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43 chapters
CAPÍTULO 41
EmillyO carro some da minha vista e confesso que me assusto com o tamanho da dor que pesa sobre mim. A garganta se fecha e me falta ar. É como se os pulmões estivessem se comprimindo. Achei que havia chorado tudo o que podia, mas as lágrimas jorram sem controle algum. Encosto atrás de uma coluna fora da visão de quem passa pela rua e tento me controlar antes de sair do prédio.É quando ouço a voz de Alex atrás de mim.— Emilly?No susto, me viro rápido, e a dor aumenta ao ver a forma complacente com que me olha. Sim, estou digna de pena, por isso ajeito o cabelo e passo o dorso da mão pelo rosto, tentando secá-lo.— Oi, Alex. — O fio de voz que sai não parece nada com a minha.— Conseguiu encontrar o Cris?— Sim, acabou de sair. — Aponto a rua me obrigando a sorrir e fingir que não está doendo demais.— Que bom que veio, ele estava arrasado pensando que iria embora sem te ver.Olho na direção do portão e volto a encará-lo. Seu olhar é tão terno, que sou incapaz de mentir ou sequer om
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CAPÍTULO 42
EmillyNosso tempo juntos foi pouco para justificar como me sinto. Como pode alguém significar tanto na minha vida, em tão pouco tempo? Mas foi assim que aconteceu. Cris tinha um jeito de me olhar inigualável. A gente se comunicava e se entendia dessa forma, mesmo sem palavra alguma. Ele fazia com que eu me sentisse única, especial. E sofro muito a sua ausência. Até que foi ficando mais fácil. Ou, talvez, eu esteja fingindo tão bem, que até mesmo me convenço de que superei.Depois de vê-lo com Samantha na capital, pensei tanto sobre isso. Todos os argumentos e motivos que me deu para terminarmos foram esquecidos e sufocados pela ideia de que terminou para voltar com aquela mulher. Tentei ser indiferente, paquerar, sair com uns caras, mas falhei como se estivesse estragada para outros homens.Afundei-me no trabalho, ampliei a empresa e, no tempo vago, me ocupo no ginásio, treinando as lutas que os policiais ensinam aos adolescentes. Depois do trauma que Alberto criou em mim, saber me d
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EPÍLOGO
CristianoMeses depois...Como sempre, estamos em frente ao D’ângelo Grill, com Gustavo fazendo piadas sobre casamento e polícia, e Alex tentando me acalmar, tanto das piadas de Gus quanto da situação geral. Conferi o bolso da jaqueta quatro vezes e as alianças estão na caixinha preta camurçada como deixei.Quando Vanessa bate no meu braço e indica o outro lado da rua com o queixo, um frio estranho misturado a uma sensação quente, rodopia em minha barriga. Emilly está chegando. Viro e, ao vê-la, abro um largo sorriso. Ela está perfeita. Aliás, ela é perfeita.Olha para os dois lados, esperando uma brecha no trânsito para atravessar a avenida e levo um susto quando um garoto passa atrás dela correndo. Ele quase a derruba no chão ao puxar sua bolsa. Antes que ela reaja ao susto e grite, estou correndo atrás do meliante. Atravesso a avenida sem pensar, espalmando as mãos diante dos carros e parando o trânsito. Os motoristas freiam buzinando alto e me xingam, mas eu só enxergo aquele meni
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