Todos os capítulos do AMORES SELVAGENS: O CONTO DA PRINCESA E O BÁRBARO: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Cap:  11- Intrigas
“Nunca esqueça quem você é, o resto do mundo não vai esquecer. Vista isso como armadura, nunca poderá ser usado para o machucar.”O dia amanheceu, os primeiros raios de sol infiltrando-se pelas janelas, iluminavam o ambiente com uma luz suave. Astrid, exausta após horas de choro, despertou no chão do quarto, seu corpo dolorido e sua mente ainda confusa. Ao abrir os olhos, a realidade a atingiu como uma onda. Ela olhou para a cama e percebeu que Ragnar não havia dormido lá. Seu coração apertou ao recordar os eventos da noite anterior, a dor e a humilhação voltando com força.Lentamente, sentindo os músculos ainda pesados, dirigiu-se ao banheiro para fazer suas higienes matinais. A água fria no rosto parecia revigorá-la, mas não conseguia afastar a tristeza que a envolvia. Após se arrumar, vestiu um vestido lilás simples, que contrastava com a opulência do que poderia ter usado em sua noite de núpcias. A cor suave era um lembrete de sua inocência e ao olhar-se no espelho, desejou que a
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Cap:  12 -
Depois do tumulto da manhã, Ragnar partiu com seu exército em direção às terras vizinhas, deixando Astrid com um vazio doloroso no coração. Já fazia quinze dias que ele estava ausente e a angústia dela crescia a cada dia. Os rumores pelos corredores não eram promissores. Havia sussurros sobre um líder cruel da aldeia vizinha, que supostamente estava abusando de mulheres e crianças. A inquietude se instalou em seu peito, uma preocupação que, embora soubesse que não deveria sentir, se apegava a ela. Ela estava sentada à mesa do castelo e tentava absorver as conversas ao seu redor, mas sua mente estava longe, perdida em preocupações. Não tinha notícias de Ragnar ou de seu exército e a ansiedade a consumia. Com um gesto decidido, Astrid se levantou da mesa e dirigiu-se à parte externa do castelo, a noite já havia chegado e a lua estava alta no céu, lançando um brilho prateado sobre o mundo ao seu redor. Enquanto observava o céu estrelado, o som de cascos de cavalos a fez virar-se rapid
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Cap:  13 -
— Basta, Inga! — o rei selvagem rugiu, batendo com força sobre a mesa. O som ecoou pelo salão, fazendo todos se virarem para ele com expressões de surpresa e medo. Ragnar encarou Sigrid e disse com sua voz carregada de autoridade: — Leve a refeição dela para os aposentos, Sigrid. — Virou-se novamente para Inga, sentindo o corpo estremecer de raiva e disse: —Quanto à você, veja como fala da sua Drottning, ela é a sua rainha, se não entender isso, mando cortar sua língua fora!As palavras de Ragnar ressoaram no ar, cada sílaba carregada de um peso que todos podiam sentir. Irritado, ele se levantou da mesa e saiu apressadamente em direção aos seus aposentos, deixando um rastro de tensão atrás de si. Thyra e Ylva trocaram olhares cúmplices, e sorriam satisfeitas, enquanto Inga, furiosa, se levantou da mesa e saiu, a raiva transparecia em cada passo que dava.Sigrid, satisfeita com que tinha acontecido, sorriu para Erik e se levantou, decidida a levar comida para sua rainha. Rolf, obs
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Cap:  14 - Os cinco poderes
“Não há justiça no mundo, a menos que a façamos.”Astrid acordou mais cedo do que o habitual, o sol ainda estava tímido no horizonte. Com um movimento automático, levantou-se da cama e se dirigiu ao banheiro, onde a água fria a revigorou enquanto tomava um banho. A sensação da água escorrendo por sua pele parecia trazer uma leveza momentânea, mas as preocupações ainda a atormentavam. Após se vestir, optou por um vestido simples, mas elegante, que refletia sua natureza delicada. Saindo do quarto, ecos de risadas e conversas a alcançaram. Ela ouviu alguns selvagens comentando que Ragnar já havia saído. Caminhando em direção ao quarto de Sigrid, notou que a amiga não estava em seus aposentos, o que a deixou intrigada. "Talvez ela tenha acordado cedo para ajudar Thyra ou Ylva com algo", — pensou consigo mesma.Ao encontrar Rolf, ele confirmou que as guerreiras estavam treinando com o exército. Um aperto no estômago a atingiu. — Logo agora que precisava ir até a vila conversar com Freya.
