(Esmen)— Então deixe de ser cego! Não irá ganhar nada com isso. Nem satisfação terá! — assegurei entre dentes. No fundo, eu gritava, o insultava.— Terei. Nem que seja uma pequena parte. Eu terei! — ele era teimoso como uma mula velha.Irritada, me sacudi em suas mãos, tentando me desvencilhar do seu aperto dolorido.— Solte-me! — exigi, estava irritada demais para medir palavras.— Quem pensa que é para falar assim? — ele começou a me empurrar pelos braços para trás.— Eu não sou ninguém, e por isso, não me preocupo com alguém como você. — tentei não tropeçar; não eram meus pés nos levando a movimentar, era a força dele.— Isso, ninguém. Mas uma ninguém na minha posse. Você será o que eu quiser que seja!Senti minhas pernas baterem em algo que me derrubou, as mãos dele me deixaram imediatamente. Ele permaneceu de pé. Eu estava deitada na cama, me sentindo ridícula a cada segundo que passava.— Não serei! — assegurei com raiva.O corpo dele se inclinou na minha direção, me assustando
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