Todos os capítulos do Sombras no Instituto: O Nascimento do Mal: Capítulo 51 - Capítulo 53
53 chapters
51
Camila apertou as mãos contra os lábios, contendo um grito. Cada espasmo parecia mais violento que o anterior, os dedos de Alex arranhando o chão como se procurassem algo para se agarrar. O som das unhas raspando na madeira fazia Camila estremecer. Ela deu um passo para frente, mas hesitou. O que poderia fazer? Tocá-la parecia perigoso, como se algum tipo de energia sombria estivesse preenchendo o ambiente, sufocando qualquer coragem que ainda pudesse restar nela. — Alex? — murmurou, a voz quase inaudível. Nenhuma resposta. Alexandra continuava a se debater, os olhos abertos mas desfocados, presos em algo que Camila não conseguia ver. Elloá passou pela cozinha mais uma vez, o corpo rígido e os passos quase inaudíveis. Camila se virou rapidamente, chamando: — Elloá! Você precisa me ajudar! Alex está... el
Ler mais
52
A cena que encontrou no interior da casa fez o estômago revirar. No hall de entrada, Camila estava no chão, com Elloá sobre ela, os dedos apertando seu pescoço com uma força implacável. O rosto de Elloá era uma máscara vazia, o oposto do brilho de vida que ele costumava ver em seus olhos.— Elloá! — Arthur gritou, sua voz ecoando pelo espaço.Sem pensar, ele correu até elas e agarrou Elloá pelos braços, puxando-a para longe de Camila. Como Verena havia dito, a força de Elloá, mesmo possuída, não era páreo para a de um homem adulto. Arthur conseguiu afastá-la com relativa facilidade, mas o mais estranho foi que ela não resistiu. Assim que foi solta, Elloá se levantou e, sem dizer nada, caminhou até a porta da frente, trancando-a com movimentos deliberados antes de desaparecer novamente pelos corredores.— Camila, você está bem? — Arthur perguntou, ajoelhando-se ao lado dela.Camila tossiu, lutando para recuperar o fôlego. As marcas dos dedos de Elloá estavam
Ler mais
53
Arthur caminhava pela casa, os passos lentos e cuidadosos, o ambiente sombrio e silencioso pesando sobre ele. As paredes da mansão pareciam fechá-lo em um labirinto de mistério e tensão. Ele chamava por Elloá, a voz baixa e quase hesitante: — Elloá? Onde você está? Nenhuma resposta veio além do eco de sua própria voz. Ele virou corredores, entrou em salas, observando móveis caros e decoração impecável, mas sem sinais dela. Até que finalmente a viu. Elloá estava na sala de estar, em frente a uma ampla janela de vidro que dava para o jardim dos fundos. Seu corpo movia-se em gestos lentos e automáticos, trancando e destrancando a janela repetidamente, como uma máquina programada para executar uma única tarefa. Sua expressão era fria, inumana, com os olhos vazios mirando algo que Arthur não podia ver. — Elloá! — Ele chamou, aliviado e tenso ao mesmo tempo. Ela não respondeu. Continuou o movimento repetitivo, as mãos pequenas girando o trinco com precisão mecânica. Arthur se aproximo
Ler mais