Eu conheço várias facetas do meu irmão: o supermacho, o que acha que sabe tudo, o que sempre estava pronto para defender a mim e a Alexander, o rei das piadinhas, o conhecedor de caras e bocas, e o que eu mais admiro, o seguro de si mesmo.Se me perguntarem se já vi meu irmão chorar em 26 anos, a resposta é não. Por ter sido o único filho criado sempre ao lado do meu pai, ele sempre foi durão, peito estufado para fora e, às vezes, até inventava de falar grosso.Quando íamos para o ringue de luta, ele era o valentão que ficava fazendo piadinhas. Embora muitas vezes apanhasse no ringue de Alexander, nunca deixava de sorrir e lançar suas piadas de mal gosto.Hoje, pela primeira vez, vejo um lado quebrado do meu irmão que me destrói. Desorientado, sem salvação, o lado que eu desejava nunca ver dele. Só queria que tudo voltasse a ser como antes.Eu o encaro, sentado no sofá da sala, segurando uma caixinha aberta com dois pares de alianças, alianças que ele não teve tempo de entregar.— Pre
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