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um Refúgio Efêmero.
Um Refúgio EfêmeroChegando ao hotel luxuoso em Fortaleza, Miguel, Cecília e Clara foram recebidos na recepção. Cecília, sempre atenta ao seu reflexo e postura, logo se afastou, sentando-se em uma poltrona na área de espera. Ela cruzou as pernas com elegância, pegou uma revista e ignorou completamente Miguel, enquanto ele fazia o check-in com Clara ao lado. Miguel optou por um quarto com duas suítes, uma para casal e outra separada.Assim que o atendente entregou as chaves, Cecília, com desdém, fez um sinal com a mão.— Vai, vai na frente, Miguel.Miguel suspirou e seguiu com Clara empurrando sua cadeira de rodas até o elevador. A viagem até o quarto foi silenciosa. Ao chegar, Miguel pediu que Clara o levasse até a varanda. Lá, ele respirou fundo, sentindo o vento marítimo tocar seu rosto.— Meu Deus, onde é que eu me meti? — sussurrou, frustrado.Clara se posicionou ao seu lado, colocando uma mão gentilmente em seu ombro.— Eu só quero ver até onde você vai suportar tudo isso.Migue
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Segredos entre Colunas.
Traições à Vista e Sentimentos em ConflitoClara estava no quarto de Miguel, terminando de ajeitá-lo para descansar, quando percebeu que havia esquecido de solicitar alguns itens de higiene na recepção.— Vou até a recepção pegar umas coisas — disse Clara, tentando soar casual.Miguel acenou com a cabeça, já demonstrando sinais de cansaço. — Tudo bem. Eu vou descansar aqui, qualquer coisa me chame.Clara desceu até a recepção, caminhando pelo hall iluminado do hotel, mas ao virar um corredor, avistou Cecília com um homem que ela não conhecia. A postura casual de Cecília ao lado dele chamou sua atenção, e Clara não conseguiu ignorar a curiosidade que crescia dentro dela.Com passos leves, ela se escondeu atrás de uma coluna próxima e observou. O homem puxou Cecília de repente, e o que se seguiu foi um beijo profundo, cheio de desejo. Não havia afeto ou carinho naqueles movimentos, apenas uma química física intensa e descarada. As mãos dele percorriam o corpo de Cecília com uma confianç
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Entre verdades e Cuidados.
Quando o silêncio é mais revelador que palavrasClara observava Miguel dormir profundamente, o cansaço evidente em seu corpo. A respiração dele havia se acalmado depois de tanto sofrimento. Ela se recostou na poltrona ao lado da cama, pegou seu livro e começou a ler novamente, tentando se distrair dos pensamentos que insistiam em voltar.De repente, a porta se abriu bruscamente, revelando Cecília com uma expressão furiosa. Ela não se preocupou em ser discreta e, com os braços cruzados, ordenou:— Vem aqui agora. Vamos conversar.Clara suspirou profundamente, fechou o livro e o colocou de lado. Levantou-se e caminhou até Cecília, fechando a porta com cuidado para não acordar Miguel.— O que foi, Cecília? O que você quer? — Clara perguntou, mantendo a voz calma, mas firme.Cecília deu um passo à frente, estreitando os olhos.— Você quer o meu noivo, é isso? Tá dando em cima dele com esse papinho de enfermeira? Vamos lá, abre logo o jogo!Clara manteve a compostura, inclinando a cabeça l
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Manobras Silenciosas.
O Encontro entre Orgulho e Verdade.Cecília desligou o telefone com um sorriso satisfeito. Ela sabia que, quando seu pai dizia "vou resolver isso", ele realmente faria o que fosse preciso. Cecília entrou no quarto e esparramou-se na cama, aliviada, sentindo-se momentaneamente vitoriosa.Enquanto ela se esticava preguiçosamente entre os travesseiros macios, Miguel, pegava o celular. Sentia uma leve dor latejante na cabeça, mas nada comparado à noite anterior. Ele abriu o WhatsApp e, com os dedos ainda um pouco trêmulos, enviou uma mensagem rápida para Clara:Miguel: "Pode vir aqui?"Clara, que estava no quarto ao lado, já estava acordada e lendo um livro, mas largou tudo assim que viu a mensagem. Sabia que Miguel precisava dela. Vestiu algo confortável e, sem fazer barulho, saiu do quarto.Ao chegar ao quarto de Miguel, encontrou-o sentado na poltrona próxima à varanda, os olhos perdidos na paisagem. Havia algo em seu semblante que misturava cansaço e frustração. Ela o tirou do quart
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Revelações ao Luar.
Verdades e Silêncios. "Segredos à Sombra do Jardim".Miguel permaneceu em silêncio, observando Clara chorar ao seu lado. Algo dentro dele queria puxá-la para perto, abraçá-la e prometer que tudo ficaria bem, mesmo sem entender completamente o que estava acontecendo entre eles. Ele sabia, de algum modo, que aquela mulher carregava respostas que seu coração ansiava, mas que sua mente ainda não conseguia alcançar.Após alguns minutos, Clara se recompôs, enxugando as lágrimas com as costas das mãos, embora a dor ainda estivesse evidente em seus olhos. Miguel estendeu a mão para ela, mas Clara hesitou, como se aquele gesto simples tivesse o poder de desmoronar todas as barreiras que ela tentava manter em pé.— Me desculpe. — disse Clara, sua voz frágil. — Eu só... Eu só não sei como lidar com tudo isso.Miguel inclinou-se ligeiramente na cadeira, os olhos firmes nos dela.— Clara, eu preciso saber a verdade. Mesmo que seja difícil, mesmo que me machuque. Eu preciso das minhas memórias de
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Entre Sonhos e Fragmentos de Lembranças.
Acordando Sem LembrançasCecília entrou no quarto, silenciosa como uma sombra. Os sons ao redor eram abafados pelo silêncio pesado da madrugada. Ela abriu a porta com cuidado, verificando se Miguel estava acordado, mas encontrou apenas tranquilidade: Miguel dormia profundamente, enquanto Clara estava sentada na poltrona, imersa na leitura de um livro, iluminada pela luz suave do abajur.Sem esboçar uma reação, Cecília foi direto para o banheiro. A água do chuveiro abafava seus pensamentos confusos enquanto o vapor enchia o espaço ao seu redor. Quando saiu, enrolada num elegante roupão de seda, encontrou Clara olhando-a com um sorriso contido e balançando a cabeça em reprovação silenciosa. Ignorando a expressão da enfermeira, Cecília deitou-se na cama ao lado de Miguel, virando-se para o outro lado e puxando o lençol sobre si, como se o peso de seus segredos e ações pudesse ser encoberto pela tranquilidade aparente do sono.Quinze minutos depois, o silêncio foi rompido pelos murmúrios
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Cumplicidade em Cada Gesto.
Te quero vida, seja minha para Sempre?Clara entrou no quarto enquanto Miguel se acomodava na poltrona próxima à janela, com o olhar distante e um meio sorriso nos lábios. Havia alívio em estar de volta, mas também uma expectativa silenciosa no ar, algo que ele não conseguia nomear, mas que o aproximava ainda mais dela.— Miguel, vou preparar o seu banho, tá? — disse Clara, suave, quase em um sussurro.Miguel apenas assentiu, observando-a com um brilho nos olhos, algo entre admiração e desejo. Ele a seguia com o olhar enquanto ela organizava as toalhas, enchia a banheira com água morna e selecionava óleos aromáticos. O som suave da água enchendo a banheira trouxe uma calma instantânea, mas a presença dela era o que realmente o confortava.— Está pronto, Miguel. — Clara se aproximou dele, oferecendo sua mão.Ele segurou a mão dela com firmeza e, em silêncio, ela o ajudou a se levantar e caminhar até o banheiro. Cada toque era carregado de significado, de uma intimidade silenciosa que n
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Encontro de Almas, Saudade de Nós.
O Peso da EntregaO quarto estava envolto por uma penumbra suave. A iluminação delicada das lâmpadas ao longe criava sombras que dançavam nas paredes, enquanto a brisa leve da varanda entrava pelas janelas abertas, tornando o ambiente sereno e íntimo, perfeito para um momento que parecia inevitável.Miguel respirava com dificuldade, não por cansaço, mas pela antecipação. Seus olhos estavam fixos em Clara, que permanecia próxima, os lábios entreabertos, o coração acelerado. Ele segurou a mão dela com firmeza, os dedos se entrelaçando como se nunca mais quisesse soltá-la.— Fique comigo... — ele repetiu, a voz baixa, quase um sussurro, carregada de desejo e uma pitada de medo.Clara não respondeu de imediato. Ela sabia que aquele momento era mais do que a simples união de dois corpos. Era a oportunidade de reparar o que o tempo e o esquecimento haviam rompido. Ela passou a mão pelos cabelos umidos de Miguel, inclinando-se para deixar um beijo suave em, como uma promessa silenciosa de qu
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Quando o Tempo se Torna Inimigo.
O Desaparecimento de Clara.A manhã parecia seguir seu curso habitual. Miguel saiu para mais uma sessão de fisioterapia, enquanto Clara se preparava para visitar a mansão de seu pai, onde Valentina a aguardava para resolver alguns assuntos. Ela colocou a bolsa no banco do passageiro e seguiu pelas ruas tranquilas, pensando na rotina do dia. No entanto, o que era para ser uma visita comum se transformou em um pesadelo.No meio do caminho, em uma estrada relativamente isolada, Clara notou algo estranho. Dois carros surgiram repentinamente à sua frente, freando bruscamente e bloqueando a passagem. Antes que pudesse reagir, outro veículo surgiu por trás, encurralando-a completamente. O coração de Clara acelerou, e suas mãos apertaram o volante. Ela tentou dar ré, mas estava presa. Não havia escapatória.— Meu Deus… o que está acontecendo? — murmurou Clara, com um nó na garganta.Em questão de segundos, um homem armado surgiu ao lado da janela do carro. Ele bateu com a coronha da arma no v
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Quando a Esperança Vacila.
O Vazio do DesaparecimentoOs dias começaram a passar lentamente, e o silêncio sobre o paradeiro de Clara tornava-se insuportável. A cada novo amanhecer, a angústia crescia. Miguel passava boa parte do tempo na varanda, olhando para o horizonte, com o celular sempre ao alcance da mão, esperando alguma notícia, algum sinal. Mas nada acontecia.Naquela manhã, o som da campainha ecoou pela casa. Miguel, cansado e abatido, viu Cecília entrar com o pai, ambos exibindo expressões frias e controladas. Cecília, vestida impecavelmente como sempre, lançou um olhar rápido ao redor, como quem não se importava verdadeiramente com o que acontecia ali. Seu pai, com a habitual calma, cumprimentou Miguel e se acomodou em uma poltrona.— Como você está, meu jovem? — perguntou o pai de Cecília, com a voz baixa, mas sem muita empatia.— Como acha que eu estou? — Miguel respondeu, seco. — A Clara sumiu e ninguém sabe onde ela está.O pai de Cecília trocou um olhar rápido com a filha, que apenas deu de om
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