Evangeline sentava-se na antiga cadeira de madeira do escritório de seu pai, Hector, sua postura rígida e os olhos marejados de incerteza. A casa parecia mais fria do que o habitual, e o ambiente, carregado de memórias, fazia-a se sentir como se estivesse de volta ao passado. As paredes de pedra e os móveis pesados pareciam vigiar cada movimento, cada respiração.— Você... você tem certeza? — perguntou Hector, a voz profunda, mas trêmula. Seu olhar era fixo nela, como se tentasse decifrar os segredos que ela trazia. A palavra "Luigi" ecoava pela sala como um trovão distante, ameaçador, e ele não conseguia esconder o choque que sentia.Evangeline mordeu o lábio, sentindo a pressão do olhar do pai sobre ela. O nome de Luigi, seu marido, não devia ser falado ali, mas não havia mais como negar a verdade.— Sim, pai. Luigi. Ele é meu marido — respondeu ela com uma calma superficial, tentando não deixar transparecer o turbilhão interno que a consumia.O silêncio que se seguiu foi denso, qua
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