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Cap:  15 - Sentimentos surgindo
“Se quiser uma vadia, compre uma. Se quiser uma rainha, conquiste-a.”Ragnar cumpria rigorosamente a promessa que fez a Astrid: Nunca mais a tocou. Não era por falta de desejo, longe disso, mas ao olhar em seus olhos e ver o pavor, aquilo o destruiu. As palavras que ela proferiu, dizendo preferir a morte a estar casada com ele e as lágrimas que derrubou, o feriram profundamente. Toda manhã, antes de sair para treinar, ele passava pelo lago que ficava ao lado do castelo. Era como se o destino o tivesse colocado naquele caminho, pois frequentemente a via ali com Sigrid, enquanto se banhavam.Estar perto de Astrid proporciona a ele uma paz inexplicável, uma serenidade que o atraía de forma quase magnética. Ele queria estar perto dela cada vez mais, mas a promessa que fizera o atormentava. Ragnar era um homem de orgulho inabalável e nunca voltava atrás em suas palavras. Isso tornava a tarefa de se manter afastado dela um verdadeiro tormento.Em uma manhã ensolarada, Astrid decidiu se ave
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Cap:  16 - Entregando-se ao desejo
“Possuo um entendimento realista das minhas forças e fraquezas. A mente é a minha arma.”Ele se reprovou por ter sido visto, deveria se passar invisível, caso fosse um inimigo, estaria morto. Derrotado suspirou fundo e saiu por trás dos arbustos e Ragnar surgiucom um sorriso sem graça.— Como sabia? — Questionou se aproximando. — Não sei. Senti que era você. — Ele parou diante dela. — Não sei se fico ofendida ou se agradeço por essa sua superproteção.— Fique agradecida, nunca vou tirar proveito disso. — Disse, sério. — Que pena... — Murmurou. Eles se encararam. O desejo era tão palpável que Ragnar não resistiu ao impulso de puxá-la pela nuca e lhe dar um beijo. Era o primeiro beijo deles depois do casamento e Ragnar se regozijava por ser ele a despertar-lhe a paixão. Ela sentiu as pernas tremerem e apoiou as mãos no peito dele sentindo o calor do corpo dele sob seus dedos. O coração de ambos batia em uníssono e estavam ligados para sempre. O beijo era intenso, sofrego, voluptusoso
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Cap:  17 - Compreendendo sentimentos
“Muitos que vivem merecem a morte e alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte, pois até os muitos sábios não conseguem ver os dois lados.”Astrid estava angustiada. Sentia Ragnar cada dia mais distante e isso a fazia sofrer. Depois do que aconteceu no lago, nunca mais se falaram. Era doloroso desejar tanto estar em seus braços, tê-lo tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Precisava de ajuda, queria compreender seus sentimentos e o porquê dele se afastar. Acordou cedo, escolheu um vestido discreto e envolveu seu corpo com uma capa saindo do castelo sem ser vista. Aproximou-se devagar do local onde era a casa da selvagem e de forma tímida bateu na pequena porta. Sentiu o delicioso cheiro de comida e sorriu, o ambiente familiar trazia lembranças calorosas de seus pais e de sua infância. Sorriu ao se deparar com os olhos avermelhados de Alva ao abrir a porta. A menina sorriu largo e gritou para a mãe:— Mamã
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Cap:  18 - Descobertas
“Se você for tirar a vida de um homem, olhe em seus olhos e ouça suas palavras finais, mas se você não suporta fazer isso, talvez o homem não mereça morrer.”Ragnar estava sentado em sua grande sala, reunido com seus conselheiros, o clima no ar era palpável. Ele sentia o peso das últimas notícias que chegaram, cada palavra ecoava em sua mente como um tambor distante, prenunciando uma tempestade que estava prestes a vir.— Quer dizer que profanaram o túmulo de Vidar? — perguntou o loiro com a voz firme, mas carregada de preocupação, além de tudo o que isso significava, ainda tratava-se do pai de sua rainha. De sua cadeira, com o olhar fixo em Rolf, aguardava uma resposta— Sim. — respondeu o lord, encarando o selvagem, preocupado com a gravidade da situação.Erik não pôde deixar de questionar:— O que eles buscavam?— Não é óbvio? O poder oculto — respondeu Rolf frustrado.— Como assim? Sabemos que o poder oculto de Vidar não fazia parte de sua geração. — falou Erik, lançando um olhar
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Cap:  19 - A maldição
“Parece-me que uma rainha que não confia em ninguém é tão tola quanto uma rainha que confia em todo mundo.”Astrid e Sigrid sentaram-se na grande sala. Ylva se encostou na mesa e olhou para Thyra que começou a falar:— Vocês devem estar se perguntando o que acabou de acontecer naquela sala, não é mesmo? — Astrid e Singrid nada falaram. — Bem, é de se admirar você nunca ter ouvido sobre a lenda de criação do mundo, sobre os poderes de Odin, Bjarte e seus descendentes. — Eu… — Diga, você conhece a história? — Apenas o que diz respeito ao meu clã. — Conte-nos o que você sabe. Astrid suspirou fundo e começou:— Sei que o meu clã possui o domínio do “Altseende”. Um poder oculto ocular, capaz de enxergar as fontes de poder do inimigo. Sei também que temos um parentesco com os elfos das Terras médias e que por isso, nos é conferido longevidade e beleza. — As mulheres ouviam com atenção.— Nunca entendi porque o “Skjult Magt” não surgiu no meu pai, ou no meu primo. Papai sempre acredito
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Cap:  20 -  O fio invisível
“Nunca se esqueça de quem você é, porque o resto do mundo nunca se esquecerá. Use isso como uma armadura, assim nunca poderá ser usado para feri-lo."Após o tumultuado encontro no escritório e as revelações que abalaram a confiança entre eles, Ragnar encontrava-se em um estado de introspecção. Erik olhava fixamente para seu amigo, que dormia pesadamente, sabia que a expressão serena no seu rosto contrastava com a tempestade de emoções que fervilhava no interior do selvagem. Tinha a plena certeza de que quando acordasse, Ragnar ficaria furioso com a situação em que se encontravam. O rei detestava perder o controle, especialmente diante de um amigo tão próximo. A luta constante contra o demônio que habitava seu corpo o deixava vulnerável e Erik exausto. As cicatrizes que marcavam sua pele eram testemunhos de cada batalha interna que enfrentava.Erik estava perdido em pensamentos quando a porta do quarto se abriu e Astrid entrou. Os olhos escuros do selvagem a observavam com curiosidade
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