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Todos os capítulos do Rendida pelo alfa: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Capítulo 31
Eu tenho certeza que se eu contasse essa história pra qualquer um, ninguém acreditaria em mim. Sequestrada e mantida em uma cela do lado da de um palhaço? Fala sério! Quem em sã consciência sequestraria e trancafiar um palhaço??Se a alguns dias atrás eu estava agradecendo pelos céus terem me poupado de uma claustrofobia, já que passei tempo demais em lugares escuros e apertados, hoje seria o dia de agradecer aos céus por não ter coulrofobia, isto é, a famosa de fobia de palhaços.Mas se as coisas continuassem do jeito que estão, eu sendo mantida aqui como prisioneira nessa cela minúscula e a droga de um palhaço me encarando a uma luz precária, eu sairia daqui com essas duas fobias agregadas ao meu histórico, isso mantendo o pensamento otimista de que eu sairia daqui.Mas querendo ou não, estava acontecendo. Pelo menos agora eu tenho um palhaço calmo do meu lado, ao contrário do berrante cheio de lágrimas que ele tinha se tornado a poucos segundos atrás. -Escuta, se você não sabe po
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Capítulo 32
-Deixa eu ver se eu entendi…posso fazer uma recapitulação do meu próprio jeito?-Claro, senhorita. Da mesma forma que me deu minha liberdade artística com a minha história, não vejo por que não você não deveria ter o mesmo direito. Fique à vontade, e eu vou corrigir caso você não tenha entendido algum ponto.-Tudo bem, vamos lá…Tinha um tipo de líder ou alguma coisa parecida, que tinha um primo ou talvez um irmão, que pegou o lugar de liderança desse líder e levou toda a sua tribo ou seja lá o que, pra uma morte certa em uma guerra com outra tribo? Então o irmão do antigo líder mandou ele pra longe, ou talvez tenha prendido ele em algum lugar para que ele não pudesse se meter no seu reinado fajuto, mas por algum motivo que Deus sabe qual foi, não resolveu matar o antigo líder? E agora, mesmo depois de ter estragado tudo e provavelmente matado algumas pessoas, esse novo líder fajuto agora prefere só buscar mais formas de fazer a situação ficar pior? E isso pra que? Pra tomar mais deci
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Capítulo 33
Mesmo estando com fome, comi apenas umas duas mordidas daquele pão horrível com poucos goles da água.-Eles te trouxeram comida? -Eu pergunto ao Snoo. -Sim, quando você estava dormindo.-Bom…espero que você tenha tido mais sorte que eu no cardápio do dia. -Pode apostar que não.Decidi não perguntar mais nada, estava começando a me sentir entrando numa espécie de fundo de poço na minha mente, conforme a esperança ia se acabando, e eu não tinha muito mais combustível para alimentá-la. Vale mesmo a pena eu continuar nessa busca por respostas? O que iria mudar? No final das contas eu continuaria presa aqui independente de quanta energia eu dedicasse em pressionar o palhaço por mais respostas. No máximo, ele me daria mais uma ou outra droga de enigma como se eu fosse a merda do Sherlock Holmes. Eu não tinha mais energia pra gastar nisso, não agora. Eu não sei por quanto tempo mais eu fiquei afundada nessa minha poça de autopiedade até pegar no sono de novo.—O tempo corre diferente qua
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Capítulo 34
Sabe aqueles dias, quando se tem um sono tão gostoso, que seu corpo parece uma pedra na hora de acordar? Ele fica duas vezes mais pesado, enquanto a cama de baixo de você parece mais leve, como uma enorme almofada cheia de plumas das aves mais finas que existem na terra. Os olhos, pesados como se alguém tivesse grudado eles com fita adesiva, e os pensamentos nublados, ainda com a memória do último sonho, isso nos dias em que se sonha. Isso estava acontecendo comigo, exatamente agora. Mas teve uma controvérsia. Eu não estava acordada, mas sim, entrando em um sonho cada vez mais fundo. Parei completamente de sentir meu corpo cansado e dolorido, e agora novas sensações começavam a cercar um corpo novo, e tudo que eu estava sentindo estava coberto por uma fina camada de fumaça que nublava todos os meus pensamentos. A primeira sensação de que tenho consciência são dos beijos suaves sendo distribuídos pelo meu pescoço, meus ombros e que iam descendo cada vez mais, isso, e a sensação de uma
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Capítulo 35
Quando nos separamos um pouco tempo depois, naquela mesma bagunça ofegante que sempre parecemos, eu nem espero muito tempo para recuperar o fôlego antes de fazer a pergunta que estava na minha cabeça faz um tempo considerável.-E então, quando planejava me contar que é um lobisomem? -Ele fica estático e me olha com uma cara tão confusa que chega a ser fofa.-O que? -Ele me pergunta, com seu tom de voz refletindo os mesmos sentimentos de confusão que estavam cravados na sua expressão. -Quando. Você. pretendia. Me contar. Que. É. Um. Lobisomem? Eu digo pausadamente para dá-lo a oportunidade de entender melhor o que eu tinha dito, afinal, não tinha tanta certeza o que aquele ‘O que?’ significa.Ele fica bastante tempo me encarando sem responder nada, e de novo, acho isso uma graça. Eu quase conseguia ver as engrenagens girando na cabeça dele, junto com uma pequena versão de um Sherlock Holmes enquanto ele tentava raciocinar como eu havia descoberto seu segredo. -Como você…? - Ele perg
