion.” Ethan. Ali, sem camisa, pronto para o ataque. A visão dele, naquele cenário de pesadelo, foi um raio de esperança na escuridão. __“Ethan…” sussurrei, minha voz fraca e rouca. Ele nem me olhou, seus olhos fixos na fera que rosnava, presas afiadas à mostra. “Volte para casa, Dion.
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