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Todos os capítulos do Intuição - Siga Seus Instintos: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Capítulo 11
O ódio ainda pulsava em suas veias. Por mais que quisesse amá-la incondicionalmente era inegável o quanto a fúria de ter sido rejeitado assim como seu caro presente deixaram-no num estado em que a única coisa que desejava nesse instante era vê-la sofrer. Ansiava fulminá-la, uma vontade mórbida que corroía suas entranhas.Amanda tinha sido seu mundo, e em sua concepção o mundo no qual queria viver ela era uma peça fundamental.André atuou durante muito tempo. Dissimulado e rancoroso, anotou cada “deslize” que eventualmente sua ex-namorada tinha cometido, o homem obsessivo rascunhava em sua caderneta velha com capa em couro marrom, achava prudente tomar nota de todo conteúdo para que nada pudesse passar desapercebido mais tarde.Naquela noite não conseguiu pregar os olhos, rolou de um lado para o outro da cama, intercalando generosos goles de seu uísque preferido com um maço de cigarros. As baforadas misturavam-se com a bebida já quente, que vertia em sua boca de hálito amargo. O amargor
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Capítulo 12
Raul passou o dia com uma incômoda enxaqueca, e essa dor insuportável só se fazia presente em altos picos de estresse e esse tinha um nome: Amanda. A médica por quem começava a sentir algo diferente era tão cabeça-dura quanto ele, no entanto, o moreno de feições másculas e atraente baixou a guarda, jamais supôs que algo desse tipo pudesse acontecer com ele. O homem, cuja segurança e autocontrole eram imprescindíveis, sentia-se perto dela um pamonha.O encontro com Amanda fora ruim, mas não tinha intenção alguma de desistir dela, ele a queria mais do que quis alguém e suaria litros se fosse necessário para conquistá-la e provar a jovem dama que era mais cavalheiro do que bon-vivant sem coração. Sentado no sofá e acariciando a cabeça de Chico, uma ideia lhe surgiu.— É isso, meu amigo. O próximo a se consultar com a nossa doutora será você. — O cão só se mexeu porque os afagos cessaram. — Vamos ver, precisamos de um nome completo. O que me diz de Francisco Augusto Alves. — Chico deitou-s
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Capítulo 13
Na manhã seguinte, Raul ligou e Amanda atendeu. A reconciliação tinha sido apenas uma fatia do bolo, na verdade eles queriam muito mais, queriam tudo o que tinham de direito.Ambos haviam demorado para pegar no sono, pensando um no outro, no que sentiam quando estavam juntos e como algo tão forte poderia ser refutado.Como combinado, encontraram-se à noite. O moreno com o endereço dela em seu Waze não demorou e logo estacionava seu carro próximo ao condomínio onde Amanda residia. Ansiando vê-la, digitou rapidamente.Raul: Acabei de chegar. Ela respondeu depois:Amanda: Estou descendo. Ao se deparar com Raul, Amanda não soube disfarçar, deixou a emoção saltar por suas íris, abriu um largo sorriso e seguiu caminhando, apreciando-o sem desviar o olhar, encarando-o e pensando o quanto ele era uma tentação.— Oi. Demorei? — ela inquiriu e aproximou-se, ficando apenas alguns centímetros de distância.— Nem um pouco. — Raul não se conteve e não fazia questão alguma disso. Puxou a mulher
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Capítulo 14
Meses se passaram e o casal estreitou laços que eram impossíveis de serem desatados. Amanda apresentou Raul aos pais e ele fez o mesmo. Ambos estavam felizes, apaixonados e fazendo planos para o futuro, desta vez a médica não só compactuava dos sonhos do namorado como ela própria os idealizava. Tudo transcorria naturalmente e não poderiam desejar outro momento em suas vidas.Na totalidade parecia normal, tirando o ex-namorado de Amanda, que, embora estivesse apenas observando-os da coxia, jamais deixou de arquitetar algo que pudesse feri-la na alma.André manteve-se frio, o sangue que percorria seus órgãos nem sequer parecia humano. O déspota vigiava o casal dia após dia, incansavelmente. Ele colocou rastreadores nos carros tanto da Amanda, quanto no de Raul, fotografou os namorados em diversos ângulos, os filmou e teve a audácia de transformar o quarto de hóspedes num covil; um verdadeiro abrigo de malfeitores.O local que antes possuía as paredes em tons verde menta, atualmente ti
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Capítulo 15
— Fizemos inúmeros programas, mas casa noturna, nunca, tem certeza? — Amanda olhou para o homem ao seu lado que dividia a atenção entre ela e o volante e sorriu. — Se quiser, ainda dá tempo de desistir.— De modo algum, você me conhece de trás para frente e vice-versa, entretanto, minha versão arrasa pista não mostrei ainda. — Raul pegou a mão dela que estava pousada em sua coxa, levou até os lábios e depositou um beijo.— Então, tá. Vamos dançar, se bem que não danço nada.— Dançar não posso afirmar, quanto a rebolar em cima de mim isso você sabe fazer muito bem. — O casal se entreolhou e trocaram um sorriso sacana.Conversando e rindo das besteiras que Raul dizia, logo chegaram à casa noturna de nome estranho “Fatal” escolhida por ele para fazerem um programa diferente do habitual.Amanda achou o nome do local bem incomum e o namorado concordou, no entanto, concordaram mais uma vez em relação à decoração requintada do estabelecimento.Ao contrário das casas noturnas que conheciam, F
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Capítulo 16
Amanda acordou sentindo-se muito bem, ela supôs que encontrar com o ex fosse estragar a sua noite, mas foi o contrário, foi um passeio agradável, porque o homem que ela amava a fazia se sentir assim. Encerraram a madrugada fazendo amor nos lençóis egípcios que ela mesmo havia dado ao namorado de presente.— Aonde você vai? Volta aqui! — Raul empurrou o edredom, e puxou Amanda e sorrindo ela se esquivou.— Fazer xixi, estou apertada — ela balbuciou, rindo. — Cadê o Chico? — Amanda olhou no cestinho do cão, que ficava ao lado da poltrona no quarto do dono.— Provavelmente fugiu quando nos ouviu praticando para darmos um irmãozinho para ele.— Palhaço. — A mulher desfilando totalmente nua, jogou nele uma almofada que estava no chão e achando a ideia de ser mãe tentadora, seguiu para o banheiro.Amanda retornou e juntou-se a ele na cama.— O que acha de aparecermos de surpresa na casa dos meus pais para um almoço de domingo? — ele inquiriu.— Acho uma tremenda falta de educação — ela retor
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Capítulo 17
A ortopedista cruzou a porta da emergência para atender um garotinho que havia se dado mal andando de skate, o que a fez se lembrar do tombo que havia sofrido na infância.Com carinho e máxima atenção, o examinou.— Pronto, Miguel. Não foi tão ruim assim. — Ela sorriu para o menino e acariciou o peito do pé dele. — Preciso de uma tomografia e depois nos vemos novamente. Combinado? — Amanda fechou o punho para um cumprimento informal e ao mesmo tempo para distraí-lo. — A Márcia os acompanhará, após o exame eu volto para reavaliá-lo — repetiu, desta vez olhando para os pais do garoto.— Obrigado, doutora — O pai agradeceu e saiu acompanhado pela mãe que carregava uma bebê no colo e pela enfermeira que empurrava a cadeira de rodas.Amanda voltou para o consultório e seguiu com os atendimentos.— Oi, doutora, tudo bem?— Bom dia, Sônia, tudo joia e você? Corrido hoje?— Aqui até que está calmo, mas no hospital público que dei plantão essa noite, foi tenso.— Acidentes? — Amanda inquiriu.
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Capítulo 18
— Ele está bem, você vai ver, foi só um susto. — Raul beijou-a na testa e abraçou-a com força assim que a viu tão fragilizada.— É o que tenho pedido a Deus. Papai é um exímio motorista, não consigo imaginá-lo nessa condição.— Acontece, amor. Às vezes, desviou de algum carro, motociclista, saberemos em breve. Vamos?Amanda assentiu e, após fecharem a clínica, partiram para o hospital.Durante todo o trajeto, a médica permaneceu calada, chorando baixinho, rezando em silêncio, rogando pela saúde de seu pai.Todos que a conheciam, sabiam do amor incondicional que Amanda nutria por seu velho pai. A ortopedista amava a mãe, claro que sim, um amor tão grande quanto o que sentia pelo seu progenitor, mas era sabido que afinidade ela possuía com Glauco, eles tinham uma relação especial, e de forma alguma causava ciúmes na Estela, pelo contrário, ela os compreendia, pois tinha o mesmo apreço por seu falecido pai, avô da Amanda.Absorta, ela continuou olhando através do vidro do automóvel e só
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Capítulo 19
Amanda rapidamente enviou uma mensagem e tanto Raul quanto a sogra ficaram aliviados.— Acredito que o exame já deve ter terminado, vamos até lá? Seu pai ficará feliz.— Obrigada, Tadeu. Nem sei como agradecer a gentileza de vocês e o cuidado com o meu pai.— Tenho certeza de que faria o mesmo.A médica concordou com um aceno de cabeça.O trajeto foi curto e, apesar de conhecer intimamente esse tipo de ambiente, o coração dela deu um sobressalto, quando leu num sulfite com letras impressas CTI na porta do recinto onde o pai se encontrava.— Quando se trata dos nossos é diferente. Toda a nossa coagem rui. — Tadeu a olhou enternecido.— Nunca tinha passado por isso, está sendo bem difícil, confesso.— Ele está bem, dentro do possível e considerando o grau do acidente, segundo o que os paramédicos relataram as enfermeiras que o atenderam na chegada, seu pai nasceu de novo. Glauco está pronto, mas não para outra dessas. — Carinhosamente, Tadeu apertou o ombro de Amanda.Tadeu segurou a po
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Capítulo 20
A porta à sua frente se abriu e o médico sorriu ao vê-la, despediu-se do casal que atendia e a recebeu.— Mais tranquila?— Muito mais. Evitei focar nos hematomas, fraturas. Você está certo, quando algo assim acomete quem amamos, o nosso lado profissional dissipa. Posso verificar os exames? Não quero atrapalhá-lo.— E não atrapalha, de modo algum. — Com um olhar generoso, Tadeu a encarou e virou a tela do computador para que a Amanda pudesse ler os laudos.Com cautela ela foi checando cada linha, e sendo extremamente atencioso o médico explicou um detalhe da concussão que a prendeu por alguns minutos.A cirurgiã tinha noção que a atenção endereçada a ela tinha certo interesse por detrás, no entanto, continuou agindo como se não notasse os sinais. Amanda era completamente apaixonada pelo namorado e só tinha olhos para ele, os demais, apesar de bonitos e charmosos, passavam despercebido.— Alívio é a palavra mais adequada para ser usada nesse momento. — A mulher sorriu contido e suas ex
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