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Capítulo 36
m o que deveria ser a maior cara de bocó o planeta terra, isso não significava que eu queria sair daqui. Não significava que eu estava falando sério sobre fugir. Aqui com certeza era infinitamente melhor do que o mundo real, não importando o quão constrangida eu estivesse com tudo isso. Mas as coisas agiam por conta própria, e o que eu queria e deixava de querer não era nem um por cento relevante para a grande balança cósmica do universo.E foi por isso que eu senti chegando, a névoa me cobrindo, a dormência em um dos braços pois provavelmente eu estava de alguma forma, dormindo em cima dele no mundo real. Eu estava acordando, e Cedric deve ter percebido isso pela minha cara de pavor, pois já me ofereceu um dos sorrisos mais reconfortantes que ele poderia ter me dado, mesmo eu conseguisse ver o medo e a dor dentro dos seus olhos por eu estar indo embora para um lugar onde ele não podia me alcançar por enquanto. -Vai ficar tudo bem. Eu prometo a você. Lembre-se que você só precisa
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Capítulo 37
Aquele homem assustador me levou por paredes e mais paredes de pedra, com tochas penduradas em cada canto daqueles corredores, dando uma iluminação muito mais assustadora e gótica do que eu gostaria nessa situação. Eu tinha começado a pensar na minha teoria de ter sido levada para um lugar mais longe do que eu pensava inicialmente. Talvez a Escócia ou até mesmo a Transilvânia. Mas então, conforme íamos andando, eu quase pulei para trás quando reparei em algo que eu com certeza não tinha visto mais cedo antes. Todas as tochas, absolutamente todas elas, eram elétricas, com uma lâmpada vermelha patética fazendo o serviço de tentar imitar a luz de um fogo. Eu só não achei que reparar em tochas não era algo que merecia minha atenção, mas agora, eu acho que um castelo assombrado não teria nenhum aparelho desse tipo movido a pilha.O azar era que não tinha nenhuma mísera janela no caminho que estávamos seguindo, então eu não conseguia nem sequer ter uma noção de onde estávamos, ou que tipo
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Capítulo 38
Eu esperei, e esperei mais um pouco. É extremamente difícil ter qualquer tipo de noção do tempo quando se está tão ansiosa quanto eu estava nesse momento, e não se tem um mísero relógio que possa consultar. Minhas mãos suadas me davam um receio daquela tampa pesada acabar escorregando da minha mão e eu acabar me entregando. E se eu errasse o alvo? Se ele entrasse, já me visse de primeira e atirasse em mim ,sem nem que me desse tempo de perceber o que foi que me atingiu?Era difícil parar os pensamentos, mas quando eu ouvi uns murmúrios do outro lado da porta e logo depois percebi ela começando a se abrir, fui surpreendida quando aquele jorro de adrenalina começou a preencher todo o meu corpo de um segundo para o outro. Apesar de humanos não terem superpoderes, uma super dose de adrenalina no nosso organismo podia fazer chegarmos bem perto de ter. Era exatamente esse neurotransmissor que fazia as mães levantarem carros para salvar os seus bebês em situações de perigo, e eu comecei a
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Capítulo 39
Esse era algum dos momentos em que eu facilmente poderia acreditar que tinha, em algum lugar, algum tipo de entidade universal que estava me assistindo em alguma espécie de grande telão, e apenas com um aceninho do seu dedo fazia alguma coisa pra me ajudar.Não, eu não estava falando de qualquer tipo de Deus. No máximo um Leprechaun, um homem baixinho e barbado vestido de verde que tem poderes de dar ou tirar a sorte quando bem entender. Quem sabe de repente, eu tinha virado seu programa favorito, e para as coisas não acabarem e continuarem no ápice da emoção, ele tinha resolvido me ajudar. Digo isso porque aquele caminho, dentre tantos outros que eu poderia ter escolhido, deu direto em uma saída, e na situação que eu estava, golpes de sorte como esse só podiam ser obras de seres místicos, pois toda a situação ao meu redor apontava que eu deveria me dar mal, e muito. Independente disso, agora eu com certeza passaria a ter um pouco mais de fé nesse homenzinho, torcendo para que ele me
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Capítulo 40
POV CEDRICOs dias pareciam idênticos às noites. Era tudo cheio de uma culpa ansiosa, tormentos vivos em forma de pesadelos quando se está acordado. Se ele tivesse marcado ela, mordido bem onde ele tanto queria, na curva onde seu pescoço encontra seus ombros, onde o cheiro dela era mais forte, ele poderia senti-la onde quer que ela estivesse, e talvez assim não estivesse nessa agonia dez vezes pior carregada com o “Não saber”.O não saber era terrível, tão terrível que parecia consumir ele de dentro pra fora, e só deu uma pausa considerável depois de ver Odette, sua rainha dos cisnes, dentro de seus sonhos.Em algum lugar alguma coisa tinha atendido seus chamados desesperados, alguma coisa tinha sentido pelo menos uma mísera parte de tudo que estava o corroendo, e tinha feito isso por ele. Não que ele fosse desistir de ir atrás dela, sem ver ela nos sonhos ou vendo ela nos sonhos, isso era tudo que ele ia fazer, ir atrás dela não importando onde ela estivesse. Ele era como os homens o
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