Nicolas Santorini Eu terminava minha fatia de torta, o olhar perdido no vazio, enquanto o peso das responsabilidades parecia esmagar meu peito. Jhulietta se preparava para sair da cozinha quando a chamei, quase sem pensar. — Jhulietta, você tem um minuto? — perguntei, sem muita certeza de como iniciar a conversa. — Claro, Nicolas. — Ela respondeu prontamente, seu tom respeitoso, mas sem a formalidade excessiva de antes. Suspirei, sentindo a necessidade de ar fresco. — Vamos ao jardim? Acho que precisamos de um pouco de ar. Ela assentiu e me acompanhou. No jardim, as luzes baixas iluminavam delicadamente as flores. O aroma das rosas se misturava à brisa noturna, criando uma atmosfera serena. Paramos perto da fonte, onde a água fluía suavemente. Olhei para o céu, as estrelas pareciam tão distantes quanto as respostas que eu buscava. — Parece que tem algo te incomodando, Nicolas. Quer conversar sobre isso? — perguntou Jhulietta, com uma voz gentil, mas firme. Hesitei por alguns s